A
catequese de hoje do Papa Francisco teve por base o capítulo 18 do
Evangelho de S. Lucas que narra o episódio da cura do cego de Jericó
Naqueles
tempos um cego só podia viver de esmolas.
“A
figura deste cego representa tantas pessoas que, também hoje, se
encontram marginalizadas por causa de um problema físico e ou de
outro género”.
Na
beira da estrada, o cego é apartado e reprovado pela multidão,
porque clama por Jesus.
“Não
sentem compaixão por ele; pelo contrário, sentem-se incomodados com
seus gritos”.
“Quantas
vezes vemos nas ruas pessoas doentes, sem comida... e sentimo-nos
incomodados.
Vemos
refugiados e isso incomoda-nos.
É
uma tentação que tomos temos, até eu.
E
por vezes, a indiferença e a hostilidade se transformam em agressão
e insulto... ‘Mandem embora essa
gente’...”
A
indiferença e a hostilidade tornam-nos cegos e surdos, impedem de
ver os irmãos e não permitem reconhecer neles o Senhor”.
Graças
à fé, o cego recupera a visão e, sobretudo, sente-se amado por
Jesus.
Por
isso, decide segui-Lo, faz-se discípulo.
A
exemplo do cego de Jericó, os cristãos são chamados a realizar ”a
passagem de mendigos a discípulos.”
Resumo
da catequese do Papa:
Jesus
derrama a sua misericórdia sobre todas as pessoas que encontra:
chama-as, reúne-as, cura-as e ilumina-as, criando um povo novo que
celebra as maravilhas do seu amor misericordioso.
Temos
um exemplo disto na cura do cego de Jericó.
Este
estava lá na beira da estrada a pedir esmola, ouve o rumor da
multidão que passa e pergunta a quem segue.
Alguém
responde: «Passa Jesus de Nazaré».
E
o cego começa a gritar: «Jesus, Filho de David, tem misericórdia
de mim!»
Então,
incomodadas com os seus gritos, as pessoas querem obrigá-lo a calar.
Não
têm compaixão; a indiferença torna-as cegas e surdas, impede-as de
verem um irmão.
Tinham-lhe
anunciado uma boa nova – «Passa Jesus de Nazaré» –, mas não
queriam envolver-se nem ocupar-se do cego.
Diversamente,
Jesus parou e mandou que lho trouxessem; e assim obriga a tomar
consciência de que o anúncio da boa nova implica trazer para o
centro da cena quem está marginalizado.
A
passagem do Senhor é um encontro de misericórdia que congrega a
todos ao redor d’Ele para nos possibilitar reconhecer quem precisa
de ajuda e consolação.
«Que
queres que te faça?» - perguntou ao cego Jesus, tornando-Se seu
servo humilde pronto a fazer o que ele quisesse.
Pede
para ver de novo e o seu desejo foi atendido: recobrou a vista e
pôs-se a seguir Jesus, enquanto toda a multidão glorificava a Deus.
Aqui
tem lugar um segundo milagre: o sucedido ao cego fez com que também
a multidão ficasse a ver; a mesma luz ilumina a todos, irmanando-os
na oração de louvor.
Fontes:
Santa Sé; L'Osservatore Romano; Rádio Vaticano
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