D.
Antonino Dias, Bispo
da Diocese de Portalegre–Castelo Branco e presidente da Comissão
Episcopal do Laicado e Família,
na sua mensagem de ontem à Diocese, referiu-se
à importância da família para o progresso e humanização da
sociedade e afirmou
que a Igreja não pode prometer o que não pode dar
Transcrição
da mensagem de D. Antonino:
Tenho
dado algumas notícias do Sínodo, mais sobre a sequência dos seus
trabalhos do que daquilo que por cá se vai dizendo.
Agradeço
os comentários e as partilhas que muitos dos meus amigos, no
facebook, fizeram ao que fui noticiando.
Como
sabem, o que por cá se tem dito, nas Congregações Gerais e nos
Círculos Menores, não é definitivo nem oficial.
Não
viemos para fazer isso.
Viemos,
com humildade e espírito de serviço colegial, a convite do Santo
Padre, para partilhar o que pensamos, sentimos, vemos e auguramos
sobre os desafios, a vocação e a missão da família na Igreja e no
mundo contemporâneo, tendo também em conta o que as Igrejas
particulares disseram.
E
tudo é, sem dúvida, de uma riqueza e diversidade extraordinárias,
riqueza partilhada em espírito de grande colaboração, sem levantar
muros mas rasgando horizontes e procurando abrir novos caminhos de
acção pastoral.
As
diferenças culturais e distintas sensibilidades são mais
convergentes e complementares do que discordantes ou contrapostas.
Mas
tudo quanto se partilhou e irá partilhar nestes dias que faltam para
o final do Sínodo, será apresentado ao Santo Padre para que ele
tome as medidas que lhe aprouver e fale a toda a Igreja com
conhecimento do que a mesma Igreja, espalhada por todo o mundo,
pensa, vive e, na prática, faz.
Acolherá,
com certeza, com muita delicadeza e atenção, tudo quanto lhe é
dito.
Dirá,
porém, como Pastor da Igreja Universal, o que, com a presença e
acção do Espírito Santo, discernir e lhe parecer melhor para o bem
da Igreja e, no caso, para o bem da família e da própria comunidade
humana.
É
evidente que a Igreja não se pode deixar condicionar por modelos
errados de pensamento e acção ou por sentimentos de falsa
compaixão, ferindo a verdade e a justiça.
Não
pode aplaudir quem queira promover os pecados e os vícios a direitos
humanos.
Não
pode prometer o que não pode dar.
Mas
tem a obrigação de, em fidelidade ao Evangelho, o interpretar e
anunciar em cada tempo, com beleza e encanto, de forma a provocar e
facilitar que cada pessoa possa ter um encontro pessoal com Jesus
Cristo, caminho, verdade e vida, para que O siga com alegria e
esperança.
Temos
olhado para a família em toda a sua complexidade, nas suas luzes e
sombras, procurando iluminar as sombras e aplaudir as luzes.
E
se estamos conscientes das dificuldades culturais e sociais que a
família enfrenta, muito mais conscientes estamos do valor e
importância da família, constituída por um homem e uma mulher e
aberta aos filhos, para o progresso e humanização da sociedade.
Hoje,
de manhã e de tarde, tivemos trabalho de grupos.
Amanhã,
de manhã, dia 20, voltaremos ao trabalho de grupos.
De
tarde, terá lugar a XIV Congregação Geral.
D.
Antonino Dias
Fonte:
Diocese de Portalegre–Castelo Branco
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