Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sábado, 4 de novembro de 2017

CAMINHADA PELA VIDA - 2017








A iniciativa que se realiza hoje 4 de Novembro recorda problemáticas como o aborto e a eutanásia
   
   
A Caminhada pela Vida teve origem nas campanhas para os referendos sobre o aborto de 1998 e 2007 e foi retomada de modo anual a partir de 2012.

O tema da Caminhada de 2017 é ‘Sempre Pela Vida’ e tem como especial enfoque a eutanásia.

Actualmente, a legalização da eutanásia está em debate na Assembleia da República.

As cidades de Aveiro, Lisboa e Porto acolhem hoje a edição deste ano da ‘Caminhada pela Vida’.
Em Aveiro, com partida às 16H30 do Cais da Fonte Nova; em Lisboa às 15H00 a partir do Largo de Camões; e no Porto às 15H00 a partir da Sé Catedral.


Numa Caminhada que é de todos, crentes e não crentes, que é aberta a pessoas de qualquer credo religioso e de qualquer filiação política, transcrevemos a mensagem de D. Nuno Brás, Bispo Auxiliar de Lisboa e, desde 2015, nomeado pelo Papa Francisco como membro da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé.

No próximo dia 4 de Novembro terá lugar em Lisboa e noutras cidades do país a “Caminhada pela vida”.
Em Lisboa a caminhada terá início às 15:00 na Praça Luís de Camões.

A vida humana, qualquer que ela seja, rica ou pobre, forte ou frágil, jovem ou em estado terminal é sempre um bem precioso a defender.
Sobre esse bem primeiro não apenas se ergue a nossa civilização ocidental mas também toda e qualquer civilização, todo o viver social, de qualquer cultura, em qualquer tempo.

Por isso, colocar em causa a vida humana (nos seus momentos iniciais ou nos seus instantes finais) é sempre colocar em causa a própria humanidade.
A vida é aquela riqueza incomensurável que é colocada à nossa disposição e que nada nem ninguém tem o direito de retirar.

A vida é a realidade que nos torna humanos e iguais.
Colocá-la em questão é colocar, por momentos que seja, a insana hipótese de que existem seres humanos que nascem ou que morrem mais iguais que outros.

A vida humana é bem mais preciosa – infinitamente mais preciosa! – que qualquer outra realidade.
Ela é bem mais preciosa que a preservação de qualquer espécie animal, qualquer planta ou qualquer outra realidade ecológica.

Sem o respeito pela vida humana, salvaguardada e defendida sempre e sem quaisquer reticências, é o próprio existir humano que é colocado em causa.

Pode parecer inútil, de tão evidente que é, mostrar publicamente a nossa intenção de, como cidadãos de um país, defendermos a vida.
O facto é que, de há vários anos a esta parte, a insensatez parece ter-se apoderado de não poucas instâncias nacionais.
E nós não podemos deixar de alertar e de lutar pela defesa desse bem supremo (para nós e para os outros – até para os vindouros) que é a vida humana.

Vale a pena caminhar pela vida.
Vale a pena lutar pela vida.
Por toda e qualquer vida humana.



Recorde-se que no ano passado, o Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes da Caminhada Pela Vida, que se realizou dia 15 de Maio, tendo desafiado a “um renovado empenho na promoção dos verdadeiros valores humanos, morais e espirituais que inspirem os indivíduos, as famílias e a sociedade portuguesa na busca do bem comum enraizado na concórdia, na justiça e no respeito pelos direitos da pessoa humana desde a concepção até à sua morte natural”.

Este ano, o Papa Francisco enviou uma mensagem aos promotores da Caminhada pela Vida 2017 evocando a “batalha contra o aborto, eutanásia e demais atentados à vida humana”.

Na mensagem enviada através da Nunciatura Apostólica em Lisboa e assinada pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, “o Papa Francisco envia a sua saudação aos participantes na iniciativa, nascida da consciência cristã nacional moralmente sensível à promoção e defesa da vida, contra a cultura do descarte, guiada por uma lógica económica que exclui e por vezes mata”.

O Papa manifesta o desejo de que “apareçam cada vez mais homens e mulheres de boa vontade que abracem corajosamente a verdade e valor que cada ser humano tem para Deus”, sustentando a sua posição “com factos e razões científicas e morais num dramático apelo à razão, para se voltar ao respeito de cada vida humana”.



Fontes: Diocese do Porto; Federação Portuguesa pela Vida; Agência Ecclesia


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