Para o cristão a morte não é o fim
A comemoração de todos os fiéis defuntos remonta ao final do primeiro milénio: foi o abade de Cluny, Santo Odilão, quem no ano 998 determinou que em todos os mosteiros da sua Ordem se fizesse nesta data a evocação de todos os defuntos ‘desde o princípio até ao fim do mundo’. Durante a I Guerra Mundial, o Papa Bento XV generalizou esse uso em toda a Igreja (1915).
Para onde caminhamos? Onde estão as pessoas que nos são queridas e que já terminaram o seu caminho aqui na terra? A liturgia da Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos convida-nos a ver em Deus a nossa meta, o nosso horizonte final. Não, não estamos condenados a dissolver-nos no nada, a terminar a nossa vida numa escuridão sem esperança nem sentido; estamos destinados a encontrar-nos com Deus, a viver em comunhão plena com Ele, a desfrutar de uma vida nova e eterna nos braços de um Pai que nos ama infinitamente, a experimentar uma felicidade que as nossas pobres palavras humanas nunca conseguirão descrever.
A primeira leitura traz-nos o caso de um tal Job, o protótipo do justo que sofre sem motivo nem explicação. Atingido por desgraças e tribulações sem fim, Job garante que nada fez para merecer tal sorte. Pede a Deus que seja o seu “Redentor” e que lhe faça justiça. A leitura cristã das palavras de Job sugere que Deus lhe dará razão: depois de ele terminar o seu caminho na terra, Deus há de reabilitá-lo e abrir-lhe as portas da vida eterna.
No Evangelho Jesus aponta aos seus discípulos o caminho que conduz à vida definitiva, à comunhão plena com Deus. Os “pequeninos”, aqueles que se dispõem a acolher a salvação de Deus e que se entregam humildemente nas mãos do Pai, aqueles que se identificam com Jesus, manso e humilde de coração, esses estão destinados à vida eterna.
Na segunda leitura o apóstolo Paulo expõe aos cristãos da cidade grega de Corinto a convicção fundamental que anima a sua entrega e o seu compromisso apostólico: “Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos há de ressuscitar com Jesus e nos levará convosco para junto d’Ele”. Sendo assim, Paulo declara-se pronto a enfrentar todas as crises e dificuldades que a vida lhe trouxer, pois “a ligeira aflição” do momento presente “prepara-nos, para além de toda e qualquer medida, um peso eterno de glória”. A visão da eternidade dá-nos a força para vencer todas as exigências que a vida presente comporta.
LEITURA I – Job 19,1.23-27a
Leitura do Livro de Job
Job tomou a palavra e disse: «Quem dera que as minhas palavras fossem escritas num livro, ou gravadas em bronze com estilete de ferro, ou esculpidas em pedra para sempre! Eu sei que o meu Redentor está vivo e no último dia Se levantará sobre a terra. Revestido da minha pele, estarei de pé; na minha carne verei a Deus. Eu próprio O verei, meus olhos O hão de contemplar».
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 26 (27), 1.4.7 e 8b e 9a.13-14
Refrão: Espero contemplar a bondade do Senhor na terra dos vivos.
O Senhor é minha luz e salvação: a quem hei de temer? O Senhor é o protector da minha vida: de quem hei de ter medo?
Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio: habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para gozar da suavidade do Senhor e visitar o seu santuário.
Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica, tende compaixão de mim e atendei-me. A vossa face, Senhor, eu procuro: não escondais de mim o vosso rosto.
Espero vir a contemplar a bondade do Senhor na terra dos vivos. Confia no Senhor, sê forte. Tem coragem e confia no Senhor.
LEITURA II – 2 Coríntios 4,14 – 5,1
Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Como sabemos, irmãos, Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos há de ressuscitar com Jesus e nos levará convosco para junto d’Ele. Tudo isto é por vossa causa, para que uma graça mais abundante multiplique as acções de graças de um maior número de cristãos para glória de Deus. Por isso, não desanimamos. Ainda que em nós o homem exterior se vá arruinando, o homem interior vai-se renovando de dia para dia. Porque a ligeira aflição dum momento prepara-nos, para além de toda e qualquer medida, um peso eterno de glória. Não olhamos para as coisas visíveis, olhamos para as invisíveis: as coisas visíveis são passageiras, ao passo que as invisíveis são eternas. Bem sabemos que, se esta tenda, que é a nossa morada terrestre, for desfeita, recebemos nos Céus uma habitação eterna, que é obra de Deus e não é feita pela mão dos homens.
ALELUIA – cf. Mateus 11,25
Aleluia. Aleluia.
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque revelaste aos pequeninos os mistérios do reino.
EVANGELHO – Mateus 11,25-30
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus exclamou:
«Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».
Avisos à Comunidade Paroquial:
Semana de Oração pelos Seminários
Decorre de 2 a 9 de Novembro e todas as comunidades paroquiais são convidadas a rezar pelos Seminários. No próximo fim-de -semana, dias 8 e 9, os ofertórios das Eucaristias são destinados aos Seminários Diocesanos.
Obras na Igreja Paroquial
Em reunião do Conselho Económico e também do Conselho Paroquial de Pastoral, foi considerado necessário realizar obras na nossa igreja. As obras vão ser iniciadas nos próximos dias.
Por esse motivo o Conselho Económico vai entregar em todas as casas uma carta dirigida aos paroquianos e, posteriormente, efectuará um peditório pela paróquia para fazer face às obras a realizar.
O nosso pároco desde já agradece a ajuda que possam dar para fazer face às obras que é necessário efectuar.
Celebrações Eucarísticas
Domingo dia 02Nov, às 16H00, Eucaristia da Comemoração de todos os Fiéis Defuntos – Ano C, seguida de Romagem ao Cemitério.
Quarta-feira dia 05Nov, às 19H00, Eucaristia
Sábado dia 08Nov, às 17H00, Eucaristia Vespertina
Domingo dia 09Nov, às 09H30, Eucaristia do XXXII Domingo do Tempo Comum – Ano C
Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia

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