Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quinta-feira, 2 de abril de 2015

O SANTO PADRE JOÃO PAULO II MORREU NO DIA 2 DE ABRIL DE 2005




Queridos irmãos e irmãs, às 21h37min, o nosso amadíssimo Santo Padre João Paulo II voltou à Casa do Pai. Rezemos por ele”
disse o arcebispo Leonardo Sandri na noite de 2 de Abril de 2005.




Foi o agora Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, na época substituto da Secretaria de Estado, quem anunciou, aos 2 de Abril de 2005, aos milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro, a morte do Papa João Paulo II.

O Cardeal Sandri durante muitos anos foi um dos colaboradores de João Paulo II até os seus últimos instantes de vida.
Entrevistado pela Rádio Vaticano, eis o que disse o purpurado:

Tenho uma recordação muito viva do Papa João Paulo II. Devemos lembrar a sua grande personalidade do ponto de vista intelectual, doutrinal e pastoral, obviamente. Tudo isso no contexto de uma visão do mundo que ele conseguiu transformar, porque não o fez directamente, mas para realizar essa mudança exortou os fiéis e as famílias a aderirem ao ensinamento de Jesus Cristo, ao amor, ou seja, à justiça, liberdade e solidariedade. Penso que estes aspectos de João Paulo II, hoje a Igreja os encontrou na pessoa do Papa Francisco. Refiro-me em particular à proximidade ao povo manifestada por João Paulo II com gestos surpreendentes, mas sobretudo através do olhar. Um olhar que cativou os corações dos fiéis e daqueles que durante muito tempo ficaram às margens da fé.”

Sobre a coragem do Papa Wojtyla o Cardeal Sandri disse:

Há dez anos da sua morte penso que a personalidade de João Paulo II pode ser revivida e criada novamente em muitas lembranças extraordinárias como, por exemplo, as viagens internacionais. Muitos povos e nações recordam João Paulo II com muito afecto e gratidão. A sua lembrança está viva e cresce a cada dia que passa. O Papa João Paulo II viveu tudo o que pensava, tudo o que dizia, tudo o que ensinou na sua vida. Recordo-me todo o período em que trabalhei na Secretaria de Estado e o momento da sua eleição à cátedra de Pedro. Naquele período, o Cardeal Agostino Casaroli disse que o Conclave elegendo Wojtyla mostrou grande coragem; coragem que o novo Papa mostrou na sua primeira homilia proferida na Praça São Pedro convidando o mundo a abrir as portas a Cristo. Três anos depois esta coragem foi manchada dramaticamente pelo sangue do atentado na Praça São Pedro. A dor e o sofrimento do corpo ele sabia enfrentar com nobreza, coragem e sobretudo com grande personalidade. Ele nos mostrou que a dor era e é a salvação do mundo. Ele recorda a salvação no próprio Cristo.”

O património de João Paulo II é um hino à vida, a vida do Papa. Este é o testemunho que ele nos deixa. Ele nos mostrou a dignidade da vida. Um cristão que crê em Cristo pode atingir alturas sublimes, não obstante os limites que cada um de nós tem. É um testemunho que São João Paulo II foi capaz de transmitir também quando o seu corpo não lhe permitia mais a agilidade dos gestos. Penso no seu último Angelus, no Domingo de Páscoa, quando não conseguiu dizer o que gostaria de comunicar aos fiéis e ao mundo inteiro. Naquele momento, vimos que Deus trabalha em nós, e ele, João Paulo II, testemunhou esta verdade com a sua vida. Podemos recordar muitas coisas dele, como por exemplo, que foi fundamental para a queda do comunismo. Podemos também lembrar as muitas viagens apostólicas e os grandes encontros, como as Jornadas Mundiais da Juventude, os documentos importantes e as grandes iniciativas eclesiais, mas no final o que emerge principalmente é a sua vida, uma vida verdadeira, uma vida sempre coerente com a sua fé em Deus.”

Fonte: Rádio Vaticano


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