Na
sua catequese de ontem, a partir da parábola do fariseu e do
publicano, o Papa Francisco falou sobre a atitude na oração
O
Papa acentuou o valor da atitude e do modo como rezamos:
«Não
basta questionarmo-nos quanto rezamos, devemos também
perguntarmo-nos como rezamos, ou melhor, como está o nosso coração:
é importante examiná-lo para valorizar os pensamentos, os
sentimentos, e extirpar arrogância e hipocrisia.»
«Todos
absorvidos pelo delírio do ritmo quotidiano, muitas vezes à mercê
de sensações, transtornados, confundidos», os cristãos de
hoje deveriam «recuperar o valor da intimidade
e do silêncio, porque é ali que Deus nos encontra e nos fala».
E
só «a partir dali» é também
possível «reencontrar os outros e falar com
eles».
«Pergunto:
é possível rezar com arrogância? Não!
É
possível rezar com hipocrisia? Não!
Devemos
rezar diante de Deus como nós somos!»
Resumo
da catequese do Santo Padre:
A
parábola do fariseu e do cobrador de impostos, na sociedade de então
chamado publicano, ensina-nos qual é a atitude certa para rezar e
pedir a misericórdia do Pai.
Os
dois sobem ao templo para rezar, mas comportam-se de maneira
diferente, obtendo resultados opostos.
O
fariseu, mais do que rezar, compraz-se consigo mesmo, com a sua
observância dos mandamentos; mas a sua atitude e as suas palavras
estão longe do modo de agir e falar de Deus, que ama a todos e não
despreza os pecadores.
A
atitude certa é a do publicano.
Os
seus gestos de contrição e as poucas e simples palavras que diz –
«ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador» – dão testemunho
da sua condição miserável.
A
sua oração é essencial.
Comporta-se
humildemente, certo de ser apenas um pecador necessitado de
compaixão.
Se
o fariseu não pede nada porque já tinha tudo, o publicano só pode
mendigar a misericórdia de Deus.
Apresentando-se
de «mãos vazias», com o coração desnudado e reconhecendo-se
pecador, o publicano mostra a todos nós a condição necessária
para receber o perdão do Senhor.
Mas,
se Deus mostra preferência pela humildade, não é para nos aviltar;
pelo contrário, a humildade é a condição necessária para ser
exaltados pelo Senhor, de modo a experimentar a misericórdia que vem
preencher o nosso vazio.
Se
a oração do soberbo não chega ao coração de Deus, a humildade do
miserável abre-o de par em par.
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano; L'Osservatore Romano
Sem comentários:
Enviar um comentário