Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

O PECADO SEPARA DE DEUS E DOS IRMÃOS



Dando continuidade às suas catequeses sobre a Santa Missa o Papa Francisco explicou o Acto Penitencial que introduz a Missa
   
   
Na Audiência Geral desta Quarta-feira 3 de Janeiro de 2018, ao retomar as catequeses dedicadas à importância da Celebração Eucarística para a vida cristã, o Santo Padre reflectiu sobre o Acto Penitencial com o qual, no início da Missa, os fiéis reconhecem que são pecadores «diante de Deus e dos irmãos».

«O pecado corta a relação com Deus e com os irmãos, corta a relação na família, na sociedade e na comunidade; o pecado separa, divide».

«Sabemos por experiência que somente quem sabe reconhecer os erros e pede perdão recebe a compreensão e o perdão dos outros».

O Papa observou que «as palavras que proferimos com os lábios» no acto penitencial sejam «acompanhadas pelo gesto de bater no peito, reconhecendo que pequei precisamente por minha culpa, e não por culpa de outros».

De resto, acrescentou, «muitas vezes acontece que, por medo ou vergonha, apontamos o dedo para acusar o próximo».
E embora custe «admitir que somos culpados», «faz-nos bem confessá-lo com sinceridade».

A propósito o Papa Francisco confidenciou uma recordação pessoal, uma história narrada por um missionário idoso, relativa a uma mulher que tendo ido ao confessionário começou enumerando os erros do marido, da sogra e dos vizinhos.

A ponto de o confessor observar: «A senhora acabou com os pecados dos outros. Agora comece a dizer os seus».




Resumo da catequese do Santo Padre:

Nos Ritos de Introdução à Missa, que nos dispõem para a celebrar dignamente, aparece o Acto Penitencial.

É uma fórmula de confissão geral pronunciada na primeira pessoa do singular: «Confesso a Deus Todo-Poderoso e a vós, irmãos, que pequei muitas vezes por pensamentos, palavras, actos e omissões…».
Sim! Também pequei por omissões, quando deixei de fazer o bem que poderia ter feito.

Tantas vezes acontece sentirmo-nos bons, porque não fizemos mal a ninguém.
Mas não basta não fazer mal ao próximo; temos de optar por fazer bem, dando sempre testemunho de que somos discípulos de Cristo.
Escutar em silêncio a voz da consciência, permite-nos reconhecer como os nossos pensamentos estão longe do pensar de Deus, como as nossas acções estão em contradição com o Evangelho.

E, acompanhamos as palavras da «Confissão», com o gesto de bater a mão no meu peito, reconhecendo que pequei por culpa minha, e não dos outros.
O acto penitencial termina com a absolvição do sacerdote que invoca a Deus – para ele próprio e toda a assembleia – pedindo que Ele «tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna».
Esta absolvição, porém, não tem o mesmo valor do sacramento da Penitência.

De facto, há pecados graves – ditos também mortais, porque fazem morrer em nós a vida divina – os quais, para serem perdoados, precisam da Confissão e absolvição sacramental.
Quem reconhece as suas próprias misérias – como o publicano, no templo – e abaixa os olhos com humildade, sente pousar sobre si o olhar misericordioso de Deus.
Sabemos por experiência que só a pessoa que sabe reconhecer os seus erros e pedir desculpa é que recebe a compreensão e o perdão dos outros.



Fontes: Santa Sé; Vatican News; L’Osservatore Romano


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