O
dia 9 de Novembro é o dia em que evocamos a Dedicação da Basílica
de São João de Latrão, catedral da diocese de Roma, a principal
igreja do Papa.
É
uma prática desde o século IV quando os cristãos passaram a
construir as suas igrejas.
A
Dedicação
de uma igreja é, para os seus paroquianos, uma Festa,
termo que se situa logo depois de Solenidade,
a celebração mais importante do calendário católico.
A
Basílica de São João de Latrão é a Mãe e Cabeça [mater
et caput]
de todas as Igrejas de Roma e do Mundo [Urbi
et Orbi – para
a cidade, Roma, e para o mundo].
Apesar
de se situar na cidade de Roma, é a principal igreja do Papa e não
basílica de São Pedro no Vaticano.
Foi
o imperador Constantino, após decretar o Édito de Milão (313)
onde é reconhecida a liberdade de religião para o cristianismo, que
ofereceu à igreja emergente um local adequado para desempenhar
plenamente o seu ministério espiritual, uma domus ecclesia.
O
designação de Latrão tem origem no nome de uma antiga e nobre
família romana que tinha sido proprietária dos terrenos onde foi
edificada a Basílica.
A
Basílica foi consagrada em 324 (320 ou 318) pelo Papa Silvestre I e
dedicada ao Santíssimo Salvador.
No
século IX o Papa Sérgio III dedica-a também a São João Baptista
e no século XII o Papa Lúcio II acrescentou também São João
Evangelista.
Desde
o século IV até ao período de Avignon no século XIV (1309 e 1377)
em que o papado se mudou para Avignon, Latrão foi a única sede e
símbolo do papado, o templo em que os papas eram consagrados e,
portanto, o coração da vida da Igreja.
Aí
também se realizaram cinco Concílios Ecuménicos.
A
primitiva Basílica Constantinana era muito semelhante, em planta, à
actual, também com cinco naves e com as paredes exteriores mais ou
menos coincidentes.
Apesar
de ao longo dos séculos ter sido objecto de vários saques,
terramotos e incêndios, foram sempre efectuadas obras de restauro e
de ampliação.
Mas
é no ano de 1650, com o Papa Inocêncio X (1644-1655), que se inicia
a grande reconstrução da basílica, obra concluída em 1660 no
papado de Alexandre VII, e que lhe confere a actual traça barroca.
O
último grande restauro ocorreu no século XIX, no tempo dos Papas
Pio IX e Leão XIII.
Por
ocasião do Grande Jubileu do ano 2000 foi inaugurada a nova Porta
Santa, obra do escultor Floriano Bodini (1933-2005).
Fontes:
Santa Sé, Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
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