Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA

É MUITO MAIS DO QUE UM SIMPLES BANQUETE: É PRECISAMENTE O MEMORIAL DA PÁSCOA DE JESUS, O MISTÉRIO FULCRAL DA SALVAÇÃO.
«MEMORIAL» NÃO SIGNIFICA APENAS UMA RECORDAÇÃO, UMA SIMPLES LEMBRANÇA, MAS QUER DIZER QUE CADA VEZ QUE NÓS CELEBRAMOS ESTE SACRAMENTO PARTICIPAMOS NO MISTÉRIO DA PAIXÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO DE CRISTO.


Na audiência geral de hoje, na Praça de São Pedro, o Papa Francisco prosseguiu a sua catequese, desta vez sobre a Eucaristia.


No final da audiência geral, improvisando e referindo-se à Eucaristia, afirmou:


"É um dom deveras grandioso e por isso é tão importante ir à Missa aos domingos.
Ir à Missa não só para rezar, mas para receber a Comunhão, o pão que é o corpo de Jesus Cristo que nos salva, nos perdoa e nos une ao Pai.
É bom fazer isto!
E todos os domingos vamos à Missa, porque é precisamente o dia da Ressurreição do Senhor."

Também se dirigiu aos Peregrinos de língua portuguesa:

Saúdo cordialmente os peregrinos de língua portuguesa, desejando-vos que cresçais sempre mais no amor e na adoração da Eucaristia, para que este Sacramento possa continuar a plasmar as vossas comunidades na caridade e na comunhão, segundo o coração do Pai.
De bom grado vos abençoo a vós e aos vossos entes queridos!”





O texto da catequese do Papa Francisco sobre a Eucaristia:

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje, falar-vos-ei da Eucaristia.
A Eucaristia insere-se no âmago da «iniciação cristã», juntamente com o Baptismo e a Confirmação, constituindo a nascente da própria vida da Igreja.
Com efeito, é deste Sacramento do Amor que derivam todos os caminhos autênticos de fé, de comunhão e de testemunho.

O que vemos quando nos congregamos para celebrar a Eucaristia, a Missa, já nos faz intuir o que estamos prestes a viver.
No centro do espaço destinado à celebração encontra-se o altar, que é uma mesa coberta com uma toalha, e isto faz-nos pensar num banquete.
Sobre a mesa há uma cruz, a qual indica que naquele altar se oferece o sacrifício de Cristo: é Ele o alimento espiritual que ali recebemos, sob as espécies do pão e do vinho.
Ao lado da mesa encontra-se o ambão, ou seja o lugar de onde se proclama a Palavra de Deus: e ele indica que ali nos reunimos para ouvir o Senhor que fala mediante as Sagradas Escrituras, e portanto o alimento que recebemos é também a sua Palavra.

Na Missa, Palavra e Pão tornam-se uma coisa só, como na Última Ceia, quando todas as palavras de Jesus, todos os sinais que Ele tinha realizado, se condensaram no gesto de partir o pão e de oferecer o cálice, antecipação do sacrifício da cruz, e naquelas palavras: «Tomai e comei, isto é o meu corpo... Tomai e bebei, isto é o meu sangue».

O gesto levado a cabo por Jesus na Última Ceia é a extrema acção de graças ao Pai pelo seu amor, pela sua misericórdia.
Em grego, «acção de graças» diz-se «eucaristia».
É por isso que o Sacramento se chama Eucaristia: é a suprema acção de graças ao Pai, o qual nos amou a tal ponto, que nos ofereceu o seu Filho por amor.
Eis por que motivo o termo Eucaristia resume todo aquele gesto, que é de Deus e ao mesmo tempo do homem, gesto de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Por conseguinte, a celebração eucarística é muito mais do que um simples banquete: é precisamente o memorial da Páscoa de Jesus, o mistério fulcral da salvação.
«Memorial» não significa apenas uma recordação, uma simples lembrança, mas quer dizer que cada vez que nós celebramos este Sacramento participamos no mistério da paixão, morte e ressurreição de Cristo.
A Eucaristia constitui o apogeu da obra de salvação de Deus: com efeito, fazendo-se pão partido para nós, o Senhor Jesus derrama sobre nós toda a sua misericórdia e todo o seu amor, a ponto de renovar o nosso coração, a nossa existência e o nosso próprio modo de nos relacionarmos com Ele e com os irmãos.
É por isso que geralmente, quando nos aproximamos deste Sacramento, dizemos que «recebemos a Comunhão», que «fazemos a Comunhão»: isto significa que no poder do Espírito Santo, a participação na mesa eucarística nos conforma com Cristo de modo singular e profundo, levando-nos a prelibar desde já a plena comunhão com o Pai, que caracterizará o banquete celestial, onde juntamente com todos os Santos teremos a felicidade de contemplar Deus face a face.

Estimados amigos, nunca daremos suficientemente graças ao Senhor pela dádiva que nos concedeu através da Eucaristia!
Trata-se de um dom deveras grandioso e por isso é tão importante ir à Missa aos domingos.
Ir à Missa não só para rezar, mas para receber a Comunhão, o pão que é o corpo de Jesus Cristo que nos salva, nos perdoa e nos une ao Pai.
É bom fazer isto!
E todos os domingos vamos à Missa, porque é precisamente o dia da Ressurreição do Senhor.
É por isso que o Domingo é tão importante para nós!
E com a Eucaristia sentimos esta pertença precisamente à Igreja, ao Povo de Deus, ao Corpo de Deus, a Jesus Cristo.
Nunca compreenderemos todo o seu valor e toda a sua riqueza.
Então, peçamos-lhe que este Sacramento possa continuar a manter viva na Igreja a sua presença e a plasmar as nossas comunidades na caridade e na comunhão, segundo o Coração do Pai.
E fazemos isto durante a vida inteira, mas começamos a fazê-lo no dia da nossa primeira Comunhão.
É importante que as crianças se preparem bem para a primeira Comunhão e que cada criança a faça, pois trata-se do primeiro passo desta pertença forte a Jesus Cristo, depois do Baptismo e da Crisma.

Papa Francisco
Audiência Geral
Praça de São Pedro

Quarta-feira, 5 Fevereiro 2014

Fonte: Santa Sé

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