Misericórdia
e consolação
foi
o tema da catequese do Santo Padre
Partindo
dos capítulos 30 e 31 do Livro do Profeta Jeremias, o Papa Francisco
começou por dizer na sua catequese que na vida há situações que
nos fazem sentir abandonados por Deus.
“Quantos
tentam chegar a outros lugares e fecham-lhes a porta.
E
estão ali na fronteira, porque tantas portas e tantos corações
estão fechados.
Os
migrantes de hoje que sofrem, que sofrem a céu aberto, sem alimento,
e não podem entrar, não sentem o acolhimento.
Gosto
quando vejo as nações, os governantes que abrem o coração e abrem
as portas.”
Resumo
da catequese do Papa Francisco:
Na
vida há situações, como a solidão, o sofrimento e a morte, que
nos fazem sentir abandonados por Deus.
Pensemos
na situação dramática de tantos irmãos nossos forçados a deixar
a sua pátria, levando nos olhos a imagem da casa destruída e, no
coração, o medo e tantas vezes a dor pela perda de pessoas
queridas.
Nestes
casos, pode-nos vir vontade de perguntar: Onde está Deus?
Quase
seiscentos anos antes de Cristo vir ao mundo, o povo de Israel viveu
uma experiência devastadora – o exílio – que fez vacilar a sua
fé, porque era difícil continuar a crer na bondade do Senhor lá em
terra estrangeira.
Então
o profeta Jeremias procurou consolar o seu povo, assegurando-lhe que
o Senhor é fiel: ama-o com amor eterno e não o abandona na
desolação.
O
Senhor enxugará todas as lágrimas dos seus olhos e libertá-lo-á
de todos os temores.
E
assim aconteceu… Setenta anos depois, o Senhor trouxe o povo de
volta para a sua pátria.
Israel
assiste à vitória da vida sobre a morte: os retornados recebem vida
duma fonte que gratuitamente os irriga, dando-lhes a fecundidade.
Jeremias
deu-nos o anúncio, apresentando o regresso dos exilados como um
grande símbolo de consolação e ressurreição, oferecido ao
coração de quem se converte.
E
o Senhor Jesus deu pleno cumprimento à mensagem do profeta: o
verdadeiro e radical regresso do exílio e a luz consoladora depois
da provação da fé realiza-se na Páscoa, experiência plena e
definitiva do amor misericordioso de Deus.
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano
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