O
director do Secretariado Nacional de Liturgia afirmou que “as
celebrações
de bonecos e palhaços em movimento têm os dias contados”,
os cânticos não são para “animar
a malta”
e a transmissão de celebrações não é “espectáculo”
“A
Liturgia cume e fonte da misericórdia” foi o tema do 42º
Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica,
que decorreu na passada
semana entre os dias 25 e 29 de Julho, onde mais de mil participantes
estudaram o tema da misericórdia e celebraram activamente os
diferentes actos litúrgicos do dia.
Na
intervenção de encerramento, director do Secretariado Nacional de
Liturgia (SNL), padre Pedro Lourenço Ferreira, disse que a
“transmissão de celebrações interessadas no espectáculo são
contrárias ao espírito da liturgia” uma vez que “podem
alimentar a crença, mas não servem a causa da evangelização e da
fé”.
Para
o director do SNL “as celebrações de bonecos e palhaços em
movimento têm os dias contados, porque não procedem nem conduzem a
Cristo crucificado” e os cânticos que servem para “divertir
o pessoal” acabam “por espantar os fiéis”.
Referiu
que “a cultura litúrgica é mais um culto, cuja prática também
se aprende” e que “requer muitos conhecimentos e ensaios”.
“A
mensagem de Fátima resume o espírito da liturgia: penitência e
oração. Ambas devem andar juntar. Os problemas e as dificuldades da
prática litúrgica podem resumir-se à difícil convivência entre a
penitência e a oração”.
Para
o padre Pedro Lourenço Ferreira, “oração e vida regalada são incompatíveis”
e “liturgia e diversão não podem conviver”, porque a
liturgia “é a obra da redenção e a redenção realizou-se de
uma vez por todas na cruz”.
“A
caridade bem entendida começa na nossa casa.
Aceitámos
o convite à penitência e à confissão dos pecados e atravessámos
a porta santa para sermos configurados com o Santo que nos quer
santos como Ele é santo.
Praticámos
a misericórdia com a oração pelos vivos e pelos defuntos, pelos
presentes e pelos ausentes, pelos amigos e os pelos inimigos”.
“A
liturgia da Igreja é a actividade mais urgente do tempo presente.
A
liturgia une o tempo à eternidade, eleva a terra e abaixa o céu,
estabelece comunhão entre os santos e os pecadores”.
Há
que fazer «da vida liturgia e da liturgia vida» - D. José
Cordeiro:
Informação
e entrevista ao padre António Cartageno sobre o Encontro Nacional de
Pastoral Litúrgica:
Fonte:
Agência Ecclesia
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