Nesta
Quarta-feira o Papa Francisco deu continuidade a série de catequeses
sobre a Santa Missa
Falou sobre a Comunhão
O
Santo Padre inspirou-se no Evangelho de São João (6,54-55) para
falar sobre a Comunhão.
«A
comunhão sacramental - não a comunhão espiritual, que podem fazer
em vossa casa, dizendo: "Jesus, eu gostaria de te receber
espiritualmente".
A
Comunhão sacramental, com o corpo e o sangue de Cristo.
Celebramos
a Eucaristia para nos alimentarmos de Cristo, que nos entrega a si
mesmo no altar, quer na Palavra quer no Sacramento, para nos
conformarmos com Ele.
O
próprio Senhor diz: "Aquele que come minha carne e bebe meu
sangue permanece em mim e Eu nele "( Jo 6:56).
Na
verdade, o gesto de Jesus que deu aos discípulos o seu Corpo e o seu
Sangue na Última Ceia, continua hoje através do ministério do
sacerdote e do diácono, ministros ordinários da distribuição aos
irmãos do Pão da vida e do Cálice da salvação.»
«Depois
de ter partido o Pão consagrado, isto é, o Corpo de Jesus, o
sacerdote mostra-o aos fiéis, convidando-os a participar do banquete
eucarístico, dizendo as palavras: "Felizes os convidados para a
Ceia do Senhor: eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do
mundo".»
«Ao
responder "Amém" ao sacerdote que diz "Corpo de
Cristo", reconhece-se a graça e o empenho que comporta
tornar-se Corpo de Cristo.
Pois
quando recebes o Corpo de Cristo, tornas-te Corpo de Cristo.
É
belo isto, é muito belo!»
A
Oração após a Comunhão conclui a Liturgia Eucarística.
«Nela,
em nome de todos, o sacerdote dirige-se a Deus para agradecer por nos
fazer seus convidados e pedir que o que foi recebido transforme a
nossa vida.»
«A
Eucaristia torna-nos fortes para dar frutos de boas obras para viver
como cristãos.»
Resumo
da catequese do Santo Padre:
Celebramos
a Santa Missa para nos alimentarmos de Cristo, que Se oferece a nós
na Palavra e no Sacramento Eucarístico.
Na
Última Ceia, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o e deu-o aos
seus discípulos.
Este
último gesto continua hoje através da distribuição ao povo de
Deus do Pão da vida e do cálice da salvação pelos ministros
ordinários e extraordinários da Eucaristia.
«Felizes
os convidados para a Ceia do Senhor!»: exclama o celebrante voltado
para os fiéis, convidando-os a participar no banquete eucarístico.
É
um convite que nos alegra e ao mesmo tempo preocupa, levando-nos a um
exame de consciência iluminado pela fé: de facto, por um lado,
vemos a distância que nos separa da santidade de Cristo, mas, por
outro, acreditamos que o seu Sangue foi «derramado para a remissão
dos pecados».
Santo
Ambrósio, pensando precisamente no valor salvífico do Sangue de
Jesus, dizia: «Eu, que peco sempre, devo ter sempre ao meu alcance o
remédio».
Com
esta fé, também nós nos voltamos para o Cordeiro de Deus que tira
o pecado do mundo e rezamos: «Senhor, eu não sou digno de que
entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo».
Serei
transformado em Cristo…
Nas
suas Confissões, Santo Agostinho coloca na boca de Jesus estas
palavras, a ele dirigidas: «Sou o pão dos fortes; cresce e
comer-Me-ás. Não Me transformarás em ti, como ao alimento da tua
carne, mas mudar-Te-ás em Mim».
Alimentar-se
da Eucaristia significa deixar-se transformar numa Eucaristia viva.
Enquanto
nos une a Cristo, arrancando-nos dos nossos egoísmos, a Comunhão
abre-nos e une-nos a todos aqueles que formam um só com Ele.
Tal
é o prodígio da Comunhão: torno-me naquilo que recebo, torno-me
Corpo de Cristo.
Fontes:
Santa Sé; Notícias do Vaticano; L’Osservatore Romano
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