Celebra-se
de 26 de Janeiro a 2 de Fevereiro
A
2 de Fevereiro é o Dia Mundial do Consagrado
A
Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP), em
parceria com a Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios e a
Federação Nacional dos Institutos Seculares, vai promover, uma vez
mais, a celebração da Semana do Consagrado entre 26 de Janeiro e 2
de Fevereiro, um evento instituído a nível nacional pela
Conferência Episcopal Portuguesa.
Este
ano, a iniciativa tem como tema “Fazei brilhar a vossa luz” (Mt
5,16).
Através
do seu portal internet, a CIRP
propõe alguns materiais que poderão ser aproveitados em momentos de
oração, celebração e reflexão, nomeadamente a mensagem do
presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, a
Lectio Divina, a Oração Universal, uma proposta de catequese para a
adolescência e outra para a infância e uma vigília de oração.
Em
Fátima, de 10 a 13 de Fevereiro, vai realizar-se a XXXIII Semana de
Estudos sobre a Vida Consagrada promovida pela CIRP, sob o tema “Para
vinho novo, odres novos” (Mc 2,22).
O
Dia Mundial do Consagrado celebra-se a 2 de Fevereiro,
dia em que foi
instituído simbolicamente por São João Paulo II, em 1997, e que o
calendário católico assinala a Festa da Apresentação do Senhor.
Neste
dia, de agradecimento e de oração pelo dom das vocações, o Santo
Padre presidirá à celebração Eucarística às 17H00 locais na
Basílica de São Pedro.
Mensagem
de D. António Augusto Azevedo, Bispo Auxiliar do Porto e Presidente
da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios
SEMANA
DO CONSAGRADO
A
Semana do Consagrado ajuda-nos a olhar, com especial atenção, para
o grande tesouro da vida da Igreja e da humanidade que constitui a
vida consagrada.
Na
diversidade de expressões que adquiriu, identificamos a incessante
acção do Espírito Santo que sempre suscitou homens e mulheres
santos que deixaram marcas de Deus na história.
A
cultura e a história do nosso país e da Europa, bem como as de
países mais recentes, seriam de difícil compreensão sem ter em
conta a presença e acção de tantas ordens religiosas, institutos e
congregações.
Na
própria realidade da Igreja de hoje, reconhecemos o contributo
indispensável dos consagrados e consagradas, quer nas igrejas
locais, quer na igreja universal.
A
consciência atenta e agradecida dos cristãos desemboca,
naturalmente, em
expressões
de oração.
Somos
convidados a fortalecer os laços de comunhão que nos unem às
nossas irmãs e irmãos consagrados e a rezar com ele(a)s e por
ele(a)s, para que cada um(a) seja fiel e feliz na sua consagração.
Pedimos
ainda ao Senhor que os mais jovens descubram a riqueza da vida
consagrada e respondam com alegria e generosidade ao chamamento a
esta vocação.
No
nosso tempo a vida consagrada pode e deve constituir um sinal de luz
e de
esperança,
tendo diante de si o enorme desafio da sua renovação.
São
João Paulo II, na Exortação Apostólica Vita consecrata,
escrevia que «a Igreja necessita da contribuição espiritual e
apostólica de uma vida consagrada renovada e vigorosa» (nº13).
Essa
renovação, proposta aos vários institutos, orientar-se-á pelos
princípios já enunciados pelo Concílio: o seguimento de Jesus
Cristo como regra suprema; a fidelidade ao carisma e à função e
índole particular; o conhecimento das circunstâncias dos tempos e
das necessidades da Igreja.
Este
movimento carecerá de ter por base a renovação espiritual dos
membros dos institutos e contar com a colaboração de todos.
Para
que a vida consagrada seja um candelabro que ilumina à sua volta,
importa não ficar presa à lógica de sobrevivência ou ao
sentimento de nostalgia mas ouse abrir caminhos novos, dar lugar à
profecia.
Esta
indispensável «conversão pastoral e missionária» de que fala o
Papa Francisco, passa hoje pela redescoberta do sentido comunitário
e pela alteração dos estilos de vida.
Numa
sociedade individualista e auto-referencial, a proposta de uma vida
comunitária onde se exercita o valor da gratuitidade, do serviço e
da comunhão, em que se dá espaço à oração, à contemplação e
ao silêncio, é um testemunho profético.
Hoje
espera-se dos consagrados a promoção de novos estilos de vida,
sóbrios, solidários e hospitaleiros, alternativos à cultura
utilitarista que privilegia a exterioridade, a competição e o
descarte.
Os
consagrados são verdadeiros «sentinelas da madrugada» e são
chamados a
contribuir
para o rosto jovem, belo e atractivo da Igreja que brilha quando é
«missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica de
amor» (Papa Francisco).
Na
vida consagrada, esse rosto, além do lado masculino, evidencia o
feminino.
Com
exemplo de Maria e o testemunho de tantas consagradas, a Igreja possa
ser cada vez mais próxima, terna e afectuosa.
Que
a vida consagrada, sinal de luz e de esperança para o nosso tempo.
D.
António Augusto Azevedo
Bispo
auxiliar do Porto
e
Presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios
Fontes:
Santa Sé; Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário