A
Igreja não é uma realidade estática, imóvel, finalizada em si
mesma, mas vive na história caminhando continuamente para a meta
última e maravilhosa que é o Reino dos Céus, do qual a Igreja na
terra é o gérmen e o início.
Assim
iniciou o Papa Francisco a sua catequese de ontem, concluindo o ciclo
de reflexões dedicadas à Igreja.
E
prosseguiu, reformulando as perguntas que o homem coloca quando olha
para o horizonte:
«Como
será a nova dimensão na qual a Igreja entrará?
O
que será então da humanidade?
E
da criação que nos circunda?».
Trata-se,
explicou de interrogações que não são novas, já os discípulos
de Jesus «as tinham feito».
E
as respostas também estão na Bíblia, quando fala da Jerusalém
nova, do Paraíso.
«Mais
do que um lugar – disse a este propósito – trata-se
de um “estado” da alma no qual as nossas expectativas mais
profundas serão realizadas».
E
nesta perspectiva, exortou a «compreender que
há uma continuidade e uma comunhão de fundo entre a Igreja celeste
e aquela que ainda está a caminho na terra».
Porque,
concluiu, «na perspectiva cristã a distinção
não é entre quem já morreu e quem ainda não, mas entre quem está
em Cristo ou não está».
«E
que sucederá a este universo que nos abriga e sustenta?
Como
escreve São Paulo, também ele será libertado da escravidão da
corrupção, para entrar na liberdade gloriosa dos filhos de Deus.
Portanto
a transformação prometida – aliás já começou a realizar-se a
partir da morte e ressurreição de Cristo – não será uma
aniquilação do universo e de tudo o que nos rodeia, mas é uma nova
criação que levará todas as coisas à sua plenitude de ser, de
verdade e de beleza».
Fonte:
Santa Sé, L'Osservatore Romano, Rádio Vaticano
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