Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

LUTAR CONTRA A PRAGA DO FEMINICÍDIO




O Papa Francisco presidiu à Celebração Mariana na Praça de Armas da cidade de Trujillo no Sábado 20 de Janeiro
   
   
Como referiu o Santo Padre, a Praça de Armas da cidade de Trujillo transformou-se num santuário a céu aberto para os mais de 35 mil peruanos se deixarem olhar pela Mãe, pelo seu olhar materno e amável.

As 35 imagens de Maria, vindas de todos os lugares da região, foram a expressão da devoção popular, riqueza de cada comunidade cristã.

Mãe que conhece o coração dos peruanos do norte e de tantos outros lugares; viu as suas lágrimas, os seus sorrisos, as suas aspirações.
Nesta praça, queremos fazer tesouro da memória dum povo que sabe que Maria é Mãe e não abandona os seus filhos.”

Maria, mãe mestiça

Convosco dou graças pela delicadeza do nosso Deus.
Ele procura aproximar-Se de cada um segundo a modalidade em que O pode acolher e, assim, nascem as mais diferentes invocações.
Expressam o desejo que tem o nosso Deus de estar perto de cada coração, porque a linguagem do amor de Deus sempre se pronuncia «em dialecto», não conhece outra forma de o fazer.
Além disso é motivo de esperança ver como a Mãe assume os traços dos filhos, as vestes, o dialecto dos seus, para os tornar participantes da sua bênção.
Maria será sempre uma Mãe mestiça, porque no seu coração encontram lugar todas as raças, porque o amor procura todos os meios para amar e ser amado.
Todas estas imagens recordam-nos a ternura com que Deus quer estar perto de cada aldeia, de cada família, de ti, de mim, de todos.”

No coração de Maria, todas as raças

Sei do amor que tendes à Imaculada Virgem da Porta de Otuzco, que hoje, juntamente convosco, desejo proclamar Virgem da Porta, «Mãe da Misericórdia e da Esperança».

Virgem querida, que, nos séculos passados, demonstrou o seu amor pelos filhos desta terra, quando, colocada por cima duma porta, os defendeu e protegeu das ameaças que os afligiam, suscitando o amor de todos os peruanos até aos nossos dias."

Misericórdia: remédio para curar o coração

Com efeito, queridos irmãos, não há um remédio melhor para curar tantas feridas do que um coração capaz de misericórdia, um coração capaz de ter compaixão perante o sofrimento e a desgraça, perante o erro e a vontade de se levantar de muitos, que não sabem como fazê-lo.”

As mulheres do Peru, força motriz da vida e das famílias

Olhando para Maria, não queria concluir sem vos convidar a pensar em todas as mães e avós desta nação; são verdadeira força motriz da vida e das famílias do Peru.
Que seria o Peru sem as mães e as avós?
Que seria a nossa vida sem elas?
O amor a Maria tem que nos ajudar a gerar atitudes de reconhecimento e gratidão para com a mulher, para com as nossas mães e avós que são um baluarte na vida das nossas cidades.
Quase sempre silenciosas, fazem avançar a vida.
É o silêncio e a força da esperança.
Obrigado pelo vosso testemunho.”

Repúdio à violência

Mas, olhando para as mães e as avós, quero convidar-vos a lutar contra uma praga que fere o nosso continente americano: os numerosos casos de feminicídio.
E muitas são as situações de violência que ficam silenciadas por trás de tantas paredes.

Convido-vos a lutar contra esta fonte de sofrimento, pedindo que se promova uma legislação e uma cultura de repúdio a todas as formas de violência.”





Fontes: Santa Sé; Noticias do Vaticano

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