Viver e testemunhar
a verdade de Jesus
Nem sempre o caminho é claro ao longo da viagem da vida. Ao longo do percurso, recebemos indicações, sugestões, orientações, propostas. Como discernir as indicações boas das indicações más, as que nos dão pistas certas e as que nos lançam por caminhos sem saída? Todos os que se apresentam como “guias” são dignos da nossa confiança? A Palavra de Deus que a liturgia deste domingo nos propõe convida-nos a reflectir sobre isto.
No Evangelho Jesus põe os seus discípulos de sobreaviso contra os “guias cegos”, arrogantes e prepotentes, sedentos de protagonismo, cujo interesse está nos seus projectos pessoais e não no bem dos seus irmãos. Os caminhos que eles apontam não levam à vida. Os discípulos poderão detectar esses “falsos mestres” pelas suas acções e pelas suas palavras, que acabam por revelar os interesses inconfessáveis que escondem no coração. Se as propostas que nos apresentam não estão em linha com as propostas de Jesus, esses “guias” não devem ser escutados.
A primeira leitura, na mesma linha, oferece-nos um conselho muito prático, mas também muito sábio: não julguemos as pessoas pela primeira impressão, pela forma como se apresentam ou pelas atitudes mais ou menos exuberantes que exibem: deixemo-las falar, escutemos o que dizem, pois as palavras revelam, mais tarde ou mais cedo, a verdade ou a mentira que há em cada coração.
A segunda leitura traz-nos a conclusão de uma catequese de Paulo de Tarso sobre a ressurreição dos mortos. É uma temática substancialmente diferente da que aparece nas outras duas leituras deste domingo. Podemos, no entanto, dizer que a ressurreição, a vida plena, é a meta final do caminho para aqueles que se deixam guiar por Jesus e que vivem de acordo com o seu Evangelho.
Comentário do padre Manuel Barbosa, scj:
LEITURA I – Ben Sirá 27,4-7
Leitura do Livro de Ben Sirá
Quando agitamos o crivo, só ficam impurezas: assim os defeitos do homem aparecem nas suas palavras. O forno prova os vasos do oleiro e o homem é posto à prova pelos seus pensamentos. O fruto da árvore manifesta a qualidade do campo: assim as palavras do homem revelam os seus sentimentos. Não elogies ninguém antes de ele falar, porque é assim que se experimentam os homens.
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 91 (92)
Refrão: É bom louvar o Senhor.
É bom louvar o Senhor e cantar salmos ao vosso nome, ó Altíssimo, proclamar pela manhã a vossa bondade e durante a noite a vossa fidelidade.
O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro do Líbano: plantado na casa do Senhor, florescerá nos átrios do nosso Deus.
Mesmo na velhice dará o seu fruto, cheio de seiva e de vigor, para proclamar que o Senhor é justo; n’Ele, que é o meu refúgio, não há iniquidade.
LEITURA II – 1 Coríntios 15, 54-58
Leitura da primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos: Quando este nosso corpo corruptível se tornar incorruptível e este nosso corpo mortal se tornar imortal, então se realizará a palavra da Escritura:
«A morte foi absorvida na vitória. Ó morte, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão?»
O aguilhão da morte é o pecado e a força do pecado é a Lei. Mas dêmos graças a Deus, que nos dá a vitória por Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, caríssimos irmãos, permanecei firmes e inabaláveis, cada vez mais diligentes na obra do Senhor, Sabendo que o vosso esforço não é inútil no Senhor.
EVANGELHO – Lucas 6, 39-45
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo. disse Jesus aos discípulos a seguinte parábola:
«Poderá um cego guiar outro cego? Não cairão os dois nalguma cova? O discípulo não é superior ao mestre, mas todo o discípulo perfeito deverá ser como o seu mestre. Porque vês o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua? Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o argueiro que tens na vista’, se tu não vês a trave que está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão. Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto: não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas das sarças. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem: e o homem mau, da sua maldade tira o mal; pois a boca fala do que transborda do coração».
Avisos à Comunidade Paroquial:
Procissão dos Passos
No V Domingo da Quaresma realizaremos a Procissão dos Passos. Os Ofertórios das Eucaristias do fim-se-semana de 22 e 23 de Março destinam-se às despesas com a Procissão dos Paços.
Formação Bíblica
Na próxima Quinta-feira dia 6, realiza-se no Salão Paroquial a quarta sessão de Formação Bíblica sob a orientação do biblista Padre Doutor Joaquim Domingos Areais.
Direitos Paroquiais
O Conselho Económico prossegue a recolha dos Direitos Paroquiais. Relembramos que esta é a única forma de sustento do Pároco. Apelamos à vossa generosidade.
Confraria do Santíssimo Sacramento
As cotas anuais podem ser regularizadas no final das Eucaristias na Casa da Fábrica. A cota anual por pessoa é de 1,00€ e a jóia de inscrição tem o custo de 2,50€.
Celebrações Eucarísticas
Domingo dia 2Mar, às 9H30, VIII Domingo do Tempo Comum – Ano C
Quarta-feira dia 5Mar, às 20H00, Eucaristia com Imposição das Cinzas
Sábado dia 8Mar, às 17H00, Eucaristia Vespertina – 30º Dia de José da Silva e Sousa
Domingo dia 9Mar, às 9H30, I Domingo da Quaresma – Ano C
Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia
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