É
o lema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que decorre
de 18 a 25 de Janeiro de 2014, retirado da 1ª Carta aos Coríntios
(1 Cor 1, 1-17):
Paulo,
chamado por vontade de Deus a ser apóstolo de Cristo Jesus, e
Sóstenes, nosso irmão, à igreja de Deus que está em Corinto, aos
santificados em Cristo Jesus, chamados a ser santos, com todos os que
em qualquer lugar invocam o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor
deles e nosso: graça e paz vos sejam dadas da parte de Deus, nosso
Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
Dou
incessantemente graças ao meu Deus por vós, pela graça de Deus que
vos foi concedida em Cristo Jesus. Pois nele é que fostes
enriquecidos com todos os dons, tanto da palavra como do
conhecimento. Assim, foi confirmado em vós o testemunho de Cristo,
de modo que não vos falta graça alguma, a vós que esperais a
manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
É
Ele também que vos confirmará até ao fim, para que sejais
encontrados irrepreensíveis no Dia de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho,
Jesus Cristo Nosso Senhor.
Peço-vos,
irmãos, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que estejais todos de
acordo e que não haja divisões entre vós; permanecei unidos num
mesmo espírito e num mesmo pensamento. Pois, meus irmãos, fui
informado pelos da casa de Cloé, que há discórdias entre vós.
Refiro-me
ao facto de cada um dizer: «Eu sou de Paulo», ou «Eu sou de
Apolo», ou «Eu sou de Cefas», ou «Eu sou de Cristo». Estará
Cristo dividido? Porventura Paulo foi crucificado por vós? Ou fostes
baptizados em nome de Paulo?
Dou
graças a Deus por não ter baptizado nenhum de vós, a não ser
Crispo e Gaio, para que ninguém diga que fostes baptizados em meu
nome. Baptizei também a família de Estéfanes, mas, além destes,
não sei se baptizei mais alguém.
Na
verdade, Cristo não me enviou a baptizar, mas a pregar o Evangelho,
e sem recorrer à sabedoria da linguagem, para não esvaziar da sua
eficácia a cruz de Cristo.
ESTARÁ
CRISTO DIVIDIDO?
Face a esta pergunta, pensa-se imediatamente na trágica situação da cristandade dividida, porque a ruptura da Igreja ainda existente deve ser entendida como divisão do que por natureza é indivisível, ou seja, a unidade do Corpo de Cristo.
Foi
precisamente este doloroso problema que animou a redacção do
decreto do concílio Vaticano II sobre o ecumenismo, Unitatis
Redintegratio, de cuja promulgação se celebra este ano o
cinquentenário.
O
ecumenismo é o conjunto de iniciativas e actividades tendentes a
favorecer o regresso à unidade dos cristãos, quebrada no passado
por cismas e rupturas.
As
principais divisões entre as Igrejas cristãs ocorreram:
- No século V, depois dos Concílios de Éfeso e de Calcedónia (Igreja copta, do Egito, entre outras);
- No século XI com a cisão entre o Ocidente e o Oriente (Igrejas Ortodoxas);
- No século XVI, com a Reforma Protestante e, posteriormente, a separação da Igreja de Inglaterra (Anglicana).
A
comunidade católica integra hoje perto de 1200 milhões de fiéis; a
segunda Igreja mais representativa, a ortodoxa, atinge os 250
milhões.
Luteranos
(75 milhões), calvinistas/presbiterianos (80 milhões) e anglicanos
(77 milhões) são as principais comunidades das chamadas ‘Igrejas
tradicionais’ provenientes da Reforma, a que se juntam 60 milhões
que se encontram ligadas ao metodismo.
Estas
datas, 18 a 25 de Janeiro, foram propostas em 1908 pelo
norte-americano Paul Watson, presbítero anglicano que mais tarde se
converteu ao catolicismo, para cobrir o período das festas de São
Pedro e São Paulo.
No
hemisfério Sul, porque Janeiro é tempo de férias, as Igrejas
escolhem outro período para celebrar a Semana de Oração.
No
próximo dia 25, o Papa Francisco vai presidir na Basílica de São
Paulo fora de muros, em Roma, a um momento de oração para o qual
estão convidados representantes de todas as Igrejas e comunidades
cristãs da capital italiana.
Também
no dia 25 de Janeiro, em Lisboa, na Catedral da Igreja Lusitana de S.
Paulo, será realizada a Celebração Nacional pela Unidade dos
Cristãos.
Nela
será assinada, por responsáveis das Igrejas Cristãs [Católica,
Lusitana, Presbiteriana, Metodista e Ortodoxa (Patriarcado
Ecuménico de Constantinopla)], um documento para
reconhecimento mútuo do Sacramento do Baptismo.
Pode
consultar textos complementares em:
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