Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 15 de junho de 2016

COM JESUS, PASSAMOS DE MENDIGOS A DISCÍPULOS


A catequese de hoje do Papa Francisco teve por base o capítulo 18 do Evangelho de S. Lucas que narra o episódio da cura do cego de Jericó
   
   
Naqueles tempos um cego só podia viver de esmolas.
A figura deste cego representa tantas pessoas que, também hoje, se encontram marginalizadas por causa de um problema físico e ou de outro género”.

Na beira da estrada, o cego é apartado e reprovado pela multidão, porque clama por Jesus.
Não sentem compaixão por ele; pelo contrário, sentem-se incomodados com seus gritos”.

Quantas vezes vemos nas ruas pessoas doentes, sem comida... e sentimo-nos incomodados.
Vemos refugiados e isso incomoda-nos.
É uma tentação que tomos temos, até eu.
E por vezes, a indiferença e a hostilidade se transformam em agressão e insulto... ‘Mandem embora essa gente’...”
A indiferença e a hostilidade tornam-nos cegos e surdos, impedem de ver os irmãos e não permitem reconhecer neles o Senhor”.

Graças à fé, o cego recupera a visão e, sobretudo, sente-se amado por Jesus.
Por isso, decide segui-Lo, faz-se discípulo.

A exemplo do cego de Jericó, os cristãos são chamados a realizar ”a passagem de mendigos a discípulos.”


Resumo da catequese do Papa:

Jesus derrama a sua misericórdia sobre todas as pessoas que encontra: chama-as, reúne-as, cura-as e ilumina-as, criando um povo novo que celebra as maravilhas do seu amor misericordioso.

Temos um exemplo disto na cura do cego de Jericó.
Este estava lá na beira da estrada a pedir esmola, ouve o rumor da multidão que passa e pergunta a quem segue.
Alguém responde: «Passa Jesus de Nazaré».
E o cego começa a gritar: «Jesus, Filho de David, tem misericórdia de mim!»

Então, incomodadas com os seus gritos, as pessoas querem obrigá-lo a calar.
Não têm compaixão; a indiferença torna-as cegas e surdas, impede-as de verem um irmão.
Tinham-lhe anunciado uma boa nova – «Passa Jesus de Nazaré» –, mas não queriam envolver-se nem ocupar-se do cego.

Diversamente, Jesus parou e mandou que lho trouxessem; e assim obriga a tomar consciência de que o anúncio da boa nova implica trazer para o centro da cena quem está marginalizado.

A passagem do Senhor é um encontro de misericórdia que congrega a todos ao redor d’Ele para nos possibilitar reconhecer quem precisa de ajuda e consolação.
«Que queres que te faça?» - perguntou ao cego Jesus, tornando-Se seu servo humilde pronto a fazer o que ele quisesse.
Pede para ver de novo e o seu desejo foi atendido: recobrou a vista e pôs-se a seguir Jesus, enquanto toda a multidão glorificava a Deus.
Aqui tem lugar um segundo milagre: o sucedido ao cego fez com que também a multidão ficasse a ver; a mesma luz ilumina a todos, irmanando-os na oração de louvor.


Fontes: Santa Sé; L'Osservatore Romano; Rádio Vaticano


Sem comentários:

Enviar um comentário