Viver na sabedoria de Deus
A liturgia do 25.º Domingo do Comum convida-nos a escolher entre a “sabedoria do mundo” e a “sabedoria de Deus”. A “sabedoria do mundo” talvez nos torne importantes, humanamente falando; mas apenas nos proporciona uma felicidade efémera. A “sabedoria de Deus”, por outro lado, não nos assegura glórias e triunfos humanos; mas leva-nos ao encontro de algo infinitamente mais valioso: a Vida verdadeira e eterna.
No Evangelho Jesus, imbuído da lógica de Deus, apresenta aos discípulos o caminho que se dispõe a percorrer: é o caminho do dom da vida, do amor até ao extremo, da entrega na cruz. Jesus está plenamente convencido de que esse caminho é o caminho que conduz à Vida plena. Mas os discípulos, impregnados da lógica do mundo, têm dificuldade em comprometerem-se com essa opção: preferem as honras, os privilégios, o poder. Jesus, no entanto, não está disposto a baixar a fasquia; e avisa-os de que quem não estiver disponível para abraçar a “loucura da cruz”, não terá lugar na comunidade do Reino.
Na segunda leitura, um “mestre” cristão do primeiro século exorta os discípulos de Jesus a viverem de acordo com a “sabedoria do alto”, que é fonte de paz, de misericórdia e de frutos bons. A recusa em viver de acordo com a “sabedoria do alto” gera divisões, conflitos, ciúmes, discórdias, que causam sofrimento pessoal e impedem a comunhão dos irmãos.
A primeira leitura desvenda a estratégia dos “ímpios” para lidarem com os “justos” que os incomodam. Os “justos”, incompreendidos, desprezados, hostilizados a cada passo pelos “ímpios”, não terão uma vida fácil e indolor; mas, coerentes com a sua fé, viverão com o coração cheio de paz e saberão que Deus está do lado deles.
Comentário do padre Manuel Barbosa, scj:
LEITURA I – Sabedoria 2,12.17-20
Leitura do Livro da Sabedoria
Disseram os ímpios:
«Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas obras; censura-nos as transgressões à lei e repreende-nos as faltas de educação. Vejamos se as suas palavras são verdadeiras, observemos como é a sua morte. Porque, se o justo é filho de Deus, Deus o protegerá e o livrará das mãos dos seus adversários. Provemo-lo com ultrajes e torturas para conhecermos a sua mansidão e apreciarmos a sua paciência. Condenemo-lo à morte infame, porque, segundo diz, Alguém virá socorrê-lo».
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 53 (54)
Refrão: O Senhor sustenta a minha vida.
Senhor, salvai-me pelo vosso nome, pelo vosso poder fazei-me justiça. Senhor, ouvi a minha oração, atendei às palavras da minha boca.
Levantaram-se contra mim os arrogantes e os violentos atentaram contra a minha vida. Não têm a Deus na sua presença.
Deus vem em meu auxílio, o Senhor sustenta a minha vida. De bom grado oferecerei sacrifícios, cantarei a glória do vosso nome, Senhor.
LEITURA II – Tiago 3,16-4,3
Leitura da Epístola de São Tiago
Caríssimos:
Onde há inveja e rivalidade, também há desordem e toda a espécie de más acções. Mas a sabedoria que vem do alto é pura, pacífica, compreensiva e generosa, cheia de misericórdia e de boas obras, imparcial e sem hipocrisia. O fruto da justiça semeia-se na paz para aqueles que praticam a paz. De onde vêm as guerras? De onde procedem os conflitos entre vós? Não é precisamente das paixões que lutam nos vossos membros? Cobiçais e nada conseguis: então assassinais. Sois invejosos e não podeis obter nada: então entrais em conflitos e guerras. Nada tendes, porque nada pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, pois o que pedis é para satisfazer as vossas paixões.
EVANGELHO – Marcos 9,30-37
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos caminhavam através da Galileia, mas Ele não queria que ninguém o soubesse; porque ensinava os discípulos, dizendo-lhes: «O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens e eles vão matá-l’O; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará».
Os discípulos não compreendiam aquelas palavras e tinham medo de O interrogar. Quando chegaram a Cafarnaum e já estavam em casa, Jesus perguntou-lhes: «Que discutíeis no caminho?»
Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior. Então, Jesus sentou-Se, chamou os Doze e disse-lhes: «Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos».
E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e disse-lhes: «Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe; e quem Me receber não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou».
Avisos à Comunidade Paroquial:
Catequese Paroquial
As inscrições para o 1º ano da catequese poderão ainda ser efectuadas este fim-de-semana, dias 21 e 22 de Setembro, no final das Eucaristias. Podem entrar para o 1º ano da catequese as crianças que irão entrar para o 1º ano do ensino básico. Para a inscrição devem trazer o Cartão de Cidadão da criança, a Cédula de Vida Cristã da criança e 15,00€ (valor da inscrição). Para as crianças que não são residentes na Paróquia do Muro, devem trazer autorização do pároco de residência para frequentar a catequese no Muro.
Grupos Paroquiais
Convidamos todos aqueles que se sentirem vocacionados a integrar qualquer um dos grupos paroquiais a se voluntariarem para o fazer. Precisamos de mais catequistas para o nosso grupo de catequistas, bem como para o nosso grupo coral.
Celebrações Eucarísticas
Domingo dia 22Set, às 9H30, XXV Domingo do Tempo Comum - Ano B
Quarta-feira dia 25Set, às 19H00, Eucaristia
Sábado dia 28Set, às 17H00 – Eucaristia Vespertina - 30º Dia de Maria do Carmo Ferreira das Neves Ribeiro.
Domingo dia 29Set, às 9H30, XXVI Domingo do Tempo Comum - Ano B
Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia
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