A
denúncia do Papa Francisco na catequese de hoje sobre a Viagem
Apostólica à Tailândia e ao Japão
Ao
agradecer às autoridades governamentais e eclesiásticas dos dois
países, o Pontífice afirmou que a visita aumentou a sua proximidade
e o seu afecto por aqueles povos.
“Deus
os abençoe com abundância de prosperidade e de paz”.
O
Papa Francisco recordou que a Tailândia é um antigo Reino que se
modernizou fortemente.
“O
povo tailandês é o povo do belo sorriso. As pessoas ali sorriem.
Encorajei o empenho pela harmonia entre os diversos membros da nação,
bem como para garantir que o desenvolvimento económico possa
beneficiar todos e sejam curadas as chagas da exploração,
especialmente das mulheres e dos menores.”
“Proteger
cada vida” foi o lema da visita ao Japão.
Recordou
Nagasaki e Hiroshima, bem como o tríplice desastre de 2011.
“Reiterei
a firme condenação das armas nucleares e a hipocrisia de falar de
paz construindo e vendendo armas de guerra.”
“Para
proteger a vida, é preciso amá-la, e hoje a grave ameaça nos
países mais desenvolvidos é a perda do sentido de viver.”
Resumo
da catequese do Santo Padre:
Queridos
irmãos e irmãs, confiemos à bondade e misericórdia de Deus os
povos da Tailândia e do Japão, que acabo de visitar.
Desejo
renovar aqui o meu agradecimento às autoridades e aos bispos de
ambos os países, que me convidaram e acolheram com grande solicitude
e amizade, e aos respectivos povos para quem imploro, de Deus, paz e
prosperidade.
Na
Tailândia, pude encorajar os esforços em prol da harmonia entre as
diversas componentes da Nação, com votos de que o progresso
económico possa beneficiar a todos e se ponha termo à praga social
que é a exploração sobretudo de mulheres e menores.
Está
seriamente empenhada nisto a Igreja local, cujo testemunho passa
também através das suas obras ao serviço dos doentes e
marginalizados.
Na
Eucaristia e sucessivo encontro com os jovens, pudemos sentir como a
nova família formada por Jesus inclua também os rostos e as vozes
do povo tailandês.
Depois,
sob o lema «proteger toda a vida», visitei o Japão, cujo povo traz
gravadas na alma os estigmas das terríveis explosões atómicas de
Hiroxima e Nagasáqui.
Lá
pude rezar, encontrar alguns sobreviventes e familiares das vítimas
e reiterar uma firme condenação das armas nucleares, denunciando
também a hipocrisia de se falar de paz e, ao mesmo tempo, construir
tais bombas e vendê-las.
O
povo japonês, depois daquela tragédia, demonstrou uma capacidade
extraordinária de lutar pela vida; e o mesmo haveria de fazer em
2011, o ano do tríplice desastre: o terramoto, o tsunami e o
incidente na central nuclear de Fukushima.
Para
proteger a vida, toda a vida, é preciso amá-la; e hoje uma grave
ameaça nos países mais desenvolvidos é a perda do sentido da vida
e do amor à vida.
E
as primeiras vítimas deste vazio são os jovens.
A
abundância de recursos não basta; é preciso o amor de Deus Pai,
que Jesus Cristo nos trouxe e oferece.
No
final da Audiência o Papa anuncia carta
aos fiéis sobre o presépio.
“Irei
a Greccio para rezar no lugar do primeiro presépio que fez São
Francisco de Assis e enviar a todo o povo fiel uma carta para
entender o significado do presépio.
Faço
votos a todos vós que, no Advento, a espera do Salvador preencha os
vossos corações de esperança e vos encontre alegres no serviço
aos mais necessitados.”
O
desejo de recordar o nascimento de Jesus veio a São Francisco de
Assis durante uma viagem à Palestina onde teve o desejo de
reproduzir a cena do nascimento de Jesus.
Quando,
no Outono de 1223, foi a Roma para ver o Papa Honório III, pediu ao
Santo Padre a permissão para que o realizasse.
Tendo
obtido permissão, São Francisco voltou a Greccio, que havia
conhecido antes e que lhe lembrava Belém.
Disse
ao jovem Giovanni Velita, um morador da Região de Rieti e que se
tornou seu amigo anos atrás:
"Quero
celebrar aqui a noite de Natal.
Escolhe
uma caverna onde se construirá uma manjedoura e se conduzirá um boi
e um burro até lá, e tentaremos reproduzir, na medida do possível,
a caverna de Belém!
Este
é o meu desejo, porque quero ver, pelo menos uma vez, com meus
próprios olhos, o nascimento do Divino Infante".
E
assim, em 24 de Dezembro de 1223, o nascimento do Menino Jesus foi
encenado.
Havia
a gruta, o boi e o burro.
Nenhum
dos presentes assumiu o papel de José e Maria, porque Francisco não
queria que o nascimento de Jesus fosse um "espectáculo".
Só
mais tarde, nos presépios do mundo, os outros personagens foram
acrescentados.
Em
Greccio, todos os anos, a memória deste evento é encenada.
Não
apenas um presépio vivo, mas uma reconstituição dos momentos que
levaram São Francisco a realizar o presépio de Jesus.
Fontes:
Santa Sé, Notícias do Vaticano
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