Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sábado, 22 de março de 2025

III DOMINGO DA QUARESMA – Ano C

 



Se não vos arrependerdes…

convertei-vos!

   


Ancorar na vinha da conversão

A esperança não arreda pé do caminho

A esperança dá-te uma nova oportunidade

- Irmãos e irmãs: Peregrinos de esperança, rumo à Páscoa, celebramos hoje o 3.º Domingo da Quaresma. Este Domingo oferece-nos uma nova oportunidade de parar, de ancorar a nossa vida, dentro deste campo da vinha, desta comunidade cristã, que é o Povo do Senhor. Reunidos em Eucaristia, aproveitemos a oportunidade para deixar o Senhor escavar e adubar o terreno do nosso coração, na esperança dos melhores frutos.

- Na parte inferior da Cruz (ou junto à Cruz), fixemos então a âncora da nossa esperança no Senhor. E deixemo-nos todos escavar, por dentro, como a âncora que precisa de ir ao fundo, para se unhar, para se agarrar a algo de sólido. A âncora, na base da Cruz, diz-nos que a esperança não arreda pé do caminho! Deus nunca nos deixa sem uma nova oportunidade, porque a sua graça pode fazer de cada situação, mesmo a mais desastrada, uma ocasião de bem, uma ocasião favorável (2 Cor 6,2) para a nossa conversão.

- Irmãos e irmãs: Agora, vamos recolher a âncora. Continuemos o nosso caminho, como peregrinos de esperança rumo à Páscoa. Se, ao longo da semana, nos vier a faltar a paciência, que á «parente mais próxima da esperança» (SNC, n.º 4), rezemos e cantemos ao Senhor: “No caminho, eu confio em Ti”.



Na terceira etapa da caminhada da Quaresma, a liturgia convida-nos, uma vez mais, a tomar consciência do projecto que Deus tem para nós. Decidido a conduzir-nos em direcção à vida verdadeira, Deus caminha ao nosso lado, aponta-nos caminhos de liberdade e de vida nova, convida-nos a derrubar tudo aquilo que nos escraviza, nos limita e nos encerra em fronteiras fechadas de egoísmo, de sofrimento e de morte.

Na primeira leitura Deus apresenta-se a Moisés e aos hebreus que vivem como escravos no Egipto. Ele não olha com indiferença para o sofrimento dos seus filhos escravizados e maltratados; mas está ao lado deles, ajuda-os a libertarem-se das cadeias de morte que os prendem, condu-los em direcção à liberdade e à vida plena. A libertação dos escravos hebreus do Egipto oferece-nos o modelo que o Deus salvador vai usar, em todas as épocas da história, para salvar o seu povo.

O Evangelho apresenta-nos um apelo veemente de Jesus à conversão, à transformação radical da existência, a uma mudança de mentalidade, a um re-centrar a vida de forma que Deus e os seus valores passem a ser a nossa prioridade fundamental. Se isso não acontecer, diz Jesus, a nossa vida terá sido uma perda de tempo, um projecto falhado.

A segunda leitura avisa-nos que uma experiência religiosa que se traduz em meros rituais externos e vazios não nos assegura a vida e a salvação; o que é importante é a adesão verdadeira a Deus, a vontade de aceitar a sua proposta de salvação, o seguimento radical de Jesus.


Comentário do padre Manuel Barbosa, scj:


LEITURA I – Êxodo 3,1-8a.13-15

Leitura do Livro do Êxodo

Naqueles dias, Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Ao levar o rebanho para além do deserto, chegou ao monte de Deus, o Horeb. Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor numa chama ardente, do meio de uma sarça. Moisés olhou para a sarça, que estava a arder, e viu que a sarça não se consumia.

Então disse Moisés: «Vou aproximar-me, para ver tão assombroso espetáculo: por que motivo não se consome a sarça?»

O Senhor viu que ele se aproximava para ver. Então Deus chamou-o do meio da sarça: «Moisés! Moisés!»

Ele respondeu: «Aqui estou!»

Continuou o Senhor: «Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos pés,

porque o lugar que pisas é terra sagrada».

E acrescentou: «Eu sou o Deus de teu pai, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob».

Então Moisés cobriu o rosto, com receio de olhar para Deus. Disse-lhe o Senhor: «Eu vi a situação miserável do meu povo no Egipto; escutei o seu clamor provocado pelos opressores. Conheço, pois, as suas angústias. Desci para o libertar das mãos dos egípcios e o levar deste país para uma terra boa e espaçosa, onde corre leite e mel».

Moisés disse a Deus: «Vou procurar os filhos de Israel e dizer-lhes: ‘O Deus de vossos pais enviou-me a vós’. Mas se me perguntarem qual é o seu nome, que hei de responder-lhes?»

Disse Deus a Moisés: «Eu sou ‘Aquele que sou’».

E prosseguiu: «Assim falarás aos filhos de Israel: O que Se chama ‘Eu sou’ enviou-me a vós».

Deus disse ainda a Moisés: «Assim falarás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, Deus de vossos pais, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob, enviou-me a vós. Este é o meu nome para sempre, assim Me invocareis de geração em geração’».


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 102 (103)

Refrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor e todo o meu ser bendiga o seu nome santo. Bendiz, ó minha alma, o Senhor e não esqueças nenhum dos seus benefícios.

Ele perdoa todos os teus pecados e cura as tuas enfermidades; salva da morte a tua vida e coroa-te de graça e misericórdia.

O Senhor faz justiça e defende o direito de todos os oprimidos. Revelou a Moisés os seus caminhos e aos filhos de Israel os seus prodígios.

O Senhor é clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade. Como a distância da terra aos céus, assim é grande a sua misericórdia para os que O temem.


LEITURA II – 1 Coríntios 10,1-6.10-12

Leitura da primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos:

Não quero que ignoreis que os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, passaram todos através do mar e na nuvem e no mar, receberam todos o baptismo de Moisés. Todos comeram o mesmo alimento espiritual e todos beberam a mesma bebida espiritual. Bebiam de um rochedo espiritual que os acompanhava: esse rochedo era Cristo. Mas a maioria deles não agradou a Deus, pois caíram mortos no deserto. Esses factos aconteceram para nos servir de exemplo, a fim de não cobiçarmos o mal, como eles cobiçaram. Não murmureis, como alguns deles murmuraram, tendo perecido às mãos do Anjo exterminador. Tudo isto lhes sucedia para servir de exemplo e foi escrito para nos advertir, a nós que chegámos ao fim dos tempos. Portanto, quem julga estar de pé tome cuidado para não cair.


EVANGELHO – Lucas 13,1-9

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam. Jesus respondeu-lhes:

«Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito homens, que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante».

Jesus disse então a seguinte parábola:

«Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou. Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’ Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano».


Avisos à Comunidade Paroquial:

Horário de Verão

A hora muda no próximo fim-de-semana. Na madrugada do próximo Domingo, dia 30 de Março, à 01H00 os relógios deverão ser adiantados para as 02H00.


Procissão dos Passos

No V Domingo da Quaresma, dia 6 de Abril, realizaremos a Procissão dos Passos. Os Ofertórios das Eucaristias deste fim-se-semana, 22 e 23 de Março, destinam-se às despesas com a Procissão dos Paços. Sem a vossa ajuda e colaboração não é possível manter esta tradição. Apelamos à generosidade de todos.


Celebrações Eucarísticas

Domingo dia 23Mar, às 9H30, III Domingo da Quaresma – Ano C


Quarta-feira dia 26Mar, às 19H00, Eucaristia 7º Dia de Manuel Ramos de Sousa


Sábado dia 29Mar, às 17H00, Eucaristia Vespertina – 7º Dia de Aníbal Nogueira da Costa

Domingo dia 30Mar, às 9H30, IV Domingo da Quaresma – Ano C 7º Dia de Sofia Olinda Maia Neves


Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia


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