Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

A HIPOCRISIA DE FALAR EM PAZ E CONSTRUIR E VENDER ARMAS DE GUERRA






A denúncia do Papa Francisco na catequese de hoje sobre a Viagem Apostólica à Tailândia e ao Japão
   
   
Ao agradecer às autoridades governamentais e eclesiásticas dos dois países, o Pontífice afirmou que a visita aumentou a sua proximidade e o seu afecto por aqueles povos.

Deus os abençoe com abundância de prosperidade e de paz”.

O Papa Francisco recordou que a Tailândia é um antigo Reino que se modernizou fortemente.

O povo tailandês é o povo do belo sorriso. As pessoas ali sorriem. Encorajei o empenho pela harmonia entre os diversos membros da nação, bem como para garantir que o desenvolvimento económico possa beneficiar todos e sejam curadas as chagas da exploração, especialmente das mulheres e dos menores.”

Proteger cada vida” foi o lema da visita ao Japão.
Recordou Nagasaki e Hiroshima, bem como o tríplice desastre de 2011.

Reiterei a firme condenação das armas nucleares e a hipocrisia de falar de paz construindo e vendendo armas de guerra.”


Para proteger a vida, é preciso amá-la, e hoje a grave ameaça nos países mais desenvolvidos é a perda do sentido de viver.”




Resumo da catequese do Santo Padre:

Queridos irmãos e irmãs, confiemos à bondade e misericórdia de Deus os povos da Tailândia e do Japão, que acabo de visitar.
Desejo renovar aqui o meu agradecimento às autoridades e aos bispos de ambos os países, que me convidaram e acolheram com grande solicitude e amizade, e aos respectivos povos para quem imploro, de Deus, paz e prosperidade.

Na Tailândia, pude encorajar os esforços em prol da harmonia entre as diversas componentes da Nação, com votos de que o progresso económico possa beneficiar a todos e se ponha termo à praga social que é a exploração sobretudo de mulheres e menores.
Está seriamente empenhada nisto a Igreja local, cujo testemunho passa também através das suas obras ao serviço dos doentes e marginalizados.
Na Eucaristia e sucessivo encontro com os jovens, pudemos sentir como a nova família formada por Jesus inclua também os rostos e as vozes do povo tailandês.

Depois, sob o lema «proteger toda a vida», visitei o Japão, cujo povo traz gravadas na alma os estigmas das terríveis explosões atómicas de Hiroxima e Nagasáqui.
Lá pude rezar, encontrar alguns sobreviventes e familiares das vítimas e reiterar uma firme condenação das armas nucleares, denunciando também a hipocrisia de se falar de paz e, ao mesmo tempo, construir tais bombas e vendê-las.
O povo japonês, depois daquela tragédia, demonstrou uma capacidade extraordinária de lutar pela vida; e o mesmo haveria de fazer em 2011, o ano do tríplice desastre: o terramoto, o tsunami e o incidente na central nuclear de Fukushima.
Para proteger a vida, toda a vida, é preciso amá-la; e hoje uma grave ameaça nos países mais desenvolvidos é a perda do sentido da vida e do amor à vida.
E as primeiras vítimas deste vazio são os jovens.
A abundância de recursos não basta; é preciso o amor de Deus Pai, que Jesus Cristo nos trouxe e oferece.



No final da Audiência o Papa anuncia carta aos fiéis sobre o presépio.

Irei a Greccio para rezar no lugar do primeiro presépio que fez São Francisco de Assis e enviar a todo o povo fiel uma carta para entender o significado do presépio.

Faço votos a todos vós que, no Advento, a espera do Salvador preencha os vossos corações de esperança e vos encontre alegres no serviço aos mais necessitados.”





O desejo de recordar o nascimento de Jesus veio a São Francisco de Assis durante uma viagem à Palestina onde teve o desejo de reproduzir a cena do nascimento de Jesus.
Quando, no Outono de 1223, foi a Roma para ver o Papa Honório III, pediu ao Santo Padre a permissão para que o realizasse.

Tendo obtido permissão, São Francisco voltou a Greccio, que havia conhecido antes e que lhe lembrava Belém.
Disse ao jovem Giovanni Velita, um morador da Região de Rieti e que se tornou seu amigo anos atrás:

"Quero celebrar aqui a noite de Natal.
Escolhe uma caverna onde se construirá uma manjedoura e se conduzirá um boi e um burro até lá, e tentaremos reproduzir, na medida do possível, a caverna de Belém!
Este é o meu desejo, porque quero ver, pelo menos uma vez, com meus próprios olhos, o nascimento do Divino Infante".

E assim, em 24 de Dezembro de 1223, o nascimento do Menino Jesus foi encenado.
Havia a gruta, o boi e o burro.
Nenhum dos presentes assumiu o papel de José e Maria, porque Francisco não queria que o nascimento de Jesus fosse um "espectáculo".
Só mais tarde, nos presépios do mundo, os outros personagens foram acrescentados.

Em Greccio, todos os anos, a memória deste evento é encenada.
Não apenas um presépio vivo, mas uma reconstituição dos momentos que levaram São Francisco a realizar o presépio de Jesus.



Fontes: Santa Sé, Notícias do Vaticano


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