A 4 de Agosto o Papa Francisco desloca-se à capela da Porciúncula situada no interior da Basílica de Santa Maria dos Anjos em Assis
[transmissão
em directo a partir das 15H00]
A
visita do Santo Padre realiza-se quando é comemorado o 8º
centenário da “Indulgência da Porciúncula” ou “Perdão de
Assis”.
Transmissão
em directo da visita do Papa Francisco a Porciúncula a partir das
15H00 do dia 4 de Agosto:
O
Perdão de Assis e a Indulgência plenária da Porciúncula, segundo
o testemunho de Bartolomeu de Pisa:
“Certa
noite, do ano do Senhor de 1216, Francisco estava compenetrado na
oração e na contemplação na igrejinha da Porciúncula, perto de
Assis, quando, repentinamente, a pequena igreja ficou repleta de uma
vivíssima luz.
Assim,
Francisco viu Cristo sobre o altar e, à sua direita, a sua Mãe
Santíssima, circundados de uma multidão de anjos.
Francisco,
em silêncio e prostrado no chão, adorou a seu Senhor.
Então,
perguntaram-lhe o que ele desejava para a salvação das almas.
A
resposta de Francisco foi imediata: “Santíssimo Pai, mesmo que eu
seja um mísero pecador, vos peço, que a todos os que, arrependidos
e confessados, virão visitar esta igreja, possam receber um amplo e
generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.
O
Senhor disse-lhe: “Ó Irmão Francisco, o que me pede é algo de
grandioso, mais você é digno de coisas maiores e as obterá:
acolho, portanto, seu pedido, com a condição de pedir tal
indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra, o Papa”.
Imediatamente,
Francisco apresentou-se ao Pontífice Honório III que naqueles dias
encontrava-se em Perugia, ao qual narrou a cândida visão que teve.
O
Papa o ouviu com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a
sua aprovação, dizendo: “Por quanto anos você quer esta
indulgência”?
Francisco,
com desapego, respondeu-lhe: “Padre Santo, não vos peço por anos,
mas pelas almas”.
Feliz,
Francisco dirigiu-se à porta, mas o Pontífice o chamou: “Mas você
não quer nenhum documento”?
E
Francisco respondeu-lhe: “Santo Padre, Deus cuidará de manifestar
a obra sua; eu mesmo não preciso de nenhum documento.
Este
documento deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e
os Anjos as testemunhas”.
Poucos
dias mais tarde, diante dos Bispos da Úmbria e do povo reunido na
Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária, dizendo
entre lágrimas:
”Meus
irmãos, quero que todos vocês vão para o Paraíso!”
Extensão
da Indulgência
Mais
tarde, com a Bula de 4 de Julho de 1622, o Papa Gregório XV estendeu
esta grande indulgência a todas as igrejas da Ordem Franciscana e
prescreveu que, além da confissão, era necessária a comunhão e a
oração pelo Sumo Pontífice.
Em
16 de Abril de 1921, o Papa Bento XV estendeu a indulgência plenária
do Perdão de Assis a todos os dias do ano, somente na Basílica de
Santa Maria dos Anjos, em Assis.
Fontes:
Rádio Vaticano; Centro Televisivo do Vaticano
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