O
Papa Francisco presidiu à Celebração Mariana na Praça de Armas da
cidade de Trujillo no Sábado 20 de Janeiro
Como
referiu o Santo Padre, a Praça de Armas da cidade de Trujillo
transformou-se num santuário a céu aberto para os mais de 35
mil peruanos se deixarem olhar pela Mãe, pelo seu olhar materno e
amável.
As
35 imagens de Maria, vindas de todos os lugares da região, foram a expressão da devoção popular, riqueza de cada comunidade cristã.
“Mãe
que conhece o coração dos peruanos do norte e de tantos outros
lugares; viu as suas lágrimas, os seus sorrisos, as suas aspirações.
Nesta
praça, queremos fazer tesouro da memória dum povo que sabe que
Maria é Mãe e não abandona os seus filhos.”
Maria,
mãe mestiça
“Convosco
dou graças pela delicadeza do nosso Deus.
Ele
procura aproximar-Se de cada um segundo a modalidade em que O pode
acolher e, assim, nascem as mais diferentes invocações.
Expressam
o desejo que tem o nosso Deus de estar perto de cada coração,
porque a linguagem do amor de Deus sempre se pronuncia «em
dialecto», não conhece outra forma de o fazer.
Além
disso é motivo de esperança ver como a Mãe assume os traços dos
filhos, as vestes, o dialecto dos seus, para os tornar participantes
da sua bênção.
Maria
será sempre uma Mãe mestiça, porque no seu coração encontram
lugar todas as raças, porque o amor procura todos os meios para amar
e ser amado.
Todas
estas imagens recordam-nos a ternura com que Deus quer estar perto de
cada aldeia, de cada família, de ti, de mim, de todos.”
No
coração de Maria, todas as raças
“Sei
do amor que tendes à Imaculada Virgem da Porta de Otuzco, que hoje,
juntamente convosco, desejo proclamar Virgem da Porta, «Mãe da
Misericórdia e da Esperança».
Virgem
querida, que, nos séculos passados, demonstrou o seu amor pelos
filhos desta terra, quando, colocada por cima duma porta, os defendeu
e protegeu das ameaças que os afligiam, suscitando o amor de todos
os peruanos até aos nossos dias."
Misericórdia:
remédio para curar o coração
“Com
efeito, queridos irmãos, não há um remédio melhor para curar
tantas feridas do que um coração capaz de misericórdia, um coração
capaz de ter compaixão perante o sofrimento e a desgraça, perante o
erro e a vontade de se levantar de muitos, que não sabem como
fazê-lo.”
As
mulheres do Peru, força motriz da vida e das famílias
“Olhando
para Maria, não queria concluir sem vos convidar a pensar em todas
as mães e avós desta nação; são verdadeira força motriz da vida
e das famílias do Peru.
Que
seria o Peru sem as mães e as avós?
Que
seria a nossa vida sem elas?
O
amor a Maria tem que nos ajudar a gerar atitudes de reconhecimento e
gratidão para com a mulher, para com as nossas mães e avós que são
um baluarte na vida das nossas cidades.
Quase
sempre silenciosas, fazem avançar a vida.
É
o silêncio e a força da esperança.
Obrigado
pelo vosso testemunho.”
Repúdio
à violência
“Mas,
olhando para as mães e as avós, quero convidar-vos a lutar contra
uma praga que fere o nosso continente americano: os numerosos casos
de feminicídio.
E
muitas são as situações de violência que ficam silenciadas por
trás de tantas paredes.
Convido-vos
a lutar contra esta fonte de sofrimento, pedindo que se promova uma
legislação e uma cultura de repúdio a todas as formas de
violência.”
Fontes:
Santa Sé; Noticias do Vaticano
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