O
perdão de Jesus na Cruz
foi
o tema da Catequese do Papa
No
final apelou «à consciência dos responsáveis pelos
bombardeamentos» na Síria
O
Papa Francisco desenvolveu uma reflexão baseada no relato do
evangelista Lucas sobre os dois malfeitores crucificados com Jesus,
que se dirigiram a Ele, cada um de seu modo.
O
Santo Padre reafirmou ainda na sua catequese que ninguém está
excluído do perdão de Deus, nem mesmo um grande malfeitor:
“Mas
vós podeis perguntar-me: Mas diga-me Padre, aquele que fez coisas
feias na vida tem a possibilidade de ser perdoado?
–
Sim! Sim: ninguém está excluído
do perdão de Deus.
Apenas
terá que se aproximar de Jesus, arrependido e com vontade de ser
abraçado.”
Destaque
para o apelo do Santo Padre pela Síria, em particular pela cidade de
Aleppo:
“O
meu pensamento vai, mais uma vez, para a amada e martirizada Síria.
Continuam
a chegar notícias dramáticas sobre o destino da população de
Aleppo, à qual sinto-me unido no sofrimento através da oração e
da proximidade espiritual.
No
exprimir profunda dor e viva preocupação por aquilo que acontece
nesta já martirizada cidade onde morrem crianças, doentes, jovens,
velhos, todos… renovo a todos o apelo para que se empenhem com
todas as forças na protecção dos civis, como uma obrigação
imperativa e urgente.
E
apelo à consciência dos responsáveis pelos bombardeamentos que
deverão prestar contas perante Deus.”
Resumo
da catequese do Santo Padre:
A
salvação, que Jesus nos alcançou, atinge o seu ponto mais alto na
hora da cruz.
A
promessa ao bom ladrão («Hoje estarás comigo no Paraíso») revela
o pleno cumprimento da missão que O trouxera à terra: «O Filho do
Homem – disse o Senhor em Jericó na casa de Zaqueu – veio
procurar e salvar o que estava perdido».
Desde
o início até ao fim, Jesus revelou-Se como Misericórdia; é
verdadeiramente o rosto da misericórdia do Pai: «Perdoa-lhes, Pai,
porque não sabem o que fazem».
E
não se trata apenas de palavras, mas de gestos concretos como no
perdão oferecido ao bom ladrão.
Morrendo
na cruz, inocente entre dois malfeitores, Jesus atesta que a salvação
de Deus pode alcançar a todos os seres humanos em qualquer condição
que se encontrem, mesmo na mais negativa e dolorosa.
Por
isso o Jubileu é tempo de graça e misericórdia para todos, bons e
maus, aqueles que têm saúde e os que sofrem; como diz São Paulo,
nada nos pode separar do amor de Cristo.
A
quem está crucificado numa cama do hospital, a quem vive recluso num
cárcere, a quem está encurralado pelas guerras, eu digo: Levantai
os olhos para o Crucificado.
Deus
está convosco, permanece convosco na cruz e a todos se oferece como
Salvador.
Deixai
que a força do Evangelho penetre no vosso coração e vos console,
dê esperança e a certeza íntima de que ninguém está excluído do
seu perdão.
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano
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