Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

domingo, 26 de janeiro de 2014

JESUS É O CAMINHO, A CAUSA E O MOTOR DA UNIDADE

Como publicamos anteriormente, concluiu-se ontem a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos sob o lema ESTARÁ CRISTO DIVIDIDO?

Na tarde deste sábado o Papa Francisco presidiu às vésperas na Basílica de S. Paulo Fora de Muros, por ocasião da Festa da Conversão de S. Paulo e no encerramento da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.



Antes de iniciar a celebração o Papa Francisco desceu ao túmulo do Apóstolo Paulo para rezar com o arcebispo metropolita ortodoxo, Gennadios Zervos, e o representante do arcebispo de Cantuária, o Pastor David Moxon.

Na presença de representantes ortodoxos, anglicanos e de outras comunidades cristãs, na sua homilia o Papa comentou o tema escolhido para a edição deste ano da Semana: «Estará Cristo dividido?» (1 Cor 1, 13).

Com grande tristeza - comentou o Santo Padre - o Apóstolo Paulo soube que os cristãos de Corinto estavam divididos em várias facções.
Até mesmo quem apelava a Cristo o fazia para se distanciar dos irmãos.
As divisões na Igreja – prosseguiu o Papa – não podem ser consideradas como um fenómeno natural ou inevitável. “As nossas divisões ferem o corpo de Cristo, ferem o testemunho que somos chamados a prestar-Lhe no mundo”, acrescentou o Papa Francisco que considerou ser Jesus Cristo “o motor da nossa unidade”:

Se não caminharmos juntos, se não rezamos uns pelos outros, e não trabalharmos juntos, a unidade não virá. O Senhor espera por todos, acompanha-nos a todo neste caminho da unidade.
Nesta tarde, encontrando-nos aqui reunidos em oração, sentimos que Cristo – que não pode ser dividido – quer atrair-nos a Si, aos sentimentos do Seu coração, ao Seu abandono total e íntimo nas mãos do Pai, ao Seu esvaziar-se radicalmente por amor da humanidade. Só Ele pode ser o princípio, a causa, o motor da nossa unidade. Quando nos encontramos na sua presença, tornamo-nos ainda mais conscientes que não podemos considerar as divisões na Igreja como um fenómeno natural, inevitável para cada forma de vida associativa. As nossas divisões ferem o Seu corpo, ferem o testemunho que somos chamados a dar no mundo.

O Papa Francisco citou ainda os seus predecessores, os Beatos João XXIII e João Paulo II e Paulo VI:
“… a obra desses pontífices fez com que a dimensão do diálogo ecuménico se tornasse um aspecto “essencial do ministério do Bispo de Roma e hoje não se compreenderia plenamente o serviço petrino sem incluir nele esta abertura ao diálogo com todos os crentes em Cristo.

No final da celebração o Papa Francisco exortou todos os cristãos:
  • Amados irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor Jesus que nos conserve profundamente unidos a Ele, nos ajude a superarmos os nossos conflitos, as nossas divisões, os nossos egoísmos e a vivermos unidos uns aos outros por uma única força, a do amor, que o Espírito Santo derrama nos nossos corações.”




Ontem, em Lisboa, na catedral Lusitana (Igreja Anglicana) de São Paulo, os representantes das Igrejas Católica, Lusitana, Presbiteriana e Metodista, assinaram uma declaração de reconhecimento mútuo do Baptismo.
O representante da Igreja Ortodoxa não esteve presente na celebração por motivos de saúde, tendo sido assegurado a sua assinatura posterior.

A assinatura, no dia conclusivo da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, aconteceu num contexto de oração, reunindo jovens e hierarcas das diversas Igrejas.

Segundo D. Manuel Clemente, as Igrejas cristãs estão unidas em torno da “vocação e do chamamento”, também através da “pertença a Cristo” e no “acolhimento da relação”, elencou durante a homilia que proferiu na celebração ecuménica.

Com a unidade destas três vertentes não temos todas as razões para na prática encontrarmos a unidade?

Sejamos consequentes e avancemos

Os oito pontos da declaração destacam a validade do Baptismo “instituído” por Jesus Cristo como “vínculo básico da unidade” entre cristãos, para formar uma “comunidade do Espírito Santo que, em testemunho, serviço e comunhão, proclama o seu reino”.

O reconhecimento estipula que o Baptismo tem de ser administrado “com água e em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, para a remissão dos pecados, de acordo com a intenção e o mandamento de Cristo”.


Fontes: Santa Sé, Rádio Vaticano, Agência Ecclesia

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