Como é bom estar aqui!
Só pode ser em Deus!
Ancorar no monte da transfiguração
A esperança abre novos horizontes no caminho/A meta do caminho é a Páscoa da nossa transformação
- Irmãos e irmãs: Peregrinos de esperança, rumo à Páscoa, encontramo-nos, de novo, junto do Senhor, que nos chama a subir com Ele ao monte santo da transfiguração, para nos abrir novos horizontes no caminho da esperança. No passado domingo, ancorávamos em Cristo a nossa vida, partindo com Ele, para o deserto. Foi o nosso ponto de partida, para sair da terra da escravidão. Neste 2.º domingo da Quaresma, fixamos agora os olhos noutra pátria, na meta última da nossa peregrinação: a nossa transfiguração, a nossa transformação em Cristo.
- Neste domingo, saímos de casa, viemos até aqui, para celebrar a Eucaristia, penhor da futura glória. Na parte inferior da Cruz (ou junto à Cruz), fixemos a âncora da nossa esperança, nas alturas do monte santo, com vistas largas para o céu, nossa pátria definitiva. A Quaresma é um caminho de esperança, um caminho de saída, em saída e com saída… para a plenitude da vida, na Ressurreição. Ao ancorarmos no monte santo a nossa esperança, deixemo-nos, desde já, iluminar e transfigurar pela luz da Páscoa do Senhor.
- Irmãos e irmãs: “Que bom é estarmos aqui” (Lc 9,33). Mas não podemos ficar aqui. É preciso recolhermos a âncora, para prosseguimos em frente, como Peregrinos de esperança rumo à Páscoa. Nos momentos de desencanto, de desespero e de cansaço, olhemos para o alto da Cruz, olhemos para o Senhor, que nos chama a olhar para as estrelas, e digamos-Lhe ou cantemos-Lhe: “No caminho, eu confio em Ti”.
Peregrinos de esperança, rumo à Páscoa, ide em Paz e que o Senhor vos acompanhe
As leituras deste domingo têm como tema principal a fé. Em tempo de Quaresma somos convidados a revitalizar a nossa fé, a confiar de olhos fechados em Deus e nas suas propostas. Pode ser que, à luz da lógica humana, os caminhos que Deus nos aponta pareçam estranhos e ilógicos; mas eles conduzem, indubitavelmente, à vida verdadeira e eterna.
A primeira leitura apresenta-nos Abraão, o modelo do crente. Ele confiou plenamente em Deus, mesmo quando as promessas de Deus pareciam inverosímeis; e não saiu defraudado. Com Abraão, somos convidados a “acreditar”, isto é, a viver numa atitude de confiança total, de aceitação radical, de entrega plena aos desígnios desse Deus que não falha e é sempre fiel às suas promessas.
No Evangelho Jesus pede aos discípulos que confiem n’Ele e que ousem segui-l’O no caminho de Jerusalém. Esse caminho, embora passe pela cruz, conduz à ressurreição, à vida nova e eterna. Aos discípulos, relutantes e assustados, Deus confirma a verdade da proposta de Jesus: “Este é o meu Filho, o meu Eleito. Escutai-O”. É uma proposta que também nós somos convidados a abraçar.
Na segunda leitura Paulo de Tarso pede aos cristãos da cidade de Filipos que não se limitem a uma vivência religiosa feita de práticas externas e de gestos vazios. Os crentes verdadeiros são aqueles que vivem de olhos postos no Senhor Jesus, aquele que “transformará o nosso corpo miserável, para o tornar semelhante ao seu corpo glorioso”. Os filipenses e os cristãos de todas as épocas e lugares, devem caminhar para Ele sem hesitação, firmes na fé e guiados pela Boa Nova da salvação.
Comentário do padre Manuel Barbosa, scj:
LEITURA I – Génesis 15,5-12.17-18
Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias, Deus levou Abrão para fora de casa e disse-lhe: «Olha para o céu e conta as estrelas, se as puderes contar».
E acrescentou: «Assim será a tua descendência».
Abrão acreditou no Senhor, o que lhe foi atribuído em conta de justiça. Disse-lhe Deus: «Eu sou o Senhor que te mandou sair de Ur dos caldeus, para te dar a posse desta terra».
Abrão perguntou: «Senhor, meu Deus, como saberei que a vou possuir?»
O Senhor respondeu-lhe: «Toma uma vitela de três anos, uma cabra de três anos e um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho».
Abrão foi buscar todos esses animais, cortou-os ao meio e pôs cada metade em frente da outra metade; mas não cortou as aves. Os abutres desceram sobre os cadáveres, mas Abrão pô-los em fuga. Ao pôr do sol, apoderou-se de Abrão um sono profundo enquanto o assaltava um grande e escuro terror. Quando o sol desapareceu e caíram as trevas, um brasido fumegante e um archote de fogo passaram entre os animais cortados. Nesse dia, o Senhor estabeleceu com Abrão uma aliança, dizendo: «Aos teus descendentes darei esta terra, desde o rio do Egipto até ao grande rio Eufrates».
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 26 (27)
Refrão: O Senhor é a minha luz e a minha salvação.
O Senhor é minha luz e salvação: a quem hei de temer? O Senhor é protector da minha vida: de quem hei de ter medo?
Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica, tende compaixão de mim e atendei-me. Diz-me o coração: «Procurai a sua face». A vossa face, Senhor, eu procuro.
Não escondais de mim o vosso rosto, nem afasteis com ira o vosso servo. Não me rejeiteis nem abandoneis, meu Deus e meu Salvador.
Espero vir a contemplar a bondade do Senhor na terra dos vivos. Confia no Senhor, sê forte. Tem coragem e confia no Senhor.
LEITURA II – Filipenses 3,17-4,1
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
Irmãos:
Sede meus imitadores e ponde os olhos naqueles que procedem segundo o modelo que tendes em nós. Porque há muitos, de quem tenho falado várias vezes e agora falo a chorar, que procedem como inimigos da cruz de Cristo. O fim deles é a perdição: têm por deus o ventre, orgulham-se da sua vergonha e só apreciam as coisas terrenas. Mas a nossa pátria está nos Céus, donde esperamos, como Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo miserável, para o tornar semelhante ao seu corpo glorioso, pelo poder que Ele tem de sujeitar a Si todo o universo. Portanto, meus amados e queridos irmãos, minha alegria e minha coroa, permanecei firmes no Senhor.
EVANGELHO – Lucas 9,28b-36
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, João e Tiago e subiu ao monte, para orar.
Enquanto orava, alterou-se o aspecto do seu rosto e as suas vestes ficaram de uma brancura refulgente. Dois homens falavam com Ele: eram Moisés e Elias, que, tendo aparecido em glória, falavam da morte de Jesus, que ia consumar-se em Jerusalém. Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele. Quando estes se iam afastando, Pedro disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias».
Não sabia o que estava a dizer. Enquanto assim falava, veio uma nuvem que os cobriu com a sua sombra; e eles ficaram cheios de medo, ao entrarem na nuvem. Da nuvem saiu uma voz, que dizia: «Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O».
Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou sozinho. Os discípulos guardaram silêncio e, naqueles dias, a ninguém contaram nada do que tinham visto.
Avisos à Comunidade Paroquial:
Procissão dos Passos
No V Domingo da Quaresma, dia 6 de Abril, realizaremos a Procissão dos Passos. Os Ofertórios das Eucaristias do próximo fim-se-semana, 22 e 23 de Março, destinam-se às despesas com a Procissão dos Paços. Sem a vossa ajuda e colaboração não é possível manter esta tradição. Apelamos à generosidade de todos.
Celebrações Eucarísticas
Domingo dia 16Mar, às 9H30, II Domingo da Quaresma – Ano C
Quarta-feira dia 19Mar, às 19H00, Eucaristia – 7º Dia do Padre Florentino Fernandes de Sousa
Sábado dia 22Mar, às 17H00, Eucaristia Vespertina
Domingo dia 23Mar, às 9H30, III Domingo da Quaresma – Ano C
Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia
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