Num
tempo em que muitos filhos não poderão visitar as suas mães
Num
tempo em que os filhos cujas mães já morreram estão impedidos de
entrar no cemitério
Dia
da Mãe, uma festa assinalada este ano por uma pandemia que está a
condicionar a vida de todos nós.
MENSAGEM
DA COMISSÃO EPISCOPAL DO LAICADO E FAMÍLIA PARA O DIA DA MÃE
Recordar
e celebrar o Dia da Mãe, faz-nos bem a todos
Faz-nos
bem, a todos, recordar e celebrar o Dia da Mãe!
Voltar
a ser filho renova a nossa fraternidade.
Reconhecemos
com gratidão a beleza do Amor de Mãe, que permanentemente, sabe ser
Mãe, dedicando a sua vida ao acolhimento amoroso de seus filhos, à
sua educação integral, ao acompanhamento ao longo das diversas
etapas da vida, por toda a vida e com todas as capacidades da sua
vida.
Como
afirmou S. Óscar Romero, alguém que soube dar a vida: «A escolha
de vida de uma Mãe é a escolha de dar a vida. E isto é grande e
belo!».
Para
os que têm o dom da fé, na maioria dos casos, têm ainda um
obrigado acrescido à sua Mãe, é que como diz o Papa Francisco «Sem
as Mães, não somente não haveria novos fiéis, mas a fé perderia
boa parte do seu calor simples e profundo». (Catequese Papa
Francisco, 07-01-2015)
Por
isso, celebrar hoje o Dia da Mãe é apoiar todas as mulheres que
escolhem como caminho, oferecer ao mundo os seus filhos e dar-se pela
família, berço natural da vida; apoiar e proteger em todas as
circunstâncias e casos, o dom da maternidade e proclamar com o nosso
compromisso, que as Mães são verdadeiras beneméritas da sociedade,
pois sabem transmitir em todos os momentos, mesmo nos piores, a
ternura, a beleza do perdão e a força da coragem.
Que
se enraíze cada vez mais em nós, o compromisso de apoiar e proteger
o dom da maternidade, desde os primeiros momentos da fecundação, e
em todas a fases da sua missão.
Claro
que celebrar o dia da Mãe, também nos traz inquietações e
incómodos interiores, quando recordamos as Mães que são vítimas
de violência doméstica, e choram os seus filhos traumatizados.
Mães
que enfrentam as tempestades, e com energia e inesgotável
criatividade que lhes vem dos horizontes alargados do Amor, superam
tormentos e constroem a partir das cinzas, com a sua persistência, a
bonança nas vidas de seus filhos e da sua família.
Que
na nossa cidadania, saibamos assumir a exigência de mudanças de
mentalidade e comportamentos face ao martírio de muitas Mães não
apoiadas nem compreendidas.
Como
lembra o Papa Francisco, «a Mãe, embora seja muito exaltada sob o
ponto de vista simbólico, é pouco escutada e pouco apoiada no
dia-a-dia. Pouco considerada no seu papel central na sociedade».
(Papa Francisco, dia da Mãe 13-05-2018).
Neste
ano acrescidamente difícil, marcado pela pandemia do Covid 19,
aprendamos com as Mães o valor da vida que delas recebemos e
percebamos como é bela a cultura da defesa da vida.
Melhor
do que nunca, percebemos a comparação de que Deus se serviu para
nos dizer que nunca estamos sós e abandonados, porque ele nunca nos
esquece, é como as Mães: «Acaso pode uma mulher esquecer-se do seu
bebé, não ter carinho pelo fruto das suas entranhas? Ainda que ela
se esquecesse dele, Eu nunca te esqueceria.» (Is 49, 15).
Obrigado
a todas a Mães e feliz Dia da Mãe.
Fonte:
Comissão Episcopal do Laicado e Família
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