Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

É UM ESCÂNDALO IR À IGREJA E ODIAR OS OUTROS




Na primeira Audiência Geral deste ano o Papa deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre a oração do Pai Nosso
   
   
Nesta Quarta-feira, inspirando-se no Evangelho de S. Mateus (Mt 6, 5-6), o Papa Francisco explicou que o Evangelho de Mateus coloca o texto do “Pai Nosso” num ponto estratégico, no centro do Sermão da Montanha (Mt 6, 9-13).
Reunidos em volta de Jesus no alto da colina, uma “assembleia heterogénea” formada pelos discípulos mais íntimos e por uma grande multidão de rostos anónimos é a primeira a receber a entrega do Pai Nosso.

No “Sermão da Montanha”, de facto, Jesus condensa os aspectos fundamentais de sua mensagem:

Jesus coroa de felicidade uma série de pessoas que, no seu tempo – como, aliás, no nosso –, não gozavam de grande consideração: os pobres, os mansos, os que choram, os sedentos de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os artesãos da paz, os inocentes perseguidos.
Esta é a revolução do Evangelho.
Onde está o Evangelho há uma revolução.
O Evangelho não deixa quieto, impulsiona-nos, é revolucionário".

E Jesus – explica o Papa – introduz o ensinamento da oração do “Pai Nosso” distanciando dois grupos de seu tempo, começando pelos hipócritas, que rezam nas praças e sinagogas para serem vistos.

Há pessoas que são capazes de tecer orações ateias, sem Deus: fazem isso para serem admiradas pelos homens.”

E quantas vezes vemos o escândalo daquelas pessoas que vão à igreja, estão lá todo o dia, ou vão todos os dias, e depois vivem odiando os outros e falando mal das pessoas.
Isso é um escândalo.
É melhor não ir à igreja.
Vive assim, como ateu.
Mas se tu vais à igreja, vive como filho, como irmão e dá um verdadeiro testemunho.
Não um contratestemunho”.






PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Sala Paulo VI, Quarta-feira, 2 de Janeiro de 2019

O texto do «Pai Nosso» aparece no centro do Sermão da Montanha, que abre com as Bem-aventuranças.
Jesus coroa de felicidade uma série de pessoas que, no seu tempo – como, aliás, no nosso –, não gozavam de grande consideração: os pobres, os mansos, os que choram, os sedentos de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os artesãos da paz, os inocentes perseguidos.
Desta porta de entrada, que inverte os valores da história, sai a novidade do Evangelho.
Se uma pessoa tem o coração bom, predisposto para o amor, compreenderá que cada palavra de Deus deve ser encarnada na vida até às últimas consequências, ou seja, até amar os inimigos e rezar pelos seus perseguidores.
«Fazendo assim – acrescenta Jesus – tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu».
Eis o grande segredo que está na base de todo o Sermão da Montanha: sede filhos do vosso Pai, que está no Céu.
O cristão não é alguém melhor do que os outros; bem sabe que é pecador como os outros; é apenas uma pessoa que pára diante da Sarça-ardente, acolhendo a revelação de Deus que já não se esconde sob um nome impronunciável, mas pede aos seus filhos para O invocarem com o doce nome de «Pai».
Entretanto, na nossa oração, não façamos como os hipócritas, que multiplicam suas orações ateias, pois rezam a si mesmos, isto é, rezam apenas para ser admirados pelos homens.
A oração cristã, pelo contrário, não procura outra testemunha credível senão a própria consciência.
Mas, no segredo da consciência, o Pai do Céu vê.
E isso basta!
No fundo, para sermos atendidos, é suficiente colocar-nos sob o olhar de Deus, lembrar-nos do seu amor de Pai.
O nosso Deus não precisa de nada; pede apenas que, na oração, mantenhamos aberto um canal de comunicação com Ele, para nos descobrirmos sempre seus filhos muito amados.

Saudação aos peregrinos de língua portuguesa:

Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha cordial saudação para todos vós, desejando a cada um que sempre resplandeça, nos vossos corações, famílias e comunidades, a luz do Salvador, que nos revela o rosto terno e misericordioso do Pai do Céu.
Abracemos o Deus Menino, colocando-nos ao seu serviço: Ele é fonte de amor e serenidade.

Ele vos abençoe com um Ano Novo sereno e feliz!


Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano


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