As primeiras palavras
do Papa Francisco
ao receber alta hospitalar
Depois de 38 dias de internamento hospitalar, desde 14 de Fevereiro, o Papa Francisco pôde finalmente saudar os fiéis. Foram poucas palavras, mas repletas de significado.
No meio da multidão, o Papa Francisco reconheceu uma senhora, Carmela, que todas as Quartas-feiras participa da Audiência Geral para lhe entregar um ramo de flores:
"E vejo essa senhora com as flores amarelas. É uma boa pessoa."
A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou o texto preparado pelo Papa Francisco para o Ângelus deste Domingo:
PAPA FRANCISCO
ÂNGELUS
III Domingo da Quaresma, 23 de Março de 2025
Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!
A parábola que encontramos no Evangelho de hoje fala-nos da paciência de Deus, que nos exorta a fazer da nossa vida um tempo de conversão. Jesus usa a imagem de uma figueira estéril, que não produziu os frutos esperados e que, no entanto, o agricultor não quer cortar: deseja adubá-la mais uma vez para ver "se dará fruto no futuro" (Lc 13,9). Esse agricultor paciente é o Senhor, que trabalha com zelo o terreno de nossa vida e aguarda confiante o nosso retorno a Ele.
Neste longo período de recuperação, tive a oportunidade de experimentar a paciência do Senhor, que vejo também reflectida na dedicação incansável dos médicos e dos profissionais da saúde, assim como nos cuidados e nas esperanças dos familiares dos doentes. Essa paciência confiante, ancorada no amor de Deus que nunca falha, é verdadeiramente necessária à nossa vida, especialmente para enfrentar as situações mais difíceis e dolorosas.
Entristece-me a retomada dos pesados bombardeios israelitas na Faixa de Gaza, com tantas mortes e feridos. Peço que as armas se calem imediatamente e que se tenha a coragem de retomar o diálogo, para que todos os reféns sejam libertos e se alcance um cessar-fogo definitivo. Na Faixa de Gaza, a situação humanitária é novamente gravíssima e exige o compromisso urgente das partes beligerantes e da comunidade internacional.
Alegra-me, por outro lado, que a Arménia e o Azerbaijão tenham acordado o texto definitivo do Acordo de Paz. Espero que seja assinado o quanto antes e possa, assim, contribuir para estabelecer uma paz duradoura no sul do Cáucaso.
Com tanta paciência e perseverança, vocês continuam a rezar por mim: agradeço-lhes muito! Eu também rezo por vocês. E juntos imploramos pelo fim das guerras e pela paz, especialmente na martirizada Ucrânia, na Palestina, em Israel, no Líbano, em Mianmar, no Sudão e na República Democrática do Congo.
Que a Virgem Maria nos proteja e continue a nos acompanhar no caminho rumo à Páscoa.
Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano
Sem comentários:
Enviar um comentário