Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 29 de junho de 2016

VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO À ARMÉNIA




Nos dias 24, 25 e 26 de Junho, o Papa Francisco esteve na Arménia - a sua 14ª Viagem Apostólica
   
   
Na Arménia, o primeiro país a acolher o cristianismo como religião oficial no ano 301, o Papa foi acolhido muito cordialmente por Karekin II, Supremo Patriarca e Catholicós de Todos os Arménios.

Momentos marcantes desta viagem:
  • a oração na Catedral Apostólica em Etchmiadzin;
  • a visita ao Memorial de Tsitzernakaberd, dedicado às vítimas do "Metz Yeghern", o "Grande Mal", ou seja, as vítimas do massacre da população arménia pelo Império turco-otomano em 1915;
  • a Celebração Eucarística na Praça Vartnants em Gyumri;
  • o Encontro Ecuménico e Oração pela paz, na Praça da República em Erevan;
  • a Divina Liturgia na Catedral arménio-apostólica;
  • e ainda a Declaração Conjunta com Karekin II no Palácio Apostólico.

A propósito desta declaração conjunta destaque-se a afirmação nesse texto do papel das religiões na construção da paz.
Esta declaração recorda as “relações calorosas e fraternas entre a Igreja Arménia Apostólica e a Igreja Católica” e, em particular, dois anos: 2001, por ocasião dos 1700 anos da proclamação do cristianismo como religião da Arménia, ano em que S. João Paulo II visitou o país; mas também o ano de 2015 e a Solene Liturgia celebrada na Basílica de S. Pedro quando Francisco e Karekin II se empenharam em “combater toda a forma de discriminação e violência.”

A declaração conjunta recorda ainda que na celebração de 2015 foram invocadas as vítimas do “extermínio de um milhão e meio de cristãos arménios naquele primeiro genocídio do século XX”.

Francisco e Karekin II imploram ainda na declaração conjunta “aos líderes das nações” para ouvirem “o apelo de milhões de seres humanos, que anseiam pela paz e a justiça no mundo, que pedem respeito pelos seus direitos, que têm necessidade urgente de pão, não de armas.”

Os dois líderes exortam nesta declaração os fiéis a trabalharem “pela promoção dos valores cristãos” e a contribuírem, assim, para a “construção de uma civilização de justiça, paz e solidariedade humana”.

Nesta viagem do Papa Francisco marcou a agenda mediática internacional a afirmação da palavra “genocídio”, por parte do Santo Padre, referindo-se ao massacre de cerca de 1 milhão e 500 mil arménios no ano de 1915 perpetrado pela Turquia.
Ainda hoje as autoridades turcas não aceitam esta classificação.

A este propósito o padre Federico Lombardi, Director da Sala de Imprensa da Santa Sé, afirmou aos microfones da RV, na reportagem de Giancarlo La Vella que o “Papa usou a palavra genocídio para recordar as feridas e curá-las, não para reabri-las, é uma memória para construir reconciliação e paz no futuro”.

Nestas declarações o porta-voz do Vaticano referiu-se também às boas relações entre a Igreja Católica e a Igreja Apostólica Arménia, definindo-as como um ecumenismo bem consolidado.

Para construir a paz o Papa Francisco e o Patriarca dos Arménios, Karekin II, lançaram duas pombas brancas junto da fronteira com a Turquia no Domingo dia 26 de Junho, último dia da visita do Santo Padre à Arménia.




Fonte: Rádio Vaticano


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