Na
audiência geral desta manhã o
Santo Padre falou sobre misericórdia e a correcção do Pai que
ajuda a crescer os seus filhos
Partindo
do texto bíblico de Isaías, o Papa colocou em evidência a amargura
de um pai desiludido que gerou e fez crescer filhos, que agora se
revoltaram contra Ele.
O
resumo da catequese de hoje:
Na
Sagrada Escritura, aparece Deus também com a amargura de um pai
desiludido: gerou e fez crescer filhos, que agora se revoltaram
contra Ele.
Embora
ferido, Deus deixa falar o amor e faz apelo à consciência destes
filhos degenerados, para que se convertam e se deixem amar de novo.
A
missão educativa dos pais tem em vista fazer crescer os filhos em
liberdade, torná-los responsáveis, capazes de fazer o bem.
Mas,
por causa do pecado, a liberdade torna-se pretensão de autonomia
absoluta e o orgulho leva à contraposição e à ilusão de
auto-suficiência.
A
consequência do pecado é um estado de desolação geral.
Onde
se rejeita Deus e a sua paternidade, não é possível haver vida: a
existência perde as suas raízes, tudo acaba pervertido e
aniquilado.
Mas
também esta dolorosa situação visa a salvação.
Como
pai, Deus educa seus filhos e, quando erram, corrige-os favorecendo o
seu crescimento no bem.
A
provação é enviada para que possam experimentar a amargura de quem
abandona Deus, vendo o vazio desolador duma opção de morte.
O
sofrimento, derivado duma decisão auto-destrutiva, deve fazer
reflectir o pecador para o abrir à conversão e ao perdão.
A
punição torna-se o instrumento para fazer reflectir.
Vemos
assim que Deus sempre quer perdoar ao seu povo: Ele não destrói
tudo, mas deixa aberta a porta à esperança.
O
caminho do regresso não passa tanto pela multiplicação das ofertas
rituais do culto – que devem exprimir a conversão e não
substituí-la – como sobretudo pela prática da justiça.
O
culto sim, mas oferecido com mãos puras, evitando o mal e praticando
o bem.
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano
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