Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

OS PROJECTOS HUMANOS FALHAM SEMPRE, SOMENTE A FORÇA DE DEUS PERMANECE




Na audiência de hoje o Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre os Actos dos Apóstolos
   
   
O tema da 8ª catequese do Papa sobre os Actos dos Apóstolos foi extraído do Capítulo 5, 39: “Cuidado para não se meterem contra Deus! Os participantes do Sinédrio aceitaram o parecer de Gamaliel”.

Diante da proibição dos judeus de ensinar no nome de Cristo, Pedro e os Apóstolos respondem com coragem que não podem obedecer aos que desejam interromper a viagem do Evangelho no mundo.
Os Doze mostram que possuem a “obediência da fé” que eles desejam despertar em todos as pessoas.
A partir de Pentecostes, eles deixam de ser pessoas sozinhas.
Vivem uma sinergia especial que os descentraliza de si mesmos e os leva a dizer: «nós e o Espírito Santo».
Sentem que não podem dizer “eu” sozinho, mas “nós”, o «Espírito Santo e nós»”, disse o Papa Francisco, acrescentando:

Na força desta aliança, os Apóstolos não se deixam intimidar por ninguém.
Tinham uma coragem impressionante.
Pensamos que eram covardes: todos fugiram, fugiram quando Jesus foi detido pela polícia. Todos.
Mas, passaram de covardes a corajosos.
Por quê? Porque o Espírito Santo estava com eles.
O mesmo acontece connosco: se tivermos o Espírito Santo dentro nós, teremos a coragem de seguir em frente, a coragem de vencer muitas lutas, não por nós mesmos, mas pelo Espírito que está connosco.”

Os Apóstolos “não recuam em sua marcha como testemunhas intrépidas do Ressuscitado, como os mártires de todos os tempos, inclusive o nosso".

Os mártires dão a vida, não escondem que são cristãos.
Pensemos que há alguns anos atrás - hoje também existem muitos, mas pensemos nos cristãos coptas ortodoxos, verdadeiros trabalhadores, que foram todos degolados na praia da Líbia há quatro anos atrás.
A última palavra que disseram foi “Jesus, Jesus”.
Eles não venderam a fé, porque o Espírito Santo estava com eles.
São os mártires de hoje.

Os Apóstolos são os megafones do Espírito Santo, enviados por Jesus ressuscitado a difundir com prontidão e sem hesitação a Palavra que salva.
Esta determinação deles faz tremer o sistema religioso judaico, que se sente ameaçado e responde com violência e condenações à morte.
A perseguição dos cristãos é sempre a mesma: as pessoas que não querem o cristianismo sentem-se ameaçadas e levam os cristãos à morte.”

No Sinédrio, eleva-se a voz de Gamaliel, um fariseu diferente que escolhe conter a reacção dos demais, “um homem prudente, doutor da lei estimado por todo o povo.
Na escola de Gamaliel, São Paulo aprendeu a observar “a Lei de nossos pais”, conforme ele diz no Capítulo 22 dos Actos dos Apóstolos.
Gamaliel toma a palavra e convida os seus correligionários a exercer a arte do discernimento, diante de situações que excedem os padrões usuais.”

Os projectos humanos falham sempre; eles têm um tempo, como nós.
Pensem em tantos projectos políticos, e como eles mudam de um lado para o outro, em todos os países.
Pensem nos grandes impérios, pensemos nas ditaduras do século passado.
Sentiam-se poderosos, que podiam dominar o mundo.
Depois todos desabaram.
Pensem também nos impérios de hoje: desabarão, se Deus não estiver com eles, porque a força que os homens têm em si não é duradoura.
Somente a força de Deus permanece.
Pensemos na história dos cristãos, incluindo a história da Igreja, com tantos pecados, tantos escândalos, tantas coisas ruins nesses dois milénios.
E por que não desabou?
Porque Deus está ali.
Nós somos pecadores e muitas vezes escandalizamos.
Mas Deus está connosco.
Deus sempre salva.

A força é “Deus connosco”.”





Resumo da catequese do Papa Francisco:

A partir do Pentecostes, os Doze deixam de ser pessoas sozinhas; vivem uma sinergia especial que os descentraliza de si mesmos e os leva a dizer: «o Espírito Santo e nós».
Na força desta aliança, os Apóstolos não se deixam assustar por ninguém; são os megafones do Espírito Santo, enviados por Jesus ressuscitado a difundir por toda a parte a Palavra que salva.
Esta determinação deles faz tremer o sistema religioso judaico, que se sente ameaçado e pensa responder com a violência e condenações à morte.
Mas, no Sinédrio, levanta-se Gamaliel, um doutor da lei estimado por todo o povo, e convida os seus correligionários a exercitar a arte do discernimento, verificando se a nova religião é obra de Deus ou dos homens.
Dotado de sabedoria profética, convida os outros a não cederem à tentação das pressas, mas aprenderem a esperar o desenvolvimento dos processos no tempo.
De facto, Deus fala e manifesta-se também através do tempo, conferindo a cada ente a sua solidez: o que vem de Deus dura para sempre, e o homem não poderá destrui-lo.
O discernimento proposto por Gamaliel é uma arte preciosa também para nós, comunidade eclesial do terceiro milénio, porque nos convida a cultivar um olhar contemplativo sobre os acontecimentos, a não fazer juízos precipitados e a pensar que um verdadeiro crente dá fruto a seu tempo.


No final da audiência, no período dedicado às saudações aos peregrinos, o Papa Francisco teve presente o Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer que se assinala no dia 21 de Setembro.

O próximo dia 21 de Setembro é o Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer, uma doença que afecta muitos homens e mulheres que, devido a essa doença, são frequentemente vítimas de violência, maus-tratos e abusos que atropelam sua dignidade.
Oramos pela conversão dos corações e pelas pessoas afectadas pela doença de Alzheimer, pelas suas famílias e por aqueles que cuidam delas com amor.

Associo também a oração pelos que são afectados de patologias tumorais, para que também eles sejam cada vez mais apoiados, tanto na prevenção quanto no tratamento dessa doença.”



Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano


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