Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sábado, 7 de setembro de 2024

45ª VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO (VI)

 





Hoje na Papua-Nova Guiné

   


A Papua-Nova Guiné é um Estado Soberano membro da Comunidade das Nações (Commonwealth), cujo monarca é o Rei Carlos III da Inglaterra. É um país da Oceânia, no sudoeste do oceano Pacífico, faz parte da Melanésia e é constituído pela metade oriental da ilha da Nova Guiné (a ocidental pertence à Indonésia) e por um conjunto de pequenas ilhas que incluem o arquipélago de Bismark e parte do arquipélago das Ilhas Salomão. Com uma área de 462 840 km2, é separado da Austrália pelo estreito de Torres.

O primeiro compromisso oficial do Papa Francisco na Papua-Nova Guiné foi a visita de cortesia ao governador-geral do país, Bob Bofeng Dadae, na “Government House”.

De seguida, o Santo Padre foi até o principal Centro de Conferências da cidade de Port Moresby, a APEC Haus, onde pronunciou seu primeiro discurso perante as autoridades. O Papa Francisco declarou-se “fascinado” pela riqueza cultural extraordinária do país, formado por centenas de ilhas, onde se falam mais de oitocentas línguas: “Imagino que esta enorme variedade seja um desafio para o Espírito Santo, que cria harmonia a partir das diferenças!”. A Papua é rica não só em ilhas e idiomas, mas também de recursos terrestres e hídricos, que são destinados por Deus a toda a comunidade, lembrou o Papa, acrescentando que é justo que as necessidades das populações locais sejam devidamente tidas em conta na distribuição dos lucros e no emprego da mão de obra. De modo particular, Francisco pediu o fim das violências tribais. Mas nem só dos bens de primeira necessidade vive o homem, recordou o Santo Padre, é necessária uma grande esperança no coração. Para isso, deve-se orientar o espírito para realidades maiores e o lema da visita recorda exactamente isso: “Pray” – “rezar”. “Talvez alguém, demasiado respeitador do ‘politicamente correto’, fique surpreendido com esta escolha; mas, na realidade, engana-se, porque um povo que reza tem futuro, buscando força e esperança no Alto”.

O Santo Padre retomou as palavras do governador-geral quando citou as mulheres: “Não nos esqueçamos que são elas a levar avante um país. As mulheres têm a capacidade de dar vida, de construir um país, estão em primeiro lugar do desenvolvimento humano”. “É com alegria que começo a minha visita entre vocês”, disse por fim Francisco. “Agradeço por me terem aberto as portas do seu bonito país, tão longe de Roma e, no entanto, tão próximo do coração da Igreja Católica”.



À tarde, em Port Moresby, o Papa encontra-se com crianças de rua, pobres, com deficiências, que lhe perguntam se há esperança para elas e por que não têm as mesmas oportunidades que as outras crianças. “Mantenham acesa a luz do amor”, disse o Papa Francisco disse às crianças durante sua visita à escola para meninas dirigida pelas Irmãs da Caridade de Jesus. “Vocês me fizeram perguntas desafiadoras”, iniciou o Papa. Em sua saudação, o Papa Francisco respondeu às perguntas feitas a ele por duas delas. “Porque temos que sofrer por nossa deficiência? Porque não somos como os outros? Porquê este sofrimento? Há esperança também para nós?”, perguntou uma criança surda com trajes tradicionais, ajudada por sua irmã; “Porque não temos oportunidades como as outras crianças e como podemos tornar-nos úteis para tornar nosso mundo mais bonito e feliz, apesar de vivermos no abandono e na pobreza?”, perguntou uma criança de rua, também usando um traje tradicional indígena. Para a primeira criança, o Santo Padre Francisco disse: “Eu realmente só tenho uma resposta: porque nenhum de nós é como os outros. Porque somos todos únicos diante de Deus. Portanto, não apenas confirmo que há esperança para todos, mas acrescento que cada um de nós no mundo tem uma missão que ninguém mais pode cumprir. E isso, mesmo que custe dificuldades, traz muita alegria. De uma maneira diferente entre um e o outro”. “Há coisas que não podemos fazer”, continuou o Pontífice - mas não é por isso que a felicidade é medida: a felicidade vem do amor. O que levamos e o que devemos receber de braços abertos daqueles que nos amam. Essa é a coisa mais importante”. “Também para o Papa”, acrescentou. "A nossa alegria não depende de mais nada, a nossa alegria depende do amor”. “Isso leva-nos à outra pergunta”, disse o Papa Francisco, ”como podemos tornar nosso mundo mais bonito e feliz? Sem dúvida com a mesma receita, aprendendo a amar a Deus e aos outros de todo o coração”, enfatizou. E também na escola, “estudando e fazendo o máximo para melhorar nossas capacidades”. “Concentrando todas as nossas forças na meta, que é o amor de Jesus e encher a todos com nosso amor”, exortou o Pontífice - para que nenhum de nós seja um fardo: todos nós somos dons de Deus e um tesouro para os outros”. “Mantenham acesa a luz do amor”, concluiu.



O último compromisso para o Papa Francisco este sábado, 7 de Setembro, foi com os Bispos, Sacerdotes, Consagrados e Catequistas não só de Papua-Nova Guiné, mas também das Ilhas Salomão. O Pontífice procurou inspiração nos missionários dessas ilhas para encorajar os membros da Igreja a seguirem em frente com confiança e um olhar especial voltado às periferias. "A coragem de começar, a beleza de estar e a esperança de crescer" estes foram os três aspectos ressaltados pelo Papa no Santuário de Maria Auxiliadora de Papua-Nova Guiné. O nome do Santuário remete a Dom Bosco, que se sentiu inspirado por Nossa Senhora a construir uma igreja em sua homenagem, prometendo-lhe grandes graças. "E assim aconteceu: a igreja foi construída – uma maravilha – e tornou-se centro de irradiação do Evangelho, de formação dos jovens e de caridade, ponto de referência para muita gente". "Continuem a vossa missão, como testemunhas de coragem, beleza e esperança! Agradeço por tudo o que fazem, abençoo-os de coração e peço, por favor, que não se esqueçam de rezar por mim", concluiu o Pontífice.




Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano


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