Ter
sempre presente o valor da solidariedade, entendida como atitude
moral, como expressão de atenção ao outro, disse ontem o Papa
Francisco, na Sala Paulo VI, aos Contabilistas participantes no seu
Congresso Mundial, em Roma
«Por
detrás da papelada há uma história, há rostos».
Há
um rosto – explicou – de «tantas
pessoas que têm um emprego precário, ou que o perderam; de tantas
famílias que pagam as suas consequências; de tantos jovens que
procuram o primeiro emprego e um trabalho digno»;
dos imigrantes «obrigados
ao trabalho clandestino»,
privados «das
garantias mais elementares».
É
o rosto «dos
mais débeis e pobres»,
a braços todos os dias com problemas económicos e financeiros aos
quais os contabilistas estão chamados a oferecer soluções
concretas, favorecendo «relações
de lealdade, de justiça e, se possível, de fraternidade».
O
Sumo Pontífice advertiu:
"Neste
contexto, é mais forte a tentação de defender o próprio
interesse, sem se preocupar com o bem comum, com a justiça e a
legalidade.
Por
isso, exige-se de todos, de modo particular daqueles que exercem esta
profissão, o bom funcionamento da vida económica de um país, um
papel positivo e construtivo no desenvolvimento do próprio
trabalho".
"A
economia e a parte financeira são dimensões da actividade humana e
podem ser ocasiões de encontros, diálogos, cooperação, de
direitos reconhecidos, serviços prestados e dignidade no trabalho.
Porém,
é preciso colocar sempre o homem no centro, junto com a sua
dignidade, em contraste com o que coloca o dinheiro acima de tudo".
"Na
vossa actividade, vocês, contabilistas, frequentam as empresas, mas
também as famílias e os indivíduos para oferecer sua consultoria
económica e financeira.
Por
isso, os encorajo a actuar sempre com responsabilidade, favorecendo
relações de lealdade e de justiça e, se possível, de
fraternidade, enfrentando com coragem, sobretudo, os problemas dos
mais pobres e dos mais fracos".
Fontes:
Rádio Vaticano e L'Osservatore Romano
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