Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

QUE NÃO FALTE O TRABALHO A NENHUMA FAMÍLIA



Dando continuidade ao caminho proposto na passada semana de apresentar três dimensões essenciais da família: festa, trabalho e oração, esta manhã o Santo Padre desenvolveu o tema do trabalho


  
O trabalho é sagrado e por isso a gestão do emprego é uma grande responsabilidade humana e social, que não pode ser deixada nas mãos de poucos, descarregada num mercado divinizado.
Causar uma perda de postos de trabalho significa causar um grave dano social.”, sublinhou o Papa Francisco, alertando ainda para as consequências de uma organização do trabalho que mostra a “perigosa tendência” de considerar a família como “um peso” para a produtividade.

A organização moderna do trabalho mostra, às vezes, uma perigosa tendência a considerar a família como um obstáculo, um peso, uma passividade para a produção do trabalho.”
Mas que produtividade? Para quem?
A chamada ‘cidade inteligente’ é, sem dúvida, rica de serviços e de organizações, mas, por exemplo, é muitas vezes hostil para as crianças e os idosos”, questionou.

Quando a família se torna refém da organização do trabalho, ou atrapalha-o, então temos a certeza que a sociedade humana começou a trabalhar contra ela mesma!”.

Fico triste quando vejo que não há trabalho.
Que há pessoas sem trabalho, que não encontram trabalho e que não têm a dignidade de levar o pão para casa.
Fico feliz quando vejo que os governantes se esforçam para criar postos de trabalho, para que todos possam ter um posto de trabalho.
O trabalho é sagrado e dignifica a família.
Temos de rezar para que não falte o trabalho a nenhuma família”.

O resumo da catequese de hoje:

O trabalho, como a festa, é parte do desígnio de Deus para o homem.
É na família que se aprende o valor do trabalho, da sua importância para garantir uma vida digna para as pessoas.

O trabalho também tem uma dimensão espiritual.
Oração e trabalho devem coexistir em harmonia, pois uma inspira e dá sentido ao outro.
Jesus nasceu no seio de uma família de trabalhadores; era chamado “o filho do carpinteiro”.

De facto, o trabalho exprime a dignidade do homem criado à imagem de Deus e, por isso, enfrentar a questão do desemprego é uma grande responsabilidade humana e social.
Por outro lado, através do trabalho, o homem colabora na obra da criação e, quando se perde de vista a aliança entre Deus e o homem, o trabalho torna-se um elemento de escravidão e destruição: do meio ambiente e da própria família.

Os cristãos são chamados a dar uma resposta a este desafio gigantesco, com a fé e coragem com que David enfrentou Golias, e assim consertar as fissuras presentes na nossa casa comum.





Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano; Agência Ecclesia

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