Prosseguindo
as reflexões sobre o tema jubilar à luz de episódios evangélicos,
o Papa comentou na manhã de hoje precisamente aquele que João (2,
1-11) descreve nas Bodas de Caná da Galileia e no qual se revelou «o primeiro sinal da
misericórdia» de Jesus
Antes
da sua catequese, o Santo Padre saudou um grupo de casais que
festejavam os cinquenta anos de casamento dizendo-lhes que
«esse
sim é que é o vinho bom da família, o vosso é um testemunho que
os jovens casais devem aprender. Obrigado pelo vosso testemunho».
Reflectindo
sobre o «primeiro dos milagres» de
Cristo, que o evangelista chama
«sinais», porque Jesus «não
os realizou para suscitar admiração, mas para revelar o amor do
Pai», o Papa evidenciou a importância da transformação da
água em vinho.
«A
água é necessária para viver mas o vinho exprime a abundância do
banquete e a alegria da festa».
Em
seguida, o Papa fixou a sua atenção na Virgem Maria, outra
protagonista da cena, e em particular nas palavras que dirige aos
servos.
«É
curioso, são as suas últimas palavras reportadas pelos Evangelhos.
São
a sua herança que entregou a todos nós.
Também
hoje Nossa Senhora diz a todos nós: “Fazei o que ele vos disser”.
É
a herança que nos deixou: é bonito!».
Com
efeito, prosseguiu, «servir o Senhor significa
ouvir e praticar a sua Palavra».
E
deste modo «a recomendação simples mas
essencial da Mãe de Jesus torna-se “o programa de vida do
cristão”. Para cada um de nós, beber da ânfora equivale a
confiar-nos à Palavra de Deus para sentir a sua eficácia na vida».
Resumo
da catequese do Papa:
Em
Caná da Galileia, Jesus realiza o seu primeiro milagre, revelando o
amor do Pai, e oferece-nos neste sinal, como o denomina o Evangelista
São João, uma “porta de entrada” que ilumina todo o mistério
de Cristo e abre o coração dos discípulos para a fé.
De
facto, ao iniciar o seu ministério público numa festa de Bodas,
Jesus manifesta-se como o Esposo anunciado pelos profetas, que revela
a essência da Aliança entre Deus e a humanidade: uma história de
amor entre dois enamorados, como é descrita a relação entre o
amado e a amada no livro do Cântico dos Cânticos.
Por
outro lado, ao transformar em vinho a água usada para a purificação,
Jesus indica a transformação da antiga Lei de Moisés no Evangelho
portador da alegria.
Por
fim, durante as Bodas de Caná, Nossa Senhora exorta os servos a
fazerem tudo o que Jesus disser: essa recomendação se estende a
todos os discípulos de Jesus, que são transformados em família de
Deus e chamados a participar nas Bodas onde o vinho novo da graça
nunca chega a faltar.
Fontes:
Santa Sé; L'Osservatore Romano; Rádio Vaticano
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