Nos
dias 24, 25 e 26 de Junho, o Papa Francisco esteve na Arménia - a
sua 14ª Viagem Apostólica
Na
Arménia, o primeiro país a acolher o cristianismo como religião
oficial no ano 301, o Papa foi acolhido muito cordialmente por
Karekin II, Supremo Patriarca e Catholicós de Todos os Arménios.
Momentos
marcantes desta viagem:
- a oração na Catedral Apostólica em Etchmiadzin;
- a visita ao Memorial de Tsitzernakaberd, dedicado às vítimas do "Metz Yeghern", o "Grande Mal", ou seja, as vítimas do massacre da população arménia pelo Império turco-otomano em 1915;
- a Celebração Eucarística na Praça Vartnants em Gyumri;
- o Encontro Ecuménico e Oração pela paz, na Praça da República em Erevan;
- a Divina Liturgia na Catedral arménio-apostólica;
- e ainda a Declaração Conjunta com Karekin II no Palácio Apostólico.
A
propósito desta declaração conjunta destaque-se a afirmação
nesse texto do papel das religiões na construção da paz.
Esta
declaração recorda as “relações calorosas e fraternas entre a
Igreja Arménia Apostólica e a Igreja Católica” e, em particular,
dois anos: 2001, por ocasião dos 1700 anos da proclamação do
cristianismo como religião da Arménia, ano em que S. João Paulo II
visitou o país; mas também o ano de 2015 e a Solene Liturgia
celebrada na Basílica de S. Pedro quando Francisco e Karekin II se
empenharam em “combater toda a forma de discriminação e
violência.”
A
declaração conjunta recorda ainda que na celebração de 2015 foram
invocadas as vítimas do “extermínio de um milhão e meio de
cristãos arménios naquele primeiro genocídio do século XX”.
Francisco
e Karekin II imploram ainda na declaração conjunta “aos líderes
das nações” para ouvirem “o apelo de milhões de seres humanos,
que anseiam pela paz e a justiça no mundo, que pedem respeito pelos
seus direitos, que têm necessidade urgente de pão, não de armas.”
Os
dois líderes exortam nesta declaração os fiéis a trabalharem
“pela promoção dos valores cristãos” e a contribuírem, assim,
para a “construção de uma civilização de justiça, paz e
solidariedade humana”.
Nesta
viagem do Papa Francisco marcou a agenda mediática internacional a
afirmação da palavra “genocídio”, por parte do Santo Padre,
referindo-se ao massacre de cerca de 1 milhão e 500 mil arménios no
ano de 1915 perpetrado pela Turquia.
Ainda
hoje as autoridades turcas não aceitam esta classificação.
A
este propósito o padre Federico Lombardi, Director da Sala de
Imprensa da Santa Sé, afirmou aos microfones da RV, na reportagem de
Giancarlo La Vella que o “Papa usou a palavra genocídio para
recordar as feridas e curá-las, não para reabri-las, é uma memória
para construir reconciliação e paz no futuro”.
Nestas
declarações o porta-voz do Vaticano referiu-se também às boas
relações entre a Igreja Católica e a Igreja Apostólica Arménia,
definindo-as como um ecumenismo bem consolidado.
Para
construir a paz o Papa Francisco e o Patriarca dos Arménios, Karekin
II, lançaram duas pombas brancas junto da fronteira com a Turquia no
Domingo dia 26 de Junho, último dia da visita do Santo Padre à
Arménia.
Fonte:
Rádio Vaticano
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