Na
missa da solenidade do Sagrado Coração de Jesus e de encerramento
do Jubileu dos Sacerdotes o Santo Padre recordou que Deus e as
pessoas são os dois pólos do ministério sacerdotal
No
âmbito do Ano Santo da Misericórdia, os sacerdotes celebraram o seu
Jubileu nos passados dias 2 e 3 de Junho.
Foi
o Papa Francisco que na quinta-feira, 2 de Junho, conduziu as três
meditações em um retiro espiritual nas Basílicas de S. Paulo Fora
de Muros, S. Pedro e S. João de Latrão.
Na
manhã do dia seguinte, Sexta-feira 3 de Junho, os sacerdotes
participaram da missa na Praça S. Pedro.
Na
homilia os sacerdotes ouviram o Santo Padre propor três acções
para a caridade: procurar, incluir e
alegrar-se.
«Uma
pergunta que nós sacerdotes deveríamos fazer a nós mesmos muitas
vezes: para onde está orientado o meu coração?».
Com
efeito, no meio de mil actividades com as quais frequentemente se
enche o dia de um sacerdote é essencial manter firmes as «duas
direcções» rumo às quais se deve convergir «o coração do
pastor»: o Senhor e as pessoas.
O
coração do sacerdote não é «um coração volúvel» que «se
deixa atrair pela sugestão do momento ou que vai aqui e ali em busca
de consensos».
Pelo
contrário, é «um coração firme no Senhor, aberto e disponível
aos irmãos».
O
Papa falou de um coração em busca, que não se deixa «assustar
pelos riscos» e «sem temor aventura-se fora do redil e dos horários
de trabalho» a fim de «encontrar a «ovelha tresmalhada».
O
sacerdote imaginado pelo Papa Francisco «não exige o pagamento de
horas extraordinárias» nem «privatiza os tempos e os espaços»,
nem sequer é «ciumento da sua tranquilidade legítima», e nem
sequer «defende as próprias comodidades» e «o seu bom nome».
Sem
temer críticas, «está pronto para correr riscos» e não se deixa
deter por desilusões e dificuldades.
Mais
que a um «contabilista do espírito» ou a um «inspector do
rebanho» assemelha-se a um «bom Samaritano» que «deixa as portas
abertas» a todos.
E
como todo o bom cristão «está sempre em saída de si mesmo».
Não
despreza ninguém mas «para todos está pronto a sujar as mãos».
Rejeita
«os mexericos, os julgamentos e os venenos» e «com paciência
acompanha os passos das pessoas».
Em
síntese, é «um homem que sabe incluir» porque «é feliz de ser
um canal de misericórdia» entre Deus e os outros.
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano; L'Osservatore Romano
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