Destino da nossa partilha de bens
Mensagem Quaresmal 2025: Destino da nossa partilha de bens
Caros fiéis em Cristo,
a Igreja sempre considerou a esmola e a partilha fraterna de bens como expressão não só do auto-domínio que devemos fazer sobre a nossa vontade de poder e de ter, mas também como condição de quem quer pertencer ao Reino de Deus. São Lucas considera-as mesmo como requisito para que sejamos ajudados abundantemente por Deus: “Dai e dar-se-vos-á. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante, ser-vos-á colocada no regaço” (Lc 6, 38).
Ora, se isto tem de exprimir o quotidiano do crente, muito mais o deve ser na Quaresma, tempo de libertação e do esforço do retornar ao âmago da condição cristã. De tal modo que, entre as várias recomendações penitenciais e existenciais, colocam-se, bem destacadas, a renúncia e o contributo quaresmal. Por vezes, tornam-se mesmo a grande marca da Quaresma.
Como é habitual, o produto desta renúncia costuma ser destinado a específicos fins, quase sempre fora da nossa Diocese do Porto. É o que acontecerá este ano. Consultados os diversos órgãos de participação, o Conselho Episcopal decidiu que 50% desse quantitativo fique na Diocese, para já, para ser distribuído, ao longo do ano, pelos diversos pedidos de ajuda do estrangeiro que, como habitualmente, nos chegarão. Os outros 50% serão distribuídos em partes iguais para dois Seminários: para o de Maputo (Moçambique), pois se trata de um Seminário pobre numa Igreja e País pobres; e para a construção do Seminário Filosófico de Viana (Angola) que acolherá alunos de cinco dioceses.
Apelo à generosidade de todo o povo de Deus. E aos senhores padres e diáconos, solicito o seu insubstituível contributo para lembrarem isto aos seus cristãos e os sensibilizarem para gestos de partilha cristã e de solidariedade humana.
Feliz e abençoada caminhada quaresmal em ordem à Páscoa da Ressurreição, neste ano jubilar!
O vosso irmão e bispo,
+ Manuel Linda
Fonte: Diocese do Porto
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