Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 29 de abril de 2020

O CAMINHO DAS BEM-AVENTURANÇAS LEVA-NOS A SER DE CRISTO E NÃO DO MUNDO


O Papa Francisco concluiu o percurso das Bem-aventuranças
Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céus
   
   
O Papa Francisco concluiu o percurso das Bem-aventuranças.

Diz-nos que esta Bem-aventurança proclama “a alegria escatológica dos perseguidos por justiça” e “anuncia a mesma felicidade que a primeira: o Reino dos Céus é dos perseguidos e dos pobres em espírito”.

O mundo, com seus ídolos, seus acordos e suas prioridades, não pode aprovar esse tipo de existência.
As ‘estruturas de pecado’, muitas vezes produzidas pela mentalidade humana, tão estranhas ao Espírito da verdade que o mundo não pode receber, só podem rejeitar a pobreza ou a mansidão ou a pureza e declarar a vida segundo o Evangelho como um erro e um problema, como algo a ser marginalizado.
O mundo pensa assim: estes são idealistas ou fanáticos.

Se o mundo vive em função do dinheiro, qualquer um que demonstre que a vida pode ser cumprida no dom e na renúncia torna-se um incómodo para o sistema ávido. A palavra ‘fastio’ é fundamental, pois o testemunho cristão, que faz bem a muitas pessoas, incomoda aqueles que têm uma mentalidade mundana.
Eles vivem isso como uma repreensão.
Quando a santidade aparece e a vida dos filhos de Deus emerge, nessa beleza há algo de inconveniente que exige uma tomada de posição: ser questionado e abrir-se ao bem ou recusar essa luz e endurecer o coração”.


É doloroso recordar que, neste momento, existem muitos cristãos que sofrem perseguições em várias áreas do mundo, e devemos esperar e rezar para que sua tribulação seja interrompida o mais rápido possível.
São muitos: os mártires de hoje são mais do que os mártires dos primeiros séculos.
Expressamos nossa proximidade a esses irmãos e irmãs: somos um único corpo, e esses cristãos são os membros ensanguentados do corpo de Cristo, que é a Igreja.”



Os acordos com o mundo são perigosos: o cristão é sempre tentado a fazer acordos com o mundo, com o espírito do mundo.
Rejeitar os acordos e seguir o caminho de Jesus Cristo é a vida do Reino dos Céus, a maior alegria, a verdadeira alegria.

Depois, nas perseguições, há sempre a presença de Jesus que nos acompanha, a presença de Jesus que nos consola.
É a força do Espírito que nos ajuda a seguir em frente.


Não desanimemos quando uma vida coerente do Evangelho atrai as perseguições das pessoas: o Espírito sustenta-nos neste caminho.”





Resumo da catequese do Santo Padre:

Na leitura inicial, ouvimos a oitava e última das Bem-aventuranças que proclama a alegria escatológica das pessoas perseguidas por causa de Cristo.
É doloroso recordar que, neste mesmo momento, em diversos pontos da terra, muitos cristãos sofrem perseguição; são os membros ensanguentados do Corpo de Cristo que é a Igreja; irmãs e irmãos nossos, a quem exprimimos fraterna solidariedade, com votos e esperança de que a tribulação deles termine quanto antes.

Contudo a história ensina que o mundo, com as suas «estruturas de pecado», torna a mentalidade humana fechada e hostil às sugestões do Espírito de Deus.
Na verdade, um mundo egoísta e indiferente sente-se incomodado à vista duma pessoa cuja vida é a prova de que se pode ser feliz na renúncia e na doação aos outros.
Então o mundo ou aceita a proposta e se abre ao bem, ou rejeita a luz e endurece o coração, chegando à violência e perseguição.
A senda das Bem-aventuranças é um caminho pascal que leva duma vida segundo o mundo à vida segundo Deus, duma vida guiada pela carne à vida guiada pelo Espírito da Verdade.
Esta obediência ao Espírito faz brotar tanto amor no coração, que se chega ao ponto de oferecer a própria vida pela salvação dos perseguidores.
Assim, o drama da perseguição é também o lugar da libertação das cadeias do sucesso à custa dos outros, da vanglória e domínio do mundo.

Então de que se alegra a pessoa que é rejeitada pelo mundo por causa de Cristo?
Alegra-se por ter encontrado algo que vale mais do que o mundo inteiro.
De facto – como se lê no Evangelho de Marcos – «que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida?».


Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano



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