Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quinta-feira, 2 de junho de 2016

A ORAÇÃO HUMILDE OBTÊM MISERICÓRDIA



Na sua catequese de ontem, a partir da parábola do fariseu e do publicano, o Papa Francisco falou sobre a atitude na oração
   
   
O Papa acentuou o valor da atitude e do modo como rezamos:

«Não basta questionarmo-nos quanto rezamos, devemos também perguntarmo-nos como rezamos, ou melhor, como está o nosso coração: é importante examiná-lo para valorizar os pensamentos, os sentimentos, e extirpar arrogância e hipocrisia.»

«Todos absorvidos pelo delírio do ritmo quotidiano, muitas vezes à mercê de sensações, transtornados, confundidos», os cristãos de hoje deveriam «recuperar o valor da intimidade e do silêncio, porque é ali que Deus nos encontra e nos fala».
E só «a partir dali» é também possível «reencontrar os outros e falar com eles».

«Pergunto: é possível rezar com arrogância? Não!
É possível rezar com hipocrisia? Não!
Devemos rezar diante de Deus como nós somos!»

Resumo da catequese do Santo Padre:

A parábola do fariseu e do cobrador de impostos, na sociedade de então chamado publicano, ensina-nos qual é a atitude certa para rezar e pedir a misericórdia do Pai.
Os dois sobem ao templo para rezar, mas comportam-se de maneira diferente, obtendo resultados opostos.

O fariseu, mais do que rezar, compraz-se consigo mesmo, com a sua observância dos mandamentos; mas a sua atitude e as suas palavras estão longe do modo de agir e falar de Deus, que ama a todos e não despreza os pecadores.

A atitude certa é a do publicano.
Os seus gestos de contrição e as poucas e simples palavras que diz – «ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador» – dão testemunho da sua condição miserável.
A sua oração é essencial.
Comporta-se humildemente, certo de ser apenas um pecador necessitado de compaixão.

Se o fariseu não pede nada porque já tinha tudo, o publicano só pode mendigar a misericórdia de Deus.
Apresentando-se de «mãos vazias», com o coração desnudado e reconhecendo-se pecador, o publicano mostra a todos nós a condição necessária para receber o perdão do Senhor.
Mas, se Deus mostra preferência pela humildade, não é para nos aviltar; pelo contrário, a humildade é a condição necessária para ser exaltados pelo Senhor, de modo a experimentar a misericórdia que vem preencher o nosso vazio.
Se a oração do soberbo não chega ao coração de Deus, a humildade do miserável abre-o de par em par.


Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano; L'Osservatore Romano


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