7
de Março de 1965, 1º Domingo da Quaresma, na Igreja da paróquia
romana de Todos os Santos, o então Papa Paulo VI celebrou pela
primeira vez a Missa em língua vernácula segundo as renovadas normas
litúrgicas estabelecidas pelo Concílio
Vaticano II
Hoje,
às 17 horas, volvidos 50 anos, é o Papa Francisco que celebrará na
mesma paróquia de Todos os Santos, recordando a missa celebrada pelo
Beato Paulo VI.
O
Papa Francisco vai utilizar, durante a celebração, o mesmo cálice,
a mesma estante para o missal e os mesmos candelabros que o beato
Papa Paulo VI usou em 1965; serão lidas até as mesmas intenções
da Oração dos Fiéis daquele tempo.
A
visita do Santo Padre coincidirá com a celebração dos 75 anos da
morte de São Luís Orione, ao qual a paróquia foi confiada, em
1908, por São Pio X.
Publicamos
o início da homilia que o Sumo Pontífice pronunciou a 7 de Março
de 1965:
O
que estamos a fazer? Este é o momento das reflexões e insere-se no
Rito sagrado para suscitar os pensamentos que o devem acompanhar.
Estamos
a actuar uma realidade que, por si mesma, se apresenta solene e tem
dois aspectos: um extraordinário; o outro habitual e ordinário.
Extraordinária
é a hodierna nova maneira de rezar, de celebrar a Santa Missa.
Inaugura-se
hoje a nova forma da Liturgia em todas as paróquias e igrejas do
mundo, para todas as Missas seguidas pelo povo.
É
um grande evento que deve ser recordado como princípio de jubilosa
vida espiritual, como um compromisso novo na correspondência ao
grande diálogo entre Deus e o homem.
De
hoje em diante, norma fundamental é rezar compreendendo cada frase e
palavra, completá-las com os nossos sentimentos pessoais e
uniformizá-los em conformidade com a alma da comunidade, que faz
coro connosco.
Há
também outra circunstância que torna singular a solenidade
hodierna: a presença do Papa que, por si só, autoriza a ressaltar
tudo pode tornar-se útil para a nossa vida cristã.
De
resto, se quisermos considerar o segundo aspecto, isto é, o que é
habitual nessas assembleias, tudo – sabemo-lo – apresenta um
carácter precioso e digno da nossa reflexão.
E
em primeiro lugar: o que é o Rito que estamos a celebrar?
É
um encontro de quem oferece o Sacrifício Divino com o povo que
assiste.
Tal
encontro deve ser, contudo, pleno e cordial.
Por
conseguinte, não é errado que o celebrante – neste caso o Papa –
transmita muitas vezes aos participantes a saudação característica:
o Senhor esteja convosco!
Eis:
o Papa repete os bons votos não só ao dirigir-se com gesto
afectuoso aos presentes, mas exprimindo o propósito de alcançar a
inteira população cristã desta cidade, da santa Diocese de Pedro e
Paulo, a Diocese de Roma.
Por
isso, de todo o coração, com toda a força que Deus põe na sua
voz, no seu ministério, o Santo Padre exclama ao povo romano: que
Deus esteja contigo!
Às
16H50, transmissão em directo da Sagrada Eucaristia presidida pelo
Papa Francisco na Igreja da paróquia de Todos os Santos:
Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano; L'Osservatore Romano
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