“Sede
misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso”
A
passagem do Evangelho de S. Lucas (6, 36-38) que serve de lema ao Ano
Santo da Misericórdia foi
o tema da catequese de hoje do Papa Francisco
«Perdoar»
e «doar»: sobre estes dois «pilares» ergue-se o edifício da vida
cristã e, em particular, o testemunho de misericórdia à qual cada
crente está chamado, recordou o Santo Padre na catequese desta
quarta-feira 21 de Setembro.
«Quanta
necessidade temos todos de ser um pouco mais misericordiosos, de não
falar mal dos outros, de não julgar, de não “depenar” o próximo
com críticas, com invejas, com ciúmes.
Devemos
perdoar, ser misericordiosos, viver a nossa vida no amor.
Este
amor faz com que os discípulos de Jesus não percam a identidade
recebida d'Ele, e se reconheçam como filhos do mesmo Pai.
Deste
modo, no amor que eles praticam na vida reflecte-se a Misericórdia
que nunca terá fim (cf. 1 Cor 13, 1-12).
Mas
não vos esqueçais disto: misericórdia e dom; perdão e dom.
Assim
o coração alarga-se, alarga-se no amor.
Ao
contrário, o egoísmo, a raiva, tornam pequeno o coração, que se
endurece como uma pedra.
O
que preferis? Um coração de pedra ou um coração cheio de amor?
Se
preferirdes um coração cheio de amor, sede misericordiosos!».
No
final da Audiência, o Papa Francisco recordou que neste dia 21 de
Setembro se celebra o 23º Dia Mundial do Doente de Alzheimer, que
este ano tem como tema “Lembre-se de mim”.
“Convido
todos os presentes a 'lembrarem-se', com a solicitude de Maria e com
a ternura de Jesus Misericordioso, dos que padecem deste mal e de
seus familiares para que sintam a nossa proximidade.
Rezemos
também pelas pessoas que assistem os doentes, que sabem colher suas
necessidade, inclusive as mais imperceptíveis, porque vistos com
olhos repletos de amor."
Resumo
da catequese do Santo Padre:
O
lema deste Ano Jubilar é inspirado na passagem do Evangelho em que
Jesus nos diz: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é
misericordioso».
Obviamente,
não se trata de um slogan, mas de um compromisso de vida, que
explicita o mandamento de Jesus no Sermão da Montanha segundo o qual
devemos ser perfeitos como o nosso Pai celeste.
De
facto, ser perfeito significa ser misericordioso como Deus, que
durante a história da salvação não fez outra coisa senão revelar
o seu amor infinito pela humanidade, culminando na entrega total de
Cristo na Cruz.
Essa
perfeição no amor não se mede na quantidade, mas no compromisso
dos discípulos se tornarem sinais, canais, testemunhas da
misericórdia infinita de Deus.
Este
é o caminho da santidade!
Na
prática, ser misericordiosos significa saber perdoar e doar-se.
Saber
perdoar, longe de ignorar as exigências da justiça humana, é uma
expressão da gratuitidade do amor de Deus, que nos convida, não a
condenar o irmão que peca, mas a recuperar a sua dignidade de filho
do Pai.
Por
outro lado, estar disposto a doar-se, significa reconhecer que, na
medida que recebemos de Deus todos os dons, devemos dar-nos aos
irmãos, para que nesta mesma medida recebamos ainda mais de Deus!
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano; L'Osservatore Romano
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