INTENÇÃO
PELA EVANGELIZAÇÃO:
Minorias
religiosas na Ásia
Intenção
pela Evangelização:
Para
que, nos países asiáticos, os cristãos, bem como as outras
minorias religiosas, possam viver a sua fé com toda a liberdade.
[…]
São José Vaz continua a ser um
exemplo e um mestre por muitas razões, mas gostaria de focalizar
três.
Antes
de mais nada, foi um sacerdote exemplar. Hoje temos aqui connosco
muitos sacerdotes, religiosos e religiosas, que, como ele, estão
consagrados ao serviço do Evangelho de Deus e do próximo.
Encorajo
cada um de vós a olhar para São José como para um guia seguro.
Ensina-nos
a sair para as periferias, a fim de tornar Jesus Cristo conhecido e
amado por toda a parte.
Ele
é também um exemplo de sofrimento paciente por causa do Evangelho,
de obediência aos superiores, de solícito cuidado pela Igreja de
Deus (cf. Act 20, 28).
Como
nós, São José viveu num período de transformações rápidas e
profundas; os católicos eram uma minoria e, com frequência,
dividida no seu seio; havia hostilidade ocasional, e até mesmo
perseguição, dos de fora.
Apesar
disso, ele, permanecendo constantemente unido ao Senhor crucificado
na oração, foi capaz de se tornar para todos um ícone vivo do amor
misericordioso e reconciliador de Deus.
Em
segundo lugar, São José mostrou-nos a importância de transcender
as divisões religiosas no serviço da paz.
O
seu amor indiviso a Deus abriu-o ao amor do próximo; gastou o seu
ministério em favor dos necessitados, sem olhar quem fosse e onde
estivesse. O seu exemplo continua a inspirar hoje a Igreja no Sri
Lanka, a qual, de bom grado e generosamente, serve todos os membros
da sociedade.
Não
faz distinção de raça, credo, tribo, condição social ou
religião, no serviço que proporciona através das suas escolas,
hospitais, clínicas e muitas outras obras de caridade.
Nada
mais pede do que liberdade para exercer a sua missão.
A
liberdade religiosa é um direito humano fundamental.
Cada
indivíduo deve ser livre de procurar, sozinho ou associado com
outros, a verdade, livre de expressar abertamente as suas convicções
religiosas, livre de intimidações e constrições externas.
Como
nos ensina a vida de José Vaz, a autêntica adoração de Deus leva,
não à discriminação, ao ódio e à violência, mas ao respeito
pela sacralidade da vida, ao respeito pela dignidade e a liberdade
dos outros e a um solícito compromisso em prol do bem-estar de
todos.
Finalmente,
São José oferece-nos um exemplo de zelo missionário.
Embora
tenha partido para o Ceilão a fim de assistir e apoiar a comunidade
católica, na sua caridade evangélica ele veio para todos.
Deixando
para trás a sua casa, a sua família, o conforto dos lugares que lhe
eram familiares, respondeu à chamada para ir mais longe, para falar
de Cristo onde quer que se encontrasse.
São
José sabia como oferecer a verdade e a beleza do Evangelho num
contexto plurirreligioso, com respeito, dedicação, perseverança e
humildade.
Este
é, também hoje, o caminho para os seguidores de Jesus.
Somos
chamados a ir mais longe com o mesmo zelo, com a mesma coragem de São
José, mas também com a sua sensibilidade, com o seu respeito pelos
outros, com a sua ânsia de partilhar com eles a palavra da graça
(cf. Act 20, 32) que tem o poder de os edificar.
Somos
chamados a ser discípulos missionários.
Amados
irmãos e irmãs, rezo para que, seguindo o exemplo de São José
Vaz, os cristãos desta nação possam ser confirmados na fé e dar
uma contribuição ainda maior para a paz, a justiça e a
reconciliação na sociedade srilanquesa. Isto é o que Cristo espera
de vós.
Isto
é o que São José vos ensina.
Isto
é o que a Igreja precisa de vós.
Confio-vos
todos à intercessão do nosso novo Santo, para que, em união com
toda a Igreja espalhada pelo mundo inteiro, possais cantar um cântico
novo ao Senhor e proclamar a sua glória até aos confins do mundo.
Porque
o Senhor é grande e digno de todo o louvor (cf. Sal 96/95, 4).
Amen.
SANTA
MISSA E CANONIZAÇÃO DO BEATO JOSÉ VAZ – HOMILIA
PAPA
FRANCISCO
14
de Janeiro de 2015
ORAÇÃO
Pai
de bondade,
em
união com o Santo Padre e a sua Rede Mundial de Oração,
peço-Te
por todos os nossos irmãos e irmãs da Ásia,
aqueles
que seguem o teu filho Jesus e também os que,
através
das outras religiões, te procuram de coração sincero.
Peço-Te
em particular por todos os que sentem dificuldades
em
viver a sua fé com liberdade,
que
se sentem oprimidos e excluídos por acreditarem em Ti.
Dá-lhes
a força e a coragem de testemunharem na sua vida o Evangelho.
Que
o teu Espírito Santo toque o coração de todos os governantes,
para
que defendam e promovam em todo o mundo a liberdade religiosa.
DESAFIOS
PARA O MÊS
-
Deixo-me condicionar pelo ambiente que me rodeia, a nível familiar, de trabalho, ou nas minhas relações, na expressão livre da minha fé? Falo de Jesus, da Igreja, sem ter medo ou vergonha?
-
Nos grandes temas sociais, culturais e políticos da actualidade, procuro informar-me sobre os valores que a Igreja propõe nestas questões e procuro não me deixar levar acriticamente pelos “slogans” e argumentos superficiais, e afirmar a minha fé com coerência e verdade, mesmo correndo o risco de ser incompreendido e criticado?
-
Que propostas ou iniciativas de oração e reflexão se podem realizar na nossa comunidade para ajudar a dar-se conta de como o nosso contexto pode limitar a nossa liberdade de nos dizermos e agirmos como cristãos?
O
VÍDEO DO PAPA – Minorias
religiosas na Ásia
Peçamos
por todos eles para que, nos países asiáticos, os cristãos, bem
como as outras minorias religiosas, possam viver sua fé com toda
liberdade.
Papa
Francisco - Janeiro 2018
Às
vezes, pensamos que ser cristão é difícil.
Mas
existem lugares onde é muito mais difícil do que em outros, como na
Ásia.
Aqui,
o cristianismo é uma minoria e, com outras minorias religiosas,
sofre frequentemente perseguições.
Peçamos
para que todas as religiões, também as minoritárias, encontrem a
liberdade que às vezes hoje não existe no continente asiático.
"No
variado mundo cultural da Ásia, a Igreja enfrenta muitos riscos, e
sua tarefa torna-se ainda mais difícil pelo facto de ser uma
minoria.
Esses
riscos são compartilhados com outras tradições religiosas
minoritárias, às quais nos une um desejo de sabedoria, verdade e
santidade.
Quando
pensamos naqueles que são perseguidos por sua religião, vamos mais
além das distinções de rito ou de confissão: colocamo-nos ao lado
dos homens e mulheres que lutam por não renunciar a sua identidade
religiosa.
Peçamos
por todos eles para que, nos países asiáticos, os cristãos, bem
como as outras minorias religiosas, possam viver sua fé com toda
liberdade."
Fontes:
Apostolado da Oração; Rede Mundial de Oração do Papa
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