Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO É SEMENTE DE BEM E AMIZADE

Na audiência geral de hoje o Papa Francisco recordou os 50 anos da Declaração do Concílio Vaticano II Nostra aetate sobre as relações da Igreja Católica com as religiões não-cristãs
Foi o tema da sua Catequese
   
   
É de referir que decorre em Roma de 26 a 28 de Outubro um congresso internacional para comemorar e analisar as repercussões nas cinco décadas decorridas desde a promulgação da Declaração Nostra aetate.

Na Audiência estiveram presentes representantes de diversas tradições religiosas e, antes da catequese do Papa, o Cardeail Kurt Koch e o Cardeal Jean Louis Tauran, em nome dos representantes das várias religiões, saudaram o Santo Padre.

Na sua catequese, o Papa Francisco começou por recordar o Concílio Vaticano II e, em particular, alguns pontos da Declaração Nostra Aetate, como por exemplo:
a procura de um sentido para a vida;
o destino comum da humanidade;
a unicidade da família humana;
o olhar benévolo da Igreja sobre as outras religiões;
a Igreja aberta ao diálogo com todos.

O Papa Francisco recordou que “são muitas as iniciativas” que foram desenvolvidas em cinquenta anos com as religiões não-cristãs.
Lembrou, especialmente, o Encontro de Assis de 27 de Outubro de 1986, desejado e promovido pelo Papa João Paulo II, que continua a ser um “permanente sinal de esperança”.

O mundo olha para nós, crentes, e convida-nos a cooperar uns com os outros e com os homens e mulheres de boa vontade que não professam qualquer religião, pede-nos respostas reais sobre muitas questões:
a paz, a fome, a pobreza que afecta milhões de pessoas, a crise ambiental, a violência, especialmente aquela cometida em nome da religião, a corrupção, a decadência moral, a crise da família, a economia, as finanças, e, sobretudo, a esperança.”

Nós crentes não temos receitas para estes problemas, mas temos um grande recurso: a oração.
E nós crentes rezamos.
Precisamos rezar.
A oração é o nosso tesouro, que atingimos segundo as respectivas tradições, para pedir os dons que nos ligam à humanidade.”

Por causa do terrorismo e da violência difundiu-se uma atitude de suspeição” para com as religiões – afirmou o Santo Padre que considerou que só o diálogo inter-religioso pode trazer sementes de bem:

O diálogo baseado sob o confiante respeito pode levar sementes de bem que, por sua vez, se transforma em rebentos de amizade e de colaboração em tantos campos e, sobretudo, no serviço aos pobres, aos pequenos, aos idosos, no acolhimento aos migrantes, na atenção a quem está excluído.
Podemos caminhar juntos cuidando uns dos outros e da Criação.”

O Santo Padre terminou a sua catequese reiterando o dever de rezar:

Caros irmãos e irmãs, quanto ao futuro do diálogo inter-religioso, a primeira coisa que devemos fazer é rezar.
Rezar uns pelos outros; somos irmãos!
Sem o Senhor, nada é possível; com Ele, tudo se alcança!
Que a nossa oração - cada um segundo a sua própria tradição - possa aderir plenamente à vontade de Deus, cujo desejo é que todos os homens se reconheçam irmãos e vivam como tal, formando a grande família humana na harmonia da diversidade.”


Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano; L'Osservatore Romano


Sem comentários:

Enviar um comentário