É o passo decisivo
para crescer no espírito de serviço
No Ângelus deste Domingo, o Papa Francisco reflectiu sobre o testemunho de João Baptista a propósito de Jesus, depois de tê-lo baptizado no rio Jordão. João Baptista diz: "É este de quem eu disse: Depois de mim virá um homem, que me é superior, porque existia antes de mim."
“Esta declaração, este testemunho, revela o espírito de serviço de João. Ele foi enviado para preparar o caminho para o Messias e o fez sem poupar esforços. Humanamente, alguém poderia pensar que ele receberia um "prémio", um lugar de destaque na vida pública de Jesus, mas não. João, tendo cumprido a sua missão, sabe afastar-se, retira-se de cena para dar lugar a Jesus.”
“Com o seu espírito de serviço, e este é um verdadeiro espírito de serviço, com a sua capacidade de abrir espaço a Jesus, João Baptista ensina-nos uma coisa importante: a libertação dos apegos. Ensina-nos a nos libertarmos dos apegos. Sim, porque é fácil apegar-se a papéis e cargos, à necessidade de ser estimado, reconhecido e premiado. Isso, embora natural, não é uma coisa boa, porque o serviço envolve a gratuitidade, o verdadeiro serviço envolve a gratuitidade, o cuidar dos outros sem vantagens para si, sem segundas intenções, sem esperar na troca em troca. Fará-nos bem cultivar, como João, a virtude de nos afastarmos no momento oportuno, testemunhando que o ponto de referência da vida é Jesus. Afastar-se, aprender a dizer adeus. Cumpri esta missão, fiz esta reunião, coloco-me de lado e abro espaço para o Senhor. Aprender a colocar-se de lado, não esperar algo em troca.”
O Papa convidou-nos a fazer as seguintes perguntas:
"Somos capazes de abrir espaço para os outros? De escutá-los, de deixá-los livres, de não prendê-los a nós exigindo reconhecimento? Até de deixá-los falar. Deixá-los falar, abrir espaço para os outros. Atraímos os outros a Jesus ou a nós mesmos? E ainda, seguindo o exemplo de João: sabemos alegrar-nos pelo facto de as pessoas seguirem seu caminho e o seu apelo, mesmo que isso implique um pouco de distanciamento de nós? Regozijamo-nos com suas realizações, com sinceridade e sem inveja? Alegramo-nos quando os outros vão em frente, com sinceridade, sem inveja? Isso é deixar os outros crescer."
Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano
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