O
Papa Francisco dedicou sua catequese ao Tríduo Pascal da paixão,
morte e ressurreição de Cristo, ponto culminante de todo o ano
litúrgico e da vida cristã e que começa com a Santa Missa da Ceia
do Senhor na Quinta-feira Santa
Resumo
da Catequese do Santo Padre:
Nos
próximos dias do Tríduo Pascal, não nos limitemos a comemorar a
paixão, morte e ressurreição de Cristo, mas façamos nossos os
sentimentos e atitudes d’Ele, como nos diz o apóstolo São Paulo:
«Tende os mesmos sentimentos que estão em Cristo Jesus».
São
sentimentos de entrega e serviço, como vemos quando lavou os pés
aos seus discípulos e Se deu todo a eles sob as espécies
eucarísticas do pão e do vinho na Última Ceia.
Na
Eucaristia, entramos em comunhão com Cristo Servo para podermos
amar-nos uns aos outros como Ele nos amou.
“Se
nos aproximarmos da Sagrada Comunhão sem estarmos sinceramente
dispostos a lavar os pés uns aos outros, não reconhecemos o Corpo
do Senhor”.
E
Ele amou-nos até ao dom total da sua vida, realizado em Sexta-feira
Santa na Cruz, transformando então o suplício mais celerado no mais
perfeito, pleno e puro acto de amor.
Assim
temos de fazer nós também, porque só nos tornamos capazes de
salvação, oferecendo a nossa própria carne: devemos carregar aos
ombros o mal do mundo e compartilhar o seu sofrimento, absorvendo-o
profundamente na nossa carne, como fez Jesus, como fizeram os
mártires.
É
verdade que às vezes a escuridão parece envolver a alma: «Já não
há nada a fazer!» E o coração sente-se sem forças para amar.
São
as trevas que envolvem a terra.
Jesus
conheceu-as: «Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?».
Tinha
ainda o Pai e, nas suas mãos, entregou o espírito.
Quando
caiu o silêncio da morte, quando a criação mergulhou na escuridão,
permanece Maria, sua Mãe, mantendo acesa a chama da fé esperando,
contra toda a esperança, na ressurreição de Jesus.
E
tinha razão!
Na
Vigília, ressoa de novo o Aleluia pascal.
É-nos
dada a luz do Ressuscitado para que, em nós, já não viva o lamento
«não há nada a fazer» mas a esperança de quem se abre a um
presente cheio de futuro: Cristo venceu a morte, e nós vencemo-la
com Ele.
E
a todos o Papa lançou um convite:
“Nestes
dias do Tríduo Sagrado não nos limitemos a comemorar a paixão do
Senhor, mas entremos no mistério, façamos nossos os seus
sentimentos, as suas atitudes, como nos convida o apóstolo Paulo:
"Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo
Jesus".
Então,
teremos uma “boa Páscoa”.
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano
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