Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sábado, 2 de maio de 2020

RETOMADA GRADUAL DAS CELEBRAÇÕES COMUNITÁRIAS DA EUCARISTIA




Deverá iniciar-se a 30 de Maio conforme o comunicado de hoje do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa
   
   
Como é referido no Comunicado do Conselho Permanente da CEP:

a retomada gradual das celebrações comunitárias da Eucaristia, já anunciada pelo Governo, deverá iniciar-se, em princípio, a 30 Maio, véspera da Solenidade do Pentecostes.
A data depende ainda da avaliação que o Governo se propõe fazer da situação, nesta primeira etapa do desconfinamento.”






Comunicado do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (02.05.2020)

1. Face ao controlo progressivo da pandemia provocada pelo coronavírus Covid-19 no nosso País e ao início de medidas de desconfinamento, reiteramos o nosso agradecimento à população em geral e aos cristãos em particular pela atitude responsável de prevenção ao longo desta situação, seguindo as normas e orientações da Igreja e das autoridades governamentais e de saúde.

Rezamos pelas inúmeras vítimas desta epidemia e seus familiares, estamos solidários com os doentes infectados por este terrível vírus e agradecemos o precioso trabalho dos que estão na linha da frente como os profissionais de saúde, as forças de segurança e os que trabalham nos lares e outras instituições sociais.

Manifestamos o nosso regozijo pela criatividade das comunidades cristãs na intensificação das formas de praticar a fé entre os jovens e nas famílias e pela acção sócio-caritativa das instituições da Igreja para com os mais carentes e desempregados.

Comungamos do sofrimento de tantos cristãos privados da participação efectiva na celebração sacramental da Eucaristia, cume e centro da vida cristã, na esperança de um mais rápido reinício das celebrações comunitárias da Eucaristia, fonte da nossa alegria pascal.
2. O último comunicado do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa de 21 de Abril anunciava “orientações gerais, em diálogo com as autoridades governamentais e de saúde, para quando terminar esta terceira fase do estado de emergência, com a retomada possível e gradual das celebrações comunitárias da Eucaristia e outras manifestações culturais”.

3. Terminado o estado de emergência e tendo em conta os dados apresentados pelas autoridades de saúde e governamentais, percebemos que em Portugal a situação parece ter evoluído favoravelmente.
Esperamos que se mantenha a responsabilidade cívica de todos os cidadãos, em atitude de prudência e de acatamento das decisões das autoridades governamentais e de saúde, para que não aconteça um retrocesso rápido da situação.

4. Através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 33-C/2020, que estabelece uma estratégia de levantamento de medidas de confinamento no âmbito do combate à pandemia da doença COVID-19, o Governo decidiu para 30-31 de Maio, no que diz respeito a “cerimónias religiosas”, o reinício das “celebrações comunitárias de acordo com regras a estabelecer entre DGS e confissões religiosas”.

5. Tendo em conta somente estes elementos, a retomada gradual das celebrações comunitárias da Eucaristia, já anunciada pelo Governo, deverá iniciar-se, em princípio, a 30 Maio, véspera da Solenidade do Pentecostes.
A data depende ainda da avaliação que o Governo se propõe fazer da situação, nesta primeira etapa do desconfinamento.
As Dioceses insulares terão em conta as indicações das respectivas autoridades regionais.

6. As celebrações dos sacramentos que implicam contacto físico, como as unções, devem ser adiadas para o próximo ano pastoral ou, nalguns casos particulares como o baptismo e a unção dos doentes, podem ser realizadas com as devidas cautelas de saúde e normas de segurança.

7. Para o sacramento da Reconciliação, é preciso seguir as normas de segurança de saúde e garantir o devido distanciamento entre o confessor e o penitente, protegendo sempre o inviolável segredo da confissão.

8. As exéquias cristãs devem ser celebradas no templo (com celebração da Palavra ou da Eucaristia) e/ou no cemitério com a presença dos familiares, tendo em conta as normas de segurança que impeçam a transmissão do coronavírus.

9. As catequeses e outras acções formativas continuarão a ser realizadas apenas por meios telemáticos até ao final deste ano pastoral.

10. Procissões, festas, concentrações religiosas, acampamentos e outras actividades similares passíveis de forte propagação da epidemia ficarão adiados para o próximo ano pastoral.

11. As igrejas podem estar abertas durante o dia para visitas individuais, desde que se observem os requisitos determinados pelas autoridades de saúde.

12. Proximamente daremos indicações comuns sobre aspectos litúrgicos e medidas sanitárias a ter em conta nas celebrações e nos templos, as quais poderão ser utilizadas pelas Dioceses, em coordenação com as autoridades locais de saúde no que diz respeito aos procedimentos práticos.

13. Neste mês de Maio, imploramos a bênção do Senhor e a intercessão da Virgem Maria, para que sejamos livres deste grande flagelo, próximos daqueles que são mais afectados pelas dificuldades, orientados pela fé, diligentes na caridade e guiados pela esperança do Senhor ressuscitado que estamos a celebrar neste tempo de Páscoa.

Lisboa, 2 de Maio de 2020





Normas e Orientações para a Diocese do Porto

Juntamente com elas [as normas e orientações emanadas da Conferência Episcopal], para nós, aqui no Porto, gostaria de especificar alguns aspectos e tentar ir de encontro à vontade dos fiéis que possam sentir-se desorientados com esta situação.
É nosso dever tranquilizá-los.
Sob o ponto de vista religioso, pode ser necessário esclarecer que não «ficaram em pecado mortal» pela circunstância de não terem ido à Missa aos Domingos.
Devemos, por outra parte, começar a preparar uma eventual e progressiva abertura das nossas celebrações.

Por causa isto, apresento algumas disposições.

1. A partir Segunda-feira, 4 de Maio, asseguradas as condições de segurança, as igrejas devem abrir portas para que os fiéis aí possam rezar.
Retire-se, entretanto, a água benta para não proporcionar contágios.

2. Em local bem visível, coloque-se um grande cartaz com as orientações básicas, mormente: usar máscara, manter a distância de segurança entre pessoas; não tocar nem beijar as imagens.

3. Tentar higienizar os espaços da melhor maneira possível.
Pelo menos, abrindo frequentemente portas e janelas.

4. Nos funerais, limitar a presença aos familiares e pessoas muito íntimas.

5. Antes da fracção do Pão e da Comunhão, o sacerdote e os ministros extraordinários da Comunhão (que, para já, em princípio, não se justificam) devem lavar as mãos com solução apropriada e deixar secar.

6. Os sacramentos do Baptismo e Santa Unção podem ser administrados se o respectivo ministro calçar luvas (descartáveis) expressamente para o momento da unção.

7. No encerramento do Mês de Maria, não deveremos fazer as tradicionais procissões multitudinárias.
Porventura, pode haver lugar a algum gesto, sem exageros, como se fez, ocasionalmente, na Páscoa.

8. Parece verificar-se, em várias zonas do país, uma vontade de alterar a «festa» da Primeira Comunhão, que está a tornar-se um mero acontecimento social: em vez de ser celebrada, no mesmo dia, para todas as crianças, fazê-lo na Missa dominical, se a família concordar.
Neste caso, nada impediria que, a partir do momento em que retornem as nossas assembleias, se vão fazendo as “Comunhões”.
Mas insisto: se a família concordar.
É que este é um assunto muito sensível, pois está enraizado nos nossos hábitos e tradições.

9. Procure-se que a catequese funcione da forma possível, quer mediante a comunicação dos respectivos catequistas, quer pelo seguimento dos materiais disponibilizados pelos Secretariados Nacional e Diocesano.

10. Quanto aos Crismas, aguardemos.
Se as circunstâncias não se alterarem, terão de ficar para o próximo ano pastoral.
Algo similar acontecerá com as visitas pastorais que estavam em curso.

11. Pastoralmente, não se faça deste um tempo de férias prolongadas.
Contacte-se com os paroquianos, incentive-se a evangelização de forma mais personalizada.
Esteja-se com muita atenção às problemáticas familiares, especialmente as resultantes da doença, do luto e do confinamento.
E, entre outras necessidades, procuremos responder e ajudar a responder às novas pobrezas, muitas vezes, escondidas.

12. Quanto ao mais, peço aos senhores padres que ninguém caminhe por sua conta e risco, mas, dentro deste enquadramento, se uniformizem critérios em Vigararia e sempre em coordenação com o senhor Bispo que a acompanha, o qual me dará conhecimento.

Porto, 2 de Maio de 2020

+ Manuel, Bispo do Porto




Fontes: Conferência Episcopal Portuguesa; Diocese do Porto; Agência Ecclesia


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