É
MUITO MAIS DO QUE UM SIMPLES BANQUETE: É PRECISAMENTE O MEMORIAL DA
PÁSCOA DE JESUS, O MISTÉRIO FULCRAL DA SALVAÇÃO.
«MEMORIAL»
NÃO SIGNIFICA APENAS UMA RECORDAÇÃO, UMA SIMPLES LEMBRANÇA, MAS
QUER DIZER QUE CADA VEZ QUE NÓS CELEBRAMOS ESTE SACRAMENTO
PARTICIPAMOS NO MISTÉRIO DA PAIXÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO DE
CRISTO.
Na
audiência geral de hoje, na Praça de São Pedro, o Papa Francisco
prosseguiu a sua catequese, desta vez sobre a Eucaristia.
No
final da audiência geral, improvisando e referindo-se à Eucaristia,
afirmou:
"É um dom deveras grandioso e por isso é tão importante ir à Missa
aos domingos.
Ir
à Missa não só para rezar, mas para receber a Comunhão, o pão
que é o corpo de Jesus Cristo que nos salva, nos perdoa e nos une ao
Pai.
É
bom fazer isto!
E
todos os domingos vamos à Missa, porque é precisamente o dia da
Ressurreição do Senhor."
Também
se dirigiu aos Peregrinos de língua portuguesa:
“Saúdo
cordialmente os peregrinos de língua portuguesa, desejando-vos que
cresçais sempre mais no amor e na adoração da Eucaristia, para que
este Sacramento possa continuar a plasmar as vossas comunidades na
caridade e na comunhão, segundo o coração do Pai.
De
bom grado vos abençoo a vós e aos vossos entes queridos!”
O texto da catequese do Papa Francisco sobre a Eucaristia:
Prezados
irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje,
falar-vos-ei da Eucaristia.
A
Eucaristia insere-se no âmago da «iniciação cristã», juntamente
com o Baptismo e a Confirmação, constituindo a nascente da própria
vida da Igreja.
Com
efeito, é deste Sacramento do Amor que derivam todos os caminhos
autênticos de fé, de comunhão e de testemunho.
O
que vemos quando nos congregamos para celebrar a Eucaristia, a Missa,
já nos faz intuir o que estamos prestes a viver.
No
centro do espaço destinado à celebração encontra-se o altar, que
é uma mesa coberta com uma toalha, e isto faz-nos pensar num
banquete.
Sobre
a mesa há uma cruz, a qual indica que naquele altar se oferece o
sacrifício de Cristo: é Ele o alimento espiritual que ali
recebemos, sob as espécies do pão e do vinho.
Ao
lado da mesa encontra-se o ambão, ou seja o lugar de onde se
proclama a Palavra de Deus: e ele indica que ali nos reunimos para
ouvir o Senhor que fala mediante as Sagradas Escrituras, e portanto o
alimento que recebemos é também a sua Palavra.
Na
Missa, Palavra e Pão tornam-se uma coisa só, como na Última Ceia,
quando todas as palavras de Jesus, todos os sinais que Ele tinha
realizado, se condensaram no gesto de partir o pão e de oferecer o
cálice, antecipação do sacrifício da cruz, e naquelas palavras:
«Tomai e comei, isto é o meu corpo... Tomai e bebei, isto é o meu
sangue».
O
gesto levado a cabo por Jesus na Última Ceia é a extrema acção de
graças ao Pai pelo seu amor, pela sua misericórdia.
Em
grego, «acção de graças» diz-se «eucaristia».
É
por isso que o Sacramento se chama Eucaristia: é a suprema acção
de graças ao Pai, o qual nos amou a tal ponto, que nos ofereceu o
seu Filho por amor.
Eis
por que motivo o termo Eucaristia resume todo aquele gesto, que é de
Deus e ao mesmo tempo do homem, gesto de Jesus Cristo, verdadeiro
Deus e verdadeiro homem.
Por
conseguinte, a celebração eucarística é muito mais do que um
simples banquete: é precisamente o memorial da Páscoa de Jesus, o
mistério fulcral da salvação.
«Memorial»
não significa apenas uma recordação, uma simples lembrança, mas
quer dizer que cada vez que nós celebramos este Sacramento
participamos no mistério da paixão, morte e ressurreição de
Cristo.
A
Eucaristia constitui o apogeu da obra de salvação de Deus: com
efeito, fazendo-se pão partido para nós, o Senhor Jesus derrama
sobre nós toda a sua misericórdia e todo o seu amor, a ponto de
renovar o nosso coração, a nossa existência e o nosso próprio
modo de nos relacionarmos com Ele e com os irmãos.
É
por isso que geralmente, quando nos aproximamos deste Sacramento,
dizemos que «recebemos a Comunhão», que «fazemos a Comunhão»:
isto significa que no poder do Espírito Santo, a participação na
mesa eucarística nos conforma com Cristo de modo singular e
profundo, levando-nos a prelibar desde já a plena comunhão com o
Pai, que caracterizará o banquete celestial, onde juntamente com
todos os Santos teremos a felicidade de contemplar Deus face a face.
Estimados
amigos, nunca daremos suficientemente graças ao Senhor pela dádiva
que nos concedeu através da Eucaristia!
Trata-se
de um dom deveras grandioso e por isso é tão importante ir à Missa
aos domingos.
Ir
à Missa não só para rezar, mas para receber a Comunhão, o pão
que é o corpo de Jesus Cristo que nos salva, nos perdoa e nos une ao
Pai.
É
bom fazer isto!
E
todos os domingos vamos à Missa, porque é precisamente o dia da
Ressurreição do Senhor.
É
por isso que o Domingo é tão importante para nós!
E
com a Eucaristia sentimos esta pertença precisamente à Igreja, ao
Povo de Deus, ao Corpo de Deus, a Jesus Cristo.
Nunca
compreenderemos todo o seu valor e toda a sua riqueza.
Então,
peçamos-lhe que este Sacramento possa continuar a manter viva na
Igreja a sua presença e a plasmar as nossas comunidades na caridade
e na comunhão, segundo o Coração do Pai.
E
fazemos isto durante a vida inteira, mas começamos a fazê-lo no dia
da nossa primeira Comunhão.
É
importante que as crianças se preparem bem para a primeira Comunhão
e que cada criança a faça, pois trata-se do primeiro passo desta
pertença forte a Jesus Cristo, depois do Baptismo e da Crisma.
Papa
Francisco
Audiência
Geral
Praça
de São Pedro
Quarta-feira,
5 Fevereiro 2014
Fonte:
Santa Sé
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