Interrompidas
durante o mês de Julho, as audiências gerais das Quartas-feiras
foram retomadas esta manhã.
O
resumo da Catequese do Papa:
Por
um lado, a Igreja não ignora que esta situação contradiz o
sacramento do matrimónio, mas, por outro, o seu coração materno,
animado pelo Espírito Santo, leva-a sempre a buscar o bem e a
salvação de todas as pessoas.
Também
é preciso ter em conta o crescente número de crianças cujas
famílias vivem segundo tais uniões.
“Deve-se
fazer de tal maneira que não se juntem outros pesos para além
daqueles que os filhos, nestas situações, já se encontram a ter
que levar!
Infelizmente,
o número destas crianças e jovens é verdadeiramente grande.
É
importante que eles sintam a Igreja como mãe atenta a todos, sempre
disposta à escuta e ao encontro.”
A
Igreja, como o Bom Pastor do Evangelho, não exclui ninguém: os
casais de segunda união não estão excomungados; eles são membros
da Igreja.
”A
Igreja é chamada a ser sempre a casa aberta do Pai.
Nada
de portas fechadas...
Todos
podem participar de certa maneira na vida eclesial, todos podem fazer
parte da comunidade.
A
Igreja é a casa paterna onde há lugar para cada um com a sua vida
de canseiras.”
”Efectivamente,
estas pessoas não estão excomungadas e não podem ser absolutamente
tratadas como tal: elas fazem sempre parte da Igreja”
Não
existem receitas simples.
É
importante que todos se sintam acolhidos e possam viver segundo uma
fé convicta e praticada: através da oração, da escuta da Palavra
de Deus, da frequência na liturgia, da educação cristã dos filhos
e do compromisso pela justiça e a paz.
Sobre
o mesmo tema, transcrevemos da Exortação Apostólica FAMILIARIS CONSORTIO, de 22 de Novembro de 1981, de Sua Santidade João
Paulo II:
Acção
pastoral perante algumas situações irregulares:
[...]
e)
Divorciados que contraem nova união
84.
A experiência quotidiana mostra, infelizmente, que quem recorreu ao
divórcio tem normalmente em vista a passagem a uma nova união,
obviamente não com o rito religioso católico.
[...]
Juntamente
com o Sínodo exorto vivamente os pastores e a inteira comunidade dos
fiéis a ajudar os divorciados, promovendo com caridade solícita que
eles não se considerem separados da Igreja, podendo, e melhor
devendo, enquanto baptizados, participar na sua vida.
Sejam exortados
a ouvir a Palavra de Deus, a frequentar o Sacrifício da Missa, a
perseverar na oração, a incrementar as obras de caridade e as
iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na
fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência para
assim implorarem, dia a dia, a graça de Deus.
Reze por eles a
Igreja, encoraje-os, mostre-se mãe misericordiosa e sustente-os na
fé e na esperança.
[...]
Com
firme confiança ela [a
Igreja] vê que, mesmo aqueles que se afastaram do
mandamento do Senhor e vivem agora nesse estado, poderão obter de
Deus a graça da conversão e da salvação, se perseverarem na
oração, na penitência e na caridade.
Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano; Agência Ecclesia
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