O
Papa Francisco concluiu o percurso das Bem-aventuranças
“Felizes
os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o
Reino do Céus”
O
Papa Francisco concluiu o percurso das Bem-aventuranças.
Diz-nos
que esta Bem-aventurança proclama “a alegria escatológica dos
perseguidos por justiça” e “anuncia a mesma felicidade que a
primeira: o Reino dos Céus é dos perseguidos e dos pobres em
espírito”.
“O
mundo, com seus ídolos, seus acordos e suas prioridades, não pode
aprovar esse tipo de existência.
As
‘estruturas de pecado’, muitas vezes produzidas pela mentalidade
humana, tão estranhas ao Espírito da verdade que o mundo não pode
receber, só podem rejeitar a pobreza ou a mansidão ou a pureza e
declarar a vida segundo o Evangelho como um erro e um problema, como
algo a ser marginalizado.
O
mundo pensa assim: estes são idealistas ou fanáticos.
Se
o mundo vive em função do dinheiro, qualquer um que demonstre que a
vida pode ser cumprida no dom e na renúncia torna-se um incómodo
para o sistema ávido. A palavra ‘fastio’ é fundamental, pois o
testemunho cristão, que faz bem a muitas pessoas, incomoda aqueles
que têm uma mentalidade mundana.
Eles
vivem isso como uma repreensão.
Quando
a santidade aparece e a vida dos filhos de Deus emerge, nessa beleza
há algo de inconveniente que exige uma tomada de posição: ser
questionado e abrir-se ao bem ou recusar essa luz e endurecer o
coração”.
“É
doloroso recordar que, neste momento, existem muitos cristãos que
sofrem perseguições em várias áreas do mundo, e devemos esperar e
rezar para que sua tribulação seja interrompida o mais rápido
possível.
São
muitos: os mártires de hoje são mais do que os mártires dos
primeiros séculos.
Expressamos
nossa proximidade a esses irmãos e irmãs: somos um único corpo, e
esses cristãos são os membros ensanguentados do corpo de Cristo,
que é a Igreja.”
“Os
acordos com o mundo são perigosos: o cristão é sempre tentado a
fazer acordos com o mundo, com o espírito do mundo.
Rejeitar
os acordos e seguir o caminho de Jesus Cristo é a vida do Reino dos
Céus, a maior alegria, a verdadeira alegria.
Depois,
nas perseguições, há sempre a presença de Jesus que nos
acompanha, a presença de Jesus que nos consola.
É
a força do Espírito que nos ajuda a seguir em frente.
Não
desanimemos quando uma vida coerente do Evangelho atrai as
perseguições das pessoas: o Espírito sustenta-nos neste caminho.”
Resumo
da catequese do Santo Padre:
Na
leitura inicial, ouvimos a oitava e última das Bem-aventuranças que
proclama a alegria escatológica das pessoas perseguidas por causa de
Cristo.
É
doloroso recordar que, neste mesmo momento, em diversos pontos da
terra, muitos cristãos sofrem perseguição; são os membros
ensanguentados do Corpo de Cristo que é a Igreja; irmãs e irmãos
nossos, a quem exprimimos fraterna solidariedade, com votos e
esperança de que a tribulação deles termine quanto antes.
Contudo
a história ensina que o mundo, com as suas «estruturas de pecado»,
torna a mentalidade humana fechada e hostil às sugestões do
Espírito de Deus.
Na
verdade, um mundo egoísta e indiferente sente-se incomodado à vista
duma pessoa cuja vida é a prova de que se pode ser feliz na renúncia
e na doação aos outros.
Então
o mundo ou aceita a proposta e se abre ao bem, ou rejeita a luz e
endurece o coração, chegando à violência e perseguição.
A
senda das Bem-aventuranças é um caminho pascal que leva duma vida
segundo o mundo à vida segundo Deus, duma vida guiada pela carne à
vida guiada pelo Espírito da Verdade.
Esta
obediência ao Espírito faz brotar tanto amor no coração, que se
chega ao ponto de oferecer a própria vida pela salvação dos
perseguidores.
Assim,
o drama da perseguição é também o lugar da libertação das
cadeias do sucesso à custa dos outros, da vanglória e domínio do
mundo.
Então
de que se alegra a pessoa que é rejeitada pelo mundo por causa de
Cristo?
Alegra-se
por ter encontrado algo que vale mais do que o mundo inteiro.
De
facto – como se lê no Evangelho de Marcos – «que aproveita ao
homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida?».
Fontes:
Santa Sé; Notícias do Vaticano
Sem comentários:
Enviar um comentário