O
Papa Francisco afirmou hoje na sua catequese que tocar o pobre é
tocar o corpo de Cristo
Sublinhou
que tocar o pobre pode purificar da hipocrisia e tornar-nos inquietos
pela sua condição
O
Santo Padre partiu do capítulo 5 do Evangelho de S. Lucas para uma
catequese plena de intensidade humana: um leproso dirige-se a Jesus e
pede para ser purificado.
Este
homem vivia excluído – disse o Papa – mas não se resignava com
a sua doença, nem com as normas sociais que faziam dele um excluído.
Ele
devia manter-se separado e longe de todos.
“Senhor,
se quiseres, podes purificar-me!” – esta é a súplica do
leproso.
Jesus
toca-o e diz-lhe: “Quero, fica purificado!”.
O
Papa Francisco disse que ele próprio, todas as noites, faz esta
pequena oração: “Senhor se quiseres, podes purificar-me”,
acompanhada por cinco Pai-Nossos por cada uma das chagas de Jesus.
“A
súplica do leproso mostra que quando nos apresentamos a Jesus não é
necessário fazer longos discursos.
Bastam
poucas palavras, acompanhadas da plena confiança na sua omnipotência
e na sua bondade.
Confiarmo-nos
à vontade de Deus significa, com efeito, submetermo-nos à sua
infinita misericórdia.”
“Quantas
vezes encontramos um pobre que se aproxima de nós.
Podemos
até ser generosos, podemos até ter compaixão, mas habitualmente
não o tocamos.
Oferecemos-lhe
a moeda, mas evitamos tocar-lhe a mão.
E
esquecemo-nos de que aquele é o corpo de Cristo!
Jesus
ensina-nos a não ter medo de tocar o pobre e o excluído, porque
naquela pessoa está Ele próprio.
Tocar
o pobre pode purificar-nos da hipocrisia e tornar-nos inquietos pela
sua condição.”
Resumo
da catequese do Santo Padre:
«Senhor,
se quiseres, podes purificar-me!»: assim falou a Jesus um leproso;
um leproso que não se resignava com a sua doença, nem com as normas
sociais que faziam dele um excluído: devia manter-se separado, longe
de todos.
Este
homem, porém, viola aquelas normas, entrando na cidade e
aproximando-se de Jesus.
Na
sua súplica, o leproso mostra-se certo de que Jesus tem poder para
curá-lo; tudo depende da vontade d’Ele.
Profundamente
impressionado com a fé daquele homem, o Senhor toca-o e diz-lhe:
«Quero, fica purificado!»
Quantas
vezes encontramos um pobre que se aproxima de nós, conseguimos
sentir compaixão e até dar-lhe uma esmola, mas habitualmente não
tocamos a sua mão.
Esquecemo-nos
de que aquele é o corpo de Cristo!
Jesus
ensina-nos a não ter medo de tocar o pobre e o marginalizado, porque
naquela pessoa está Ele próprio.
Creio
eu nisto ou não?
Sim;
mas… E começam as desculpas para não nos envolvermos.
Tocar
o pobre pode purificar-nos da hipocrisia e levar-nos a preocupar-nos
com a sua condição.
Mas
pensemos em nós, nas nossas misérias… com sinceridade.
Quantas
vezes as cobrimos com a hipocrisia das «boas maneiras».
É
precisamente então que é preciso estar a sós, ajoelharmo-nos
diante de Deus e rezar: «Senhor, se quiseres, podes purificar-me!»
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano
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