Na
catequese de hoje o Papa Francisco continuou a sua "jornada"
com o livro dos Actos dos Apóstolos
Depois
das provações que viveram em Filipos, Tessalônica e Beréia, Paulo
chegou a Atenas, bem no coração da Grécia (ver Actos 17:15).
Ali,
o Apóstolo tem um impacto com o paganismo, mas em vez de fugir,
procura uma ponte para dialogar com aquela cultura, reunindo-se com
as pessoas mais significativas.
O
Papa Francisco explicou:
“Paulo
não olha a cidade de Atenas e o mundo pagão com hostilidade, mas
com os olhos da fé.
E
isso faz-nos questionar sobre o nosso modo de olhar as nossas
cidades: Observamos-las com indiferença? Com desprezo? Ou com a fé
que reconhece os filhos de Deus no meio das multidões anónimas?”
A
pregação do Apóstolo encontra um desafio: a morte e a ressurreição
de Cristo é interpretada como tolice e suscita zombaria e escárnio.
Paulo
afasta-se e a sua tentativa está prestes a falir quando alguns
aderem à sua palavra e se abrem à fé.
“Peçamos
também nós hoje ao Espírito Santo que nos ensine a construir
pontes com a cultura, com quem não crê ou com quem tem um credo
diferente do nosso.
Sempre
construir pontes.
Sempre
a mão estendida.
Nada
de agressões.
Peçamos
a capacidade de inculturar com delicadeza a mensagem da fé,
depositando sobre quem não conhece Cristo um olhar contemplativo,
movido por um amor que aqueça também os corações mais
endurecidos.”
Resumo
da catequese do Papa:
Nos
Actos dos Apóstolos, após as provas que experimentou em Filipos,
Tessalônica e Beréia, Paulo chega a Atenas, no coração da Grécia.
Embora
fosse uma cidade que vivia à sombra de suas glórias do passado,
Atenas ainda conservava o primado da cultura.
Aqui,
apesar de ficar revoltado com a idolatria, o Apóstolo procura ver o
mundo pagão não com hostilidade, mas com os olhos da fé.
De
modo concreto, no Areópago, símbolo da vida cultural e política,
pronuncia um discurso que, partindo da existência de um altar
dedicado a um “deus desconhecido”, anunciava aos atenienses a
identidade daquele que adoravam sem conhecer: o Deus único e
verdadeiro, que a fé bíblica ensina ser o criador e salvador do
mundo.
Porém
ao ouvir falar da ressurreição de Cristo, muitos ouvintes acabam
perdendo o interesse.
Não
se tratou, contudo, de um fracasso: para além do facto de que alguns
se converteram, Paulo deixou-nos um exemplo extraordinário de
inculturação da mensagem evangélica e da importância de se
construir pontes com a cultura.
Fontes:
Santa Sé; Notícias do Vaticano
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