Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Sínodo da Família: É UM CAMINHAR JUNTOS, NÃO UM PARLAMENTO



O Sínodo não é um parlamento, referiu o Papa Francisco no discurso que introduziu os trabalhos do Sínodo Ordinário sobre a família
   
   

O Sínodo ordinário dos Bispos sobre a Família, inaugurado na manhã do passado domingo com a missa presidida pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro, vai debruçar-se sobre as questões que afectam a família hoje, procurando propor soluções à luz do Evangelho.

O Papa Francisco iniciou a sua homilia citando o Evangelho de São João:

«Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu amor chegou à perfeição em nós» (1 Jo 4, 12).

As Leituras bíblicas deste Domingo parecem escolhidas de propósito para o evento de graça que a Igreja está a viver, ou seja, a Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos que tem por tema a família e é inaugurada com esta celebração eucarística.

Aquelas estão centradas em três argumentos: o drama da solidão, o amor entre homem-mulher e a família.

Os trabalhos sinodais tiveram início esta Segunda-feira.
Do discurso introdutório do Santo Padre aos Padres Sinodais, destacamos:

A Igreja retoma hoje o diálogo iniciado com a proclamação do Sínodo Extraordinário sobre a família e certamente também muito antes, para avaliar e reflectir juntos sobre o texto do Instrumento de Trabalho elaborado pela Relatio Synodi e pelas respostas das Conferências Episcopais e dos organismos autorizados”

Caros irmãos, como disse, o Sínodo não é um parlamento, onde para se chegar a um consenso ou a um acordo comum, se recorre à negociação, a pactos ou a cedências.
O único método do Sínodo é o de abrir-se ao Espírito Santo, com coragem apostólica, humildade evangélica e oração confiante”

Todavia, advertiu o Papa, o Sínodo só poderá ser um espaço da acção do Espírito Santo se os participantes se revestirem de coragem apostólica, de humildade evangélica e de oração confiante:

A coragem apostólica que não se deixa intimidar nem diante das seduções do mundo, que tendem a apagar do coração dos homens a luz da verdade, substituindo-a com pequenas e temporárias luzes;
a humildade evangélica que sabe esvaziar-se das próprias convicções e preconceitos para ouvir os nossos irmãos;
humildade que leva a apontar o dedo não contra os outros para julgá-los, mas para estender a mão, para erguê-los sem jamais se sentir superiores a eles”.

Hoje, Terça-feira, o Padre Federico Lombardi, Director da Sala de Imprensa da Santa Sé, num encontro com os jornalistas, informou que o Papa Francisco teve uma breve intervenção na Assembleia Sinodal para afirmar que este Sínodo é uma continuidade em relação àquele que decorreu em 2014, durante o qual a doutrina católica sobre o matrimónio não foi modificada.

Afirmou ainda que, “Não nos devemos deixar condicionar e reduzir o nosso horizonte de trabalho neste Sínodo como se o único problema fosse o da comunhão aos divorciados e recasados, ou não”.


Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano; Agência Ecclesia


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